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Dê-me uma meada de lã e eu teço um agasalho.
Dê-me uma palavra e eu formulo uma frase.
Dê-me uma frase e eu escrevo um texto.
Dê-me um texto e eu componho um livro”.
Vejo a poesia na lã, na linha, percebo o verso. Confecciono poesia, com a lã, na linha escrevo verso.
A leitura leva o leitor para longe da ignorância verbal; abre-lhe a mente para o raciocício lógico e crítico
O leitor acostumado a muitas leituras, sabe separar o joio do trigo; sabe perceber a teia da aranha e não se lançar dentro dela.
Leitor. Arrisque o verbo nas asas da escrita. Invente... tente... crie seus próprios textos, sem almejar o estrelato ou a fama do escritor. Esta será apenas a consequência.
Na jornada da leitura, percebo a riqueza de informação a ser compartilhada, então, incansável, leio, releio, faço anotações, escrevo, dissemino, compartilho, porque “não há limites para fazer livros”~, como nos exorta Eclesiastes 12:12.
No mundo encantado da escrita, as palavras vão me encontrando e me escrevendo. E leio... e releio... e escrevo... e apago... e volto a escrever, porque escrevendo, vou me conhecendo.
Desde cedo acostumei-me aos livros, as linhas e
as lãs. Nos livros aprendi a ler, nas linhas escrever e, com lã, tecer. Agora, já não sei viver sem os livros, sem as linhas, tão pouco sem as lãs.
A Internet favorece atingir um público incomensurável, num curto espaço de tempo, quando se deseja disseminar informações.
Torno-me permissiva ao autor, quando me vejo a invadir sua composição, apossando-me de citações, as quais veem se enquadrar a cada momento de transpiração, quando a ler e a escrever estou.
Leitura não significa simplesmente o que os textos nos apresentam, mas qualquer percepção que tivermos no nosso cotidiano, porque, leitura também é decifrar imagens.
Não consigo ver um cidadão completo, que não saiba ler e interpretar as situações que o rodeiam, porque "quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê", já nos alertava Monteiro Lobato.
“Se com a língua não falardes palavras bem distintas, como se entenderá o que se diz? Estareis como que falando para o ar, uma vez que há infinidade de sons e contudo nenhum sem sentido, e que se não soubermos interpretar esses sons, seremos como bárbaros para o que fala assim como bárbaro para o que ouve”, é o que nos exorta o apóstolo Paulo em sua 1ª carta aos Coríntios, capítulo 14 versículos 9 à 11.
A era da informação, exige que avancemos incessantemente e o mundo globalizado, pede pessoas cada vez mais preparadas para o mercado competitivo e essa preparação, somente é possível através da leitura.
Nas palavras há, portanto, força e, alerta-nos o pensador Confúcio “sem conhecer a força das palavras é impossível conhecer os homens”, porque "quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma", como complementa o poeta português Fernando Pessoa.
A medida que adentramos o universo da leitura, descortinando autores e temas, os mais variados, percebemos que vamos nos familiarizando cada vez mais com a palavra e ganhamos o mundo.
Pesquisas mostram que a pessoa que não lê, e quando lê não consegue fazer uma análise do que leu, tem dificuldade de se relacionar, de se expressar no convívio social e profissional; torna-se pobre de vocabulário.
E vem a tarde ... e chega a noite!!! Mas... eu continuo indo e vindo, se... triste ou sorrindo!!! Indo...
Somente leitor contumaz, audaz, perspicaz, que acostumado fora às linhas do texto e às entrelinhas do contexto, poderá ler e compreender, as artimanhas que se escondem por trás das linhas, através das entrelinhas.
Quando pensamos nos livros como fonte de informação, logo nos vêm à mente os recursos que devemos utilizar para a satisfatória transmissão do conhecimento. Assim, registros, organização, armazenagem, preservação, devem ser pontos perceptíveis para a transmissão de conhecimento para as gerações vindouras, e o Bibliotecário se torna a ponte entre a informação e o usuário.