Hugo Floriano Santos Souza
Questionar-se sobre as verdades impostas por culturas presas em si mesmas, e que, simultaneamente aprisionam as pobres mentes de pessoas inocentadas por nascerem dentro destas, é a base para o crescimento intelectual mútuo. Não para a evolução do Homo Incurvatus in se, mas para o crescimento do corpo, da comunidade.
| Porquê ? |
Não são as coisas físicas que mais destroem. A metafísica, o pensamento expresso em palavras, os olhares acusadores, aquilo que não toma forma palpável ou observável, estes provocam as maiores catástrofes interiores.
A destruição interna, rejeitando a cura, devasta o mundo externo.
Amar. Sim, amar. Essa palavra que quase ninguém sente a essência. Palavra essa que dá vida aos mortos. Palavra que matou um em favor de muitos. Palavra que deve ser vivida por cada ser terreno.
Amar ? Há muito que não sabemos nem mesmo onde o amor e a ética estão correlacionados. O que vemos são sistemas "éticos" formados para preestabelecer seu comportamento moral, sua forma de amar, e o que deve amar (você não é o que é, apenas o que os outros pensão que deve ser). Amor demasiado por coisas e ações, transtornado, completamente deformado, criando um buraco negro, vocês o chamam de egocentrismo, não é mesmo ?, Amor que não ama pessoas, no plural "p-e-s-s-o-a-s". Verbo amar... Não adianta saber conjugar, não adianta ter pensamentos sobre ele, teorias, ideologias se você não ama.
O sofrimento existente, que arde como picada de serpente, lá dentro, no fundo de tudo, tudo o que somos ou pensamos ser. Sofrimento que queima como um fogo infernal, tal qual você me fez acostumar a sentir. E mesmo assim, ardendo em chamas, continuo a te amar.
/tempo/
O tempo esta encarregado em revelar tudo. Carregado de mentiras e verdades, transbordando incertezas. Não se sabe ao certo se sou ou se apenas penso que sou. O tempo esta encarregado em amadurecer cada pedaço do meu ser. Deveria eu estar sujeito às coisas mais severas ?
Nos meus verões psíquicos sou um mestre, mas quando o inverno vem, torno-me um simples aprendiz do tempo; sereno, com sorrisos sujeitos às lágrimas. Incertezas a solta, dois ou mais pontos sem foco...
Ou isto ou aquilo. Não sei se choro ou se deixo meu riso. Não sei se corro, ou simplesmente corro para um abraço. Não sei se amo, ou abro as asas e parto sem rumo. Não sei se fico, não sei se existo.
Tempo, não vire eternidade, não agora. Não antes de me encontrar contigo.