Henrique Albuquerque Costa

Entre neste silêncio...
Em alguns dias nublados da vida, procuro alguém com quem eu possa conversar, que possa guardar meus segredos, que eu não confio a mim mesmo, me sento e abro uma garrafa de vinho, e conto tudo que se passa na minha mente, como se alguém tivesse falando ao meus ouvidos, Sem nenhuma chance de alguém tentar me entender, acabo que por vez entrando neste silêncio...

Pra que mentir?

Pra que mentir? Não se pode ter tudo que se quer,
não adianta correr atrás de algo que nunca poderá ser seu, mais isso também não quer dizer que não vale a pena tentar, na verdade a gente nunca sabe o que é nosso ou não, mais um dia você acaba se cansando e acaba sempre caindo na duvida.
Quantas decepções eu já vivi? Quanto dos meus sonhos já se realizarão? É difícil prever o futuro, da mesma forma que é difícil esquecer o passado, a monotonia pode se dizer que é uma maquina de fazer louco. Meus antigos pesadelos voltarão à me atormentar... lembro-me do tempo que eles sumirão, incrivelmente quando a felicidade é maior que os problemas, acaba encobrindo toda as decepções e aflições...

Amor em vão, quando um dia sentir faltas de mim, grite meu nome, talvez eu escute e volte. Ou talvez não olhe mais para traz, pois talvez não seja meu verdadeiro destino obedecer suas ordem, isto que é amor? pra não dizer que não mencionei às rosas...

Há tempos...

Vi tanta coisa passar e não tive coragem de abraçar, vi palavras jogadas pro ar e desejos perdidos, eu vi gente se perdendo no seu próprio sonho, tive a certeza de arrependimentos, tive a fraqueza de te deixar preza em meu passado, olhei pro céu e vi que não era mais o mesmo, depois de tanto tempo percebi, pensei melhor e quis refazer meus caminhos, tentei buscar aquele que eu sempre ignorei, vi as pessoas que não sabem amar, e tive ódio das pessoas de pequenos sonhos, criei coragem pra esquecer de quase tudo, e dar a chance a mim mesmo de tentar um novo recomeço, armei uma guerra comigo mesmo, gritei no maior de meu silêncio e percebi o verdadeiro valor das pequenas coisas...