Herbert Marcuse
“Muitas coisas não merecem ser ditas e muitas pessoas não merecem que as outras coisas lhe sejam ditas: o resultado é muito silêncio.”
A verdade da arte reside no seu poder de quebrar o monopólio da realidade estabelecida para definir o que é real.
A possibilidade de escolha do indivíduo não é o fator decisivo na determinação do seu grau de liberdade, mas sim o que pode ser escolhido e o que é escolhido pelo indivíduo.
Tolerância libertadora, então, significa intolerância contra movimentos da Direita, e tolerância de movimentos da Esquerda.
A arte não pode mudar o mundo, mas pode contribuir para a mudança da
consciência e impulsos dos homens e mulheres, que poderiam mudar o mundo.
Sob o jugo de um todo repressivo, a liberdade pode ser transformada em poderoso instrumento de dominação.
Ao cumprir a sua missão, o principal papel do ego é coordenar, alterar, organizar e controlar os impulsos instintivos do id, de modo a reduzir ao mínimo os conflitos com a realidade; reprimir os impulsos que sejam incompatíveis com a realidade, reconciliar outros com a realidade, mudando o seu objeto, retardando ou desviando a sua gratificação.
A literatura e a arte eram uma força racional, cognitiva, que revelava uma dimensão do homem e da natureza que era reprimida e rejeitada na realidade.
O que distingue o prazer da cega satisfação de carências e necessidades é a recusa do instinto em esgotar-se na satisfação imediata, é a sua capacidade para construir e usar barreiras para a intensificação do ato de plena realização.