Henrique Junior da Silva
Se um dia
Um dia,eu amei,gostei e aplaudi
Um dia,eu odiei,repudiei e cuspi
Um dia,eu caminhei,nadei e corri
Um dia,eu sentei,deitei e dormi
Um dia,eu machuquei alguém
Um dia,alguém me machucou
Todos os dias quis fugir do tempo
Mas o tempo nunca me deixou
Um dia,não mais amei
Um dia,não mais odiei
um dia,não mais senti
Se um dia,o tempo extinguir
se um dia,nada mais eu sentir
Neste dia saberás,que eu já morri.
"Amei todo o amor
O amor amigo
O essencial calor
Do amor desnudo
Encontrei a beleza
Não no belo
Nem na leveza
Mas na diferença
A diferença do amar
O simples e único
Nada no plural
Na singularidade das paixões
Tudo de todos
Mas todos únicos"
Nada é tudo e tampouco
Perto do sentido ardo
Que aquece o outro
Em dia de enfado
A grandeza do lógico
Se é eminente,
Suporta o trágico
Que à na mente?
Doce sentido da vida
Que somente DEUS entende
Só o amor nos da saída
Para os percalços da mente
O amor que á
Em tudo que vê
É aquele que se dá
Ainda que sem querer.
Eu vou celebrar
A vida no olhar
As asas do pensar
A alegria do sonhar
Celebrar o universo
Inextinguível em cada ser
Celebrar todo começo
Que me alegro em ter
Quero toda vida
Em sua veracidade
Queda ou partida
E noutro dia
Lavar o rosto
Ver no olhar à vida
é aguda a disposição do ócio
a baixa estima é sócio
e o orgulho da dependência
é a insana prisão da decência
a dor é sua figura
a falência moral é dura
o olhar cinza no rosto
na família só desgosto
o êxtase da noite
embalado pelo trinco
com o sol vem o açoite
a consciência já sem norte
sem bússola moral
a procura da morte
" De um segundo a dois
Em meio perdi o tempo
Logo sem tempo só vácuo
E mais não penso, não existo
Sem agora, antes ou depois
Um espaço vazio, sem vento
Uma frequência, vagando no espaço
Cor já não tenho, roupa já não visto
Errante frequência sem sintonia
Uma ideia alastra-se e ecoa
Não se escuta, se sente a harmônia
Não ha ideal, não ha equação
Mas a imperfeição da ideia
É onde buscamos a solução"
Pensamentos! Meros lapsos do eu
Algo tão impertinente que pulsa
Calibrando o ID e inebriando a ciência
Como um quasar que nasceu
Dar vazão a ideia imensurável
Fingir ser criança e contar as estrelas
Brincar! Um bom gesto infantil
E o verso feliz e palpável
Sou grato as letras pela alegria
Tão repletas de tudo que há
Mirabolantes em toda fantasia
Há! Sinuosas verdades
Que digo em mentiras
Toda minha singularidade
É incrível como é distinta a definição entre a alegria e a felicidade, estes sentimentos podem ser discernidos facilmente no cotidiano,embora muitos pensadores acreditem que a felicidade é o resultado de picos contínuos de alegria.
Observando um jogo de futebol onde não há qualquer interesse pessoal eu notei que de um certo modo eu vibrava com a torcida e conclui que de algum aspecto a alegria é contagiante.É fato que ver alguêm sorrindo,por uma estranho motivo nos alegra.”E como ver o sorriso cativante de uma criança e não sorrir?”
A alegria é algo espontâneo e contagiante é tão sublime que um só palhaço “artista” ou humorista consegue mobilizar o sorriso de centenas de pessoas.
A felicidade já é um tanto mais complexa,ela engloba no minimo três campos distintos de um ser “trabalho,disciplina e espiritualidade” quaisquer pessoa que não tiver feliz em alguma destas áreas,não detêm a felicidade.Porém a uma ideia que além de convencional é muito interessante,quando Abraham Lincoln diz na carta da independência americana que o prazer a felicidade é o prazer inesgotável de aprimorar-se ou busca-la incansavelmente,é sem dúvida a mais completa síntese da felicidade.
Apesar de distintas elas se complementam e os momentos alegres nos proporcionam a grande felicidade de viver.
A capacidade de sentir-se triste é mais explicita que a capacidade de sentir-se alegre.A tristeza é um eco perturbador que vaga incansavelmente pelo vazio das idéias minando cada conceito mal formado,sobre quem sou.e faz refletir sobre a verdade que ha!.Afinal não sou bom como pensei que fosse.minhas convicções não passam hoje de pura hipérbole.
A sagaz ferocidade que este sentimento devora,me coloca no vago e petrificado coração.
A dor é a única companhia que interessa.A morte então já és atraente e ela cativa com seus argumentos elaborados minuciosos,é uma oradora perspicaz!Infalível a uma mente sem estrutura.Aquele já petrificado,já não se vê o sorriso e o mal é só uma consequência do bem.
Mundo caótico e desordenado, me sinto confuso com a pungência abrupta que colide com meu ego, sufocando o sentimento e explanando cruelmente a realidade, mas também me concede o insano privilégio de sentir que o conceito de viver oscila entre a raiva e a serenidade, logo arremeto minha insatisfação a comum causa humana, a procura constante da felicidade. A mesma , se esvai com a percepção de que não à constante nessa procura. E isso conforta e apavora, a medida que sei que este é o melhor momento e por tal motivo tenho de ser quem eu realmente sou.
"Beleza dos versos
Que escrevo progressos
Às vezes avessos
De meus insucessos
Doce são às letras
Que conduzo em poemas
Às vezes tretas
De minha cabeça
Obrigado às palavras
Que me constituem
Sem amarras nem travas
Sou eu genuíno
Não complicado
Apenas menino"
"Não me detenho no medo
Carcere dos músculos
Sou rocha em cunho
Ou só um vagabundo
Não a duvida na fé
Diferente do medo
Que põe em duvida
Oque você quer
Sou muito mais amor
Do que a razão
Sou cultivador
De sonhos e fé
Não de doutrinas
De minha mente que livre é"
Os seres humanos não vos conheço. Conheço a mim de todas as formas e facetas no amago do eu, sem esteriótipos ou quaisquer ética social responsável por analisar sistematicamente a falha do ser, tão dono da verdade quanto o pai da mentira. Eu sim sou só, um, dois, três... Eu personifico a mim dou qualquer menção ao eu. Sou eu lirico no mais poético humano, ou qualquer coisa e tal que convenha a um social, não vou rotular aqueles,quando é tão fácil ser eu. Eu sim sou amante do amor, não platônico, utópico, maculado... Amante de tudo que vale a pena ser amado, não o antes ou depois, apenas você que se dispõe no presente dar expediente ao mero prazer de ler.
Escrevo porque sim
Não falo porque não
Quem cala fala mais
Todo querer o coração
Mesmo que fale
Ainda porém
Que se cale
Ouça oque convêm
Não palavras ditas
Sim sentidas
Nas entranhas
Atenção no falar
Cuidado no escutar
O amor tudo suportar
-sou feliz?
sou sim
-sou como?
sou só
só não
só meu
só seu
só nós
-sou importante?
sou oque importa
-sou duro?
sou rocha
-só então?
só eu
só alguém
só tudo que me cabe
Hoje serei feliz
Não serei algoz de mim
Não esperarei a esmo aquilo que quis
Dane-se tudo em fim
Hoje serei feliz
Não torturarei a mim
Não espero um bis
Hoje quero ser feliz
Que seja assim só
Antes assim e sem dó
Hoje serei feliz por mim
E por alguém assim
Que queira ser feliz
Serei feliz pois hoje sou
Oque amanhã melhorarei
Sim serei eu amanhã mais do que feliz
Serei oque hoje eu quis
Alguém assim
Sem medo de ser feliz
Sentir,seja lá oque for
Que seja inebriante o calor
Não apenas um fugaz ardor
O entusiasta e alegre AMOR
Querer,seja lá como é
Com asas,até mesmo a pé
Calado mas sempre com fé
Que o tenha quem qué
Ciranda,cirandar
Também vou brincar
Na areia ou no mar
Como criança sonhar
Para então enxergar
A mais bela graça. AMAR
"Oque se fez
Não se desfaz
O tempo ostenta
Não volta atrás
Sou na linha
Do tempo,espaço
Nunca inerte
Vou a passo
Sou vento
Na linha do tempo
Não um rebento
Sem passo ou senso
Sou oque contento
Sem glória ou lamento."
O tempo passa
ele disfarça
O tempo te mata
ele te completa
A circunstancia de telo
Não significa espaço tempo
completa, respeitar
é o mínimo a esperar
o amor é saber
-eu amo!
talvez o todo
talvez só o ser
o Amor complemento da felicidade
Eu que nunca me tarde
A algum dia ficar na saudade!
A minha poesia
Vive todas vidas que a mim foi cabida
De muitas Marias e Joões que são lidas
Nos versos lidos e escritos em rimas
Em todos eles minha morte é falida
Pois as palavras são liturgia em minha vida
O poema, um doce abraço de alegria
Das muitas vidas que li, delas todas aprendi
Que a morte já não se aplica aqui
Vaguei por universos escritos, cantados e vi
A vida é sempre muito mais do que agora e aqui
Vivo a vida tão viva que ela me alegra assim
Não desdenhando o amanhã, longe de mim
Antes o contrário pressupondo que hoje
É só uma parte do que amanhã a de vir
Henrique júnior da Silva