Hiago Rodrigues Reis de Queirós
Ando pelas ruas e vejo tanta felicidade nas pessoas... gostaria que em casa também fosse assim, mas ninguém consegue fingir o tempo todo.
Hoje em dia as pessoas estão tão preocupadas com o sobreviver que perdem o significado de suas vidas na volta do trabalho... mas logo o encontram luzindo, tinindo aos cifrões: numa vitrine qualquer.
A diferença entre jornais escritos e literatura, é como a diferença entre uma fotografia em preto e branco, e a mesma, colorida.
Quando eu era pequeno, toda a realidade era uma ficção, por isso queria ser fotógrafo. Quando cresci, tornei-me escritor, porque na Fotografia tinha realidade demais pro meu gosto.
O amor é uma gripe em que se morre logo no primeiro espirro; por isso tirei meu nariz... e deixei de ser o palhaço da vida.
sou um soluço perdido, abafado... nas horas rajadas de vento de mais uma tarde do viver... vendo o quanto tarde é a vida... que tarda é a morte... mas que a tarde tornou-se passado.
Você poder ser pequeno ou grande... sua alma pode ter o tamanho que tiver... mas só tem, porque Deus é a medida
Quando luta-se contra algo muito difícil de se sobrepor, só é possível uma vitória quando é impossível de se vencer, pois somente as utopias ingênuas, que estão já além da esperança e quase tocando na fé insana, é que fazem o mais incrível sonho ser tornado realidade.
Sou um molde de lágrimas feito do meu suor flagelado rasgando do meu observar calejado de encarar com um olhar duro as sombrias maldades da vida.
Não se fazem mais personalidades como antigamente. Antes injetava-se num beco sujo-escuro; hoje, a gente toma até na igreja, de comprimido e receita médica.
A minha literatura não é pra massa nem pra elite, mas sim pra quem a sentir. Não é pra pobre nem pra rico, mas sim pra quem sabe o valor do ser humano. Enfim: minha literatura é sua, pois só foi feita por você.
Você quer saber o que eu tenho a dizer... e eu quero saber o que você quer escutar... só por curiosidade, só para não te dizer.
Nasci pobre e por isso me disseram que eu não poderia ser poeta, mas sim operário. Por isso que trabalho para a literatura; faço 8 poesias por turno e bato meus três pontos de caneta na mão.
Estupram de lá, esquartejam de cá, mas o pior crime que eu vi foi um pai de família se matando... todos os dias... indo trabalhar sem saber pelo quê.
Toda tragédia é o descaso da humanidade frente à realidade. Onde aliena-se de si mesmo e só preocupa-se com o viver, mas esquecendo do que este é viver.
O escritor é o único produtor de lixo que, estando morto, produz mais lixo do que quando estave vivo.