Iara Vécio
A consciência de si que surge a partir da fé, independe da dificuldade e impulsiona subir cada degrau.
TUA COR É MINHA COR
Menina da pele morena
Teu nome é de princesa,
Onde terei de te encontrar?
Menina da pele aveludada
Grandes olhos amendoados,
Te procuro em todo lugar.
Menina da pele de chocolate
Corpo de manequim,
A passarela da vida espera por ti.
Menina da pele macia
Não tenhas receio da passarela,
Lá, estarei para aplaudir.
Menina da pele igual a minha
Quando te encontrar,
Quero te abraçar.
Suportar estigmas e chaga, pisaduras inexplicáveis, é aniquilar o vencido e dominar inferências do insuportável.
Administre o florir dos campos que a consciência plantou, aguardando as diferentes voltas imperceptíveis da complexidade dos raros perfumes.
Busque o Astro da essência sensorial do seu mundo, e desobscureça ao existir inimaginável da Luz no alvorecer.
POLTRONA DE COURO AMARELO
Sinto falta daquela menina
Tranquila, serena, protegida,
Sentada na poltrona de couro
Lendo literaturas e enciclopédias.
Sentia-se feliz e ciente não era
Das recordações que teria,
Dos momentos com teu pai,
E saudade sentiria.
Como gostaria de voltar,
A sentar naquela poltrona...
Não tinhas o que tens hoje,
Tampouco sorria,
De forma lapidada
O silêncio continua,
Relembrando de tua infância.
Desejava que o tempo parasse
Em cada página que lia,
Mas, consciente que noutro dia,
Com teu papai estaria.
A Fé brotou...
No coração daquela menina.
Não existe mais a poltrona
Nem teu pai se encontra,
Dando alpiste aos passarinhos:
Pardais que pousavam,
Na calçada do escritório.
O passado não retorna...
No presente memórias valiosas
Ao recordar da poltrona,
Querendo nela sentar,
Lendo os livros do teu pai,
Vendo-o em sua prancha trabalhar,
Ciografia com esmero executar.
Saudades da poltrona amarela,
Dos livros... que ainda pode ler,
E do teu pai...
Que outrora irá encontrar.
Ó FORTALEZA RESISTENTE
Pássaros cantam no alto das igrejas,
Enquanto o Velho Chico passa com sutileza,
Nas margens o brilho colonial vislumbra ao olhar,
Entrelaçando os contos e encantos nos barcos a navegar;
Dourando crenças e sonhos encravados na resistente rocha,
Outrora glamorosos, ressurgindo no presente.
Reage, compreenda o palpitar efêmero e contemple o contentamento presumível da fé, com teu coração redivivo.
Memórias lapidam o aprendizado e a construção de sua inteligência influencia na expectativa do seu querer.
Aceite a crítica de forma compensatória imbuído de fé, e favoreça a sociabilidade construtiva do seu interior.
TEUS OLHOS SÃO OS MEUS
Menino dos olhos castanhos
Em quanto tempo viverás...
Não devo, nem vou pensar,
Viverei a cada luar,
Velando o teu pensar.
Menino dos olhos de mel
Cresceste e tão forte ficou,
Mais uma vez lembro...
Foi bom não pensar
O tempo que viverás!
Menino dos olhos amarelados
Os meus olhos também são assim,
Olhe no espelho e verás
Nossos olhos se encontrar...
Vai me ver ao te olhar.
Menino dos olhos de girassol,
Será que vou alcançar
Quando velho estiver,
Seguindo a direção do poente
E teus olhos azulados ficarem?
Menino teus olhos não vão ter cor,
Quanto isso acontecer...
Os meus também assim vão ficar,
Não tenhas medo da escuridão,
Vigiando estarei pegando tua mão.
Menino quando partires
Já deixaste tua semente,
Para florescer e frutificar,
Teus descendentes irão lembrar
Pois, alguns, teus olhos terá.
Menino nós temos que partir,
Áureas abriram para o infinito seguir
E num lugar florido encontrar
A cor transparente dos nossos olhos,
Que esperando, vai estar.
Influencie a polemista cidade que te desprezou, e creia nas contingências das mudanças significativas do teu mundo externo.
Olhe o firmamento com fé, e concretize as respostas dos sonhos e das ideias fluentes do teu pensamento.
Transfunda o amor doado a tua vida, e experimente a vitória do preço inimaginável do aroma de Cristo Jesus na tua consciência.
Aprecie o meditar, interagindo com o amor Divino, e suavize tua estrada refletindo a Luz no teu caminhar.
Permita à fé ressurgir na tua vida com a vida vivida em vida, vivendo na expectativa da vinda singular de Jesus.
Fortifique teu baluarte, tua essência, tua independência no teu reino que é teu pensamento, e compartilhe o amor brotado em ti.
Alcance o céu adornando tua casa nos parâmetros do amor, e creia na dádiva surreal da livre escolha.
Quando a lágrima se funde com o olhar e despeja sentimentos profundos, surge nova imagem alegrando o âmago amargurado.
A fé estabiliza o ponto central do autocontrole, e sustenta a esperança de vencer os labirintos com perseverança.
Embarque seguindo o perfeito amor, e constate a primorosa projeção do Pai Celestial reluzindo na terra, no mar e no ser pensante.