Iasmin Flor
Eu que havia me prometido nunca mais amar… Me pego sentada aqui, sozinha, com meus sentimentos. Pensando em uma maneira de te prender. De te manter colado em mim para sempre.
Chega. Acabou! Está decidido assim: Todas as malditas lágrimas que, a partir de hoje, rolarem por minhas bochechas não significarão mais saudade ou solidão. Todos os invernos sem gosto e sem companhia não serão por causa da sua ausência ou sequer a minha sede de desejo será por não ter seus beijos. Porque a saudade que sinto de nós dois é a maior dor que conheci durante toda a minha vida. E já não suporto mais sofrer… Está decretado e assim será. Eu não quero mais amar você.
Você é tão distante. Tão impossível… Que me dá náuseas pensar o quão provável é eu jamais poder olhar em seus olhos novamente.
Somente as recordações do que vivemos tem força capaz de estremecer o universo e virá-lo de cabeça para baixo.
Eu desejo poder ser acordada por seus lábios todos os dias e fazê-lo dormir com os meus, todas as noites.
Hoje eu acordei com um nó na garganta e com o coração tão atrapalhado quanto o equilíbrio de uma criança com o cadarço do tênis desamarrado.
Sempre é uma boa hora para fazer sua grande mudança, ainda que as malas não estejam prontas para tamanha viagem.
Que sensação no mundo seria mais incrível que a liberdade? Pela primeira vez em minha vida eu voei de verdade. (Por onde andei)
Hoje percebi o quanto preciso pegar minha mochila e minha melhor amiga para viajar. Sem pressa sairemos de casa, com cabelos enrolados ou esticados, de maquiagem ou cara lavada... Vamos andar por aí com nossos cascos gigantes, perto de casa ou longe do mundo, onde só nós duas possamos estar. Contando histórias das quais já vivemos e prevendo situações pelas quais vamos passar. Andando de bicicleta, carona, correndo, ou quem sabe até voando... Não importa a maneira. Queremos mesmo é esquecer dos problemas, ver o tempo passar dando gargalhadas, deitar na grama com os pés apontados para o céu, trazer à lembrança as besteiras de criança, fumar cigarros de palha e nos sentir estrelas de cinema viúvas e falidas.
Você parece ter sido feito de mágica. Dos cristais mais cintilantes que a lua ou das nuvens mais açucaradas que algodão.
Você parece ter sido feito de mágica. Dos cristais mais cintilantes que a lua ou das nuvens mais açucaradas que algodão. Das águas mais puras, do sopro de uma criança, do sorriso nascente de uma paixão. Tem um perfume distante na pele, extraído das flores caídas no outono. Os lábios de perfeito contorno como um desenho ou obra de arte, tão irreais, que exalam um cheiro de saborosas frutas vermelhas. Os olhos tão profundos e verdadeiros, coloridos camada por camada, oscilando do delicioso e doce mel ao tão amargo café. (Tudo que eu preciso)
Existe algo bem maior que ultrapassa as barreiras e une a humanide; preto e branco, rico e pobre. "OLHE PARA O CÉU, ESTA É A COR DO AMOR!"
Eu jogava fora as coisas certas e guardava as erradas. Tentando guiar teu caminho, desgovernei o meu.
Não deixe a vida perder a cor, mas não seja insano ao pintar. Colorido demais estraga, embaçado perde a graça e cintilante ofusca a visão.
Passamos metade de nossas vidas idealizando alguém perfeito para nós e, quando encontramos, custamos tanto a acreditar... Que ele se vai.
O medo é um sentimento que nos faz fracos. Impotentes. Mas que, infelizmente, está sempre por perto.
Moça, você é ímpar. Singular. Um caminho sem volta, repleto de cor e calor. Pequena dama da noite, de alma solar, é flor de aura clara que faz a pele brilhar.
Senhora de um sorriso força motora, como o som que vem das ondas do mar. Você pode até não saber, mas tem o dom de envolver. De seduzir. Sabe encantar.
Linda sereia de cabelos cacheados. Dourados. Em cada curva, um segredo a desvendar. Com seu olhar de mistério profundo segue pelo mundo enfeitiçando a quem ousar se aventurar
o meu amor é livre
ou liberalista?
sentencio meu naufrágio
por essas bandas do amor liberalista
desde quando me percebi
buscando encontrar o meu eu
em múltiplos pares
absorvida pelo mundo
das necessidades fragmentadas
o amor liberalista surge
de um pequeno ódio
revolta pitoresca
a dor dos acordos não respeitados
se encouraça
como uma desesperança desmedida
é demanda disfarçada de autonomia
é a liberdade dos desencorajados
a tomar um gole de si
debandada de quem come gente
como se come o mundo
urgente no desejo de se retratar
amo com força
não depender de ti
nem para ver a beleza
nem para sentir
mas quando você vem
meu corpo dança
gostoso é ter honestidade
encarar as próprias faces
comunicar sensações
imaginar junto
avançar lado a lado
e isso também é amor
transparente como água
que o outro vê além
quando uma mulher ama, dizem
ela está estupidamente apaixonada
insensata, alucinada, louca
o amor a fez perder sua cabeça