Inêz Curado
𝙸𝙽𝙲𝙾́𝙶𝙽𝙸𝚃𝙰
Muitas vezes me esmiúço
E nunca me encontro...
Não me sinto confortável nesse cosmos
Esse não parece ser minha morada.
Sou passageira da noite
Parte da mãe-natureza
Uma alma sem parada
Ou será que não sou nada?
Sonho sonhos inatingíveis
Que nunca consigo decifrar
O mundo que tantos amam
Mal consigo suportar!
Sim. Definitivamente
Não pertenço a essas paragens
Não contemplo as coisas
Como pessoas normais o fazem
Necessito de rios e matas
Para minha energia renovar.
Sou fascinada pela natureza
Em todas suas manifestações
Me sinto parte do vento
Da chuva que cai, do trovão...
Tenho pela lua uma atração
extravagante e voraz
Que me faz sentir um deleite
pujante, onusto e tenaz...
Sou planta que nasce labiríntica
Sou nuvem que passa ligeira
Sou fantasma, bruxa, anjo mulher
Quiçá um ser de outras luzes
Que na morte se verá inteira!
Esse não é meu planeta
Não condigo com esse contexto
Estou deslocada e perdida
Não sei qual meu lugar...
Vejo com olhos divergentes
O que outros simplesmente
Conseguem apenas enxergar!
𝚂𝙸𝙼𝙿𝙻𝙸𝙲𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴 𝙴 𝙷𝙰𝚁𝙼𝙾𝙽𝙸𝙰
Na simplicidade do campo
A vida palpita, descontraída...
Humilde, verdadeira e feliz
De portas abertas, prontas a acolher o passante.
Vidas reunidas no aconchego da cozinha...
A harmonia da convivência...
Sem pressa, sem divisores... puramente natural.
Pela pequena janela, o sol espia...
Invade a fumaça densa que domina...
Com esse odor de ternura, bondade e milho.
Sobre a panela recheada de saborosas pamonhas
A velha senhora tranquila...
Cabelos presos... vestimentas simples,
Aguarda o momento de em que a palha amarelecida,
Vai anunciar que a refeição está pronta!
E o cheiro do milho vai enfeitiçando a tarde...
Num canto, descansa o velho pilão
Onde a paçoca farta e perfumada se fez.
Cães, gatos preguiçosos e galinhas buliçosas
Dividem o espaço, harmoniosamente.
É a cumplicidade plena e farta
De uma simplicidade tocante!
Lá fora, o dia se esvai
Por entre casas e campos...
Aqui dentro a vida palpita
Aguardando o anoitecer...
Carregado de magia.
Uma lua branca no céu estrelado...
O fogo crepitando ainda no fogão
Aquecendo os corações e amenizando o frio.
Quem sabe haverá uma viola chorosa...
Histórias de assombração...
E a noite prosseguirá seu curso
Adormecendo os sabores e a vida
Na simplicidade do sertão!
𝙰 𝙰𝚁𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝚅𝙴𝚁𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁
A poesia nasce assim...
No instante em que a alma aflora livre.
Versos vão tecendo sonhos alados
Que como pássaros partem em revoada.
Uma estranha paz, um êxtase supremo...
E nos transportamos ao limiar do real!
Bendita a mão quer verseja...
Como bendito é o pranto que inspira...
Pois o poeta se alimenta deles!
Em sua arte de vasculhar o íntimo,
Compor desejos... Decifrar pecados...
Se um poeta chora solidões, saudades...
Seu pranto iluminado se transforma em versos.
E de sua alma ferida, brotam flores, luares, campos...
Descrições incautas... Narrações fantásticas.
Seu coração é todo inspiração e luz!
Na sua poesia ele desnuda a alma...
Reinventa o belo, consolida o mágico...
E vai destilando no papel seus sentimentos
Ousando sonhos nunca revelados!
E na suprema criação das mãos que escrevem
Os versos, estrofes, rimas...vão brotando assim...
Livres... Ditados pelo íntimo que se exprime
Se mostra na forma mais sublime e bela.
Se o poeta sofre, sofre em versos...
Se é feliz.... Transparece em estrofes...
Se sonha... Cria rimas...
Se morre... Ah! Se um poeta morre...
Apaga-se uma estrela, morre uma flor...
E seus poemas se perpetuam nas madrugadas chuvosas
Carregados de vida e forjados no fogo da paixão!
E vão cantando os amores que viveu.... Os amores que sonhou...
Os amantes que conheceu...
A natureza em seu fulgor.
E por toda a eternidade sua poesia permanece
Infinitamente bela.... Infinitamente nova
Enternecendo os corações sedentos de sonhos...
Com fome de sentimentos e exausto de solidão!!!!!
𝙰 𝙰𝚁𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝚅𝙴𝚁𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁
A poesia nasce assim...
No instante em que a alma aflora livre.
Versos vão tecendo sonhos alados
Que como pássaros partem em revoada.
Uma estranha paz, um êxtase supremo...
E nos transportamos ao limiar do real!
Bendita a mão quer verseja...
Como bendito é o pranto que inspira...
Pois o poeta se alimenta deles!
Em sua arte de vasculhar o íntimo,
Compor desejos... Decifrar pecados...
Se um poeta chora solidões, saudades...
Seu pranto iluminado se transforma em versos.
E de sua alma ferida, brotam flores, luares, campos...
Descrições incautas... Narrações fantásticas.
Seu coração é todo inspiração e luz!
Na sua poesia ele desnuda a alma...
Reinventa o belo, consolida o mágico...
E vai destilando no papel seus sentimentos
Ousando sonhos nunca revelados!
E na suprema criação das mãos que escrevem
Os versos, estrofes, rimas...vão brotando assim...
Livres... Ditados pelo íntimo que se exprime
Se mostra na forma mais sublime e bela.
Se o poeta sofre, sofre em versos...
Se é feliz.... Transparece em estrofes...
Se sonha... Cria rimas...
Se morre... Ah! Se um poeta morre...
Apaga-se uma estrela, morre uma flor...
E seus poemas se perpetuam nas madrugadas chuvosas
Carregados de vida e forjados no fogo da paixão!
E vão cantando os amores que viveu.... Os amores que sonhou...
Os amantes que conheceu...
A natureza em seu fulgor.
E por toda a eternidade sua poesia permanece
Infinitamente bela.... Infinitamente nova
Enternecendo os corações sedentos de sonhos...
Com fome de sentimentos e exausto de solidão!!!!!