Iris Borges
No momento do calor
Quero tomar banhos de chuva
E sentir cada pingo
Água da chuva descer
Pelos calcanhares e descalço
Darei então muitas risadas
Por sentir cócegas nas plantas dos pés
Coração
O quer tanto
Acuda
Não esqueça
Não negue
Sinto saudade
Choro
Imploro
Quase morro
Quer queira ou não
Silencio
Dói
Uma flor
Um beija-flor
Com doce perfume
Beija-flor
Vizinha abelha
Visita flor em flor
Beija-flor abelha
Sugando cada gota
Néctar pólen doce mel
A beleza no mar
No silêncio do olhar
A onda vem lamber a areia
Levando toda a dor
Onda branca feito renda
Vão e vem teu íntimo sentir
Quanta candura
No seu olhar
Nada teme nem a ninguém
Quer apenas amar
Até que se queima
Sofre
Chora
Depois que esquece a dor
Nasce outra vez
Palavras procurando respostas
Minha alma exclama
São acertos e erros
Posso cair
Posso ferir
Mais não posso desistir
Coragem está dentro de nós
Isso é viver
Embrulhado no papel
Brilha o celofane
Bombom
Solitário sabor
Amor
Solidão
Uma valsa um sonho
Um Sonho de valsa