Helton Bezerra

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Educação Social no Brasil

Atualmente é fato que a Nação brasileira não se encontra nos melhores patamares dos assim definidos índices sociais, como taxas de analfabetismo, desemprego, mortalidade infantil ou renda per capta. Mas não devemos imaginar serem estes resultados estanques. Talvez o que ocorra seja o aflorar de diversas conseqüências a partir de poucas causas fundamentais. Entre estas merece especial reconhecimento o quesito educação, cujo déficit tem despejado conseqüências desastrosas sobre a população.

Um nível educacional baixo é causa direta de elevadas taxas de desemprego, aumento das populações marginalizadas, seja em ruas ou em favelas, aumento das filas em hospitais públicos, altos níveis de analfabetismo, corrupção e fome, diversas formas de violência, assim como outros elementos que carregam uma conotação negativa, contribuindo, por exemplo, para a descrença da população civil em geral. Enfim, o que se observa é um deterioramento geral da qualidade de vida. Torna-se fácil inferir a causa disto ao assumir que a educação é um ponto-chave no desenvolvimento social. E boa indicação disto é que todos os países que apresentam baixos níveis de escolaridade mostram altos níveis de desemprego.

Outro tema que se presta à análise da função educacional no país é o recente programa de inclusão social implementado pelo governo federal, definindo um sistema de cotas para garantir o acesso de alunos do ensino público, negros e índios ao ensino superior. Percebe-se uma clara violência social, pois o que se inclui com este sistema é o adulto já formado, ou melhor, desinformado e com deficiências desde seu ensino fundamental. A verdadeira inclusão social deve se fazer sentir já a partir do início da formação da massa social pensante, formadora de opinião e que um dia irá exercer seu direito ao voto. Assim o cidadão se torna também um gerenciador de seu próprio país. Assim se faz cidadania.

Neste exemplo se percebe que a educação é utilizada como um método de controle de massas, ou seja, deliberadamente a educação é sonegada.

Logo se pode cogitar que na medida em que a educação contribui para a redução de todos os índices negativos, como analfabetismo, desemprego, mortalidade infantil, entre outros, ela se mostra importante. No entanto, ao reconhecer o aumento destes mesmos índices negativos em nossa sociedade, principalmente quanto ao recrudescimento da escolaridade brasileira, vemos que a educação pode ser algo mais que importante: prioritário.

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O Caráter Anti-Biológico Da Vinculação Gênica (Linkage)

O que se entende por vinculação seria, a princípio, uma loucura natural?

A natureza fugiria da perfeição a que foi destinada se não permitisse a mistura entre características genéticas diversas, o que ocorre no linkage, condicionando modelos iguais de uma mesma matriz. Então o paradoxo “Evolução x Vinculação” seria julgado pelo tribunal da seleção natural.

Mas tudo tem uma solução e a Grande Mãe Natureza não se esqueceria disso. Ela criou o fenômeno do crossing-over. Tal mecanismo permite, eventualmente*, uma recombinação de genes parentais. Assim seria fornecida uma forma pela qual um organismo se adaptaria melhor a uma nova condição ou ainda se readaptaria a uma situação antiga, como os antigos nômades, por exemplo.

Todo esse raciocínio mirabolante é a quintessência da Natureza, teoricamente auto-reguladora.

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>> Nota: a raridade da recombinação gênica poderia até explicar um autocontrole populacional? Exemplo:
Considere dois caracteres vinculados e condicionados por 2 pares de alelos A e B. Caso um acontecimento qualquer gerasse uma pressão de seleção que “escolhesse” apenas os genes recombinantes (Ab e aB) haveria uma grande redução populacional, visto que as taxas de recombinação são em geral muito baixas.

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UM RASCUNHO DA RELAÇÃO ENTRE CASAIS

Somos, os dois, muito confusos e infantis. E é muito fácil que isso um dia acabe com a gente.

Mas não é por que me enganei que vou desistir (pois não sou fraco para não lutar pelo que quero).

Nossa vida sempre foi muito difícil ursinho, e isso é a única coisa que ma leva a crer que nosso amor é realmente fortíssimo, mas como nós sabemos mesmo a maior arvore, se não receber água e sol, acaba morrendo. E nem eu nem vc sabemos se será fácil reconstruir cada galho dessa árvore. É o que vc diz: “_se tiver de ser, será”. Mas pelo menos eu não quero arriscar, de forma alguma. Eu confio mais no ditado: “é melhor prevenir do que remediar...”.

Essa é uma historia que acontece muito, é verdade: um casal precisa receber o choque da separação para se dar conta do quanto eram infantis e não sabiam o que era de verdade a linda vida que tinham juntos. Mas mesmo assim eu sugiro que não deixemos isso acontecer. Não por medo de ficar sozinho não, mas com certeza por medo de não encontrar no mundo alguém como vc e que faça o que vc faz por mim. De acordo com a ultima frase vc deve estar se perguntando: “_SE SOU TAO BOA PARA VC, POR QUE SIMPLESMENTE NÃO ESQUECEMOS TUDO E FICA TUDO CERTO???”.

Não é tão simples assim bê, vc sabe. Há um limite para o que suportamos como dor, ou para o que abrimos mão pelo próximo, e as boas ações que vêm acopladas a essa dor ou a essa negação de si próprio.

Não deixemos chegar a um extravasamento desse limite.

Não foi uma frase de quem queria espetar seu companheiro, mas de quem não gostou de não ter sua reclamação atendida.

Deixemos que o outro resolva, apoiando-o e não o cobrando a cada hora que se passa.

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UMA DOENÇA NÃO É O FIM.

Este texto é dedicado a todos aqueles que, de alguma forma, por fraqueza, descontrole, ou emotividade pensam ser a doença o primeiro passo para a morte e também a seus parentes ou pessoas que estejam mais próximas, pois a cura, em qualquer caso, depende de um esforço conjunto. É necessária uma boa dose de fé, em Deus ou em qualquer outro ente, confiança na equipe médica e auto-estima quanto a seus valores inerentes, pois o desejo de viver do paciente é de suma importância. É extremamente delicado tentar confortar ou mostrar uma saída para a pessoa que está passando por um momento difícil, mas se não tentarmos é aí mesmo que nunca conseguiremos. Para você que é portador de alguma doença da qual teoricamente não se livrará, um conforto: se você leu até aqui, é por que não somente sua curiosidade, mas algo mais forte dentro de você, como a esperança, o despertou para o título desse texto e por seu primeiro parágrafo. Pare cerca de 10 segundos pensando nisso e continue a leitura.

Uma posição sempre muito comum na humanidade foi o fato de todas as pessoas ficarem sem um norte quando se descobrem portadoras de alguma enfermidade grave como a AIDS, o câncer etc. Muitos ficamos desolados mesmo numa simples tuberculose; ou se nossos filhos nascem portadores de síndrome de Down ou autistas ou ainda com paralisia infantil. Chegamos a cometer a insensatez de acharmo-nos injustiçados. Mas essa é uma posição muito covarde, posto que não nos sentiríamos da mesma forma se ganhássemos na loteria. Pense bem: as duas situações são matematicamente idênticas. É apenas uma questão de probabilidades e todos sabemos.

O paciente precisa mostrar o valor que a vida tem para ele. Ele precisa continuar vivendo a cada segundo que seus pulmões ou seu coração funcionam. O que acontece é que muitos pensam que a vida termina quando o coração pára de bater ou o cérebro pára de emitir sinais elétricos, aliás um conceito muito difundido na medicina moderna e, sob determinado ponto de vista, condenável. Do ponto de vista humano, essa é uma definição de morte sumamente errada.

Se eu deixar de construir meus ideais, de olhar para frente, de sentir a família que tenho a meu lado, esquecer que prometi a meu filho acompanhá-lo em sua formatura ou esquecer que prometi a meu pai ser o melhor jogador de futebol do mundo de nada adiantará meu coração continuar a bater, posto que a magia da vida, o viver, não mais existe. Agora sim, do ponto de vista humano, chegamos a uma boa definição de morte.

Para todos está muito claro que ciência e religião sempre travaram um embate mortal. Em vista disso, por exemplo, muitos são aqueles que desprezam a força da fé ou crença, se apegando somente ao que está cientificamente comprovado; esses são os racionalistas ou cientificistas. Outros simplesmente desprezam as recentes descobertas científicas e pensam que apenas as orações e a subordinação a um ser supremo são suficientes para a cura. E triste perceber que para ambos os grupos, por diversas vezes, apenas quando suas vidas estão por um fio é que se dão conta que de suas frágeis existências nada compreendem. A cura esta dentro de cada um de nós, ou, em outras palavras, todos somos deuses, anjos, santos e médicos de si mesmos, seja quando através de nossa fé cremos que as coisas podem mudar seja pela confiança nos conhecimentos médicos ou ainda pela união entre os dois. A vida pertence àqueles que a querem ou que dão sua vida por sua vida. Mais importante que o tempo de vida que o médico estima para o paciente é o tempo que o paciente decide, com seus pensamentos e atitudes, ter de vida.
Nosso tempo somos nós que fazemos. Suponha uma história (assim como muita gente conhece de verdade) em que um paciente terminal com estimativa de 6 meses, ao receber a notícia, dá cabo de sua vida no dia seguinte. Está aí um bom exemplo de uma pessoa que fez seu tempo: o que teoricamente seriam 6 meses ela transformou em 24 horas. O paciente deve resgatar sua força e apegar-se a ela; deve perceber que mesmo a solidão pode ter uma serventia, pode ser o momento de se virar sobre si mesmo, seja no arrepender-se de seus pecados seja no reconhecer que a vida é realmente uma caixa de diamantes brutos, que devem ser lapidados pelas ações do dia a dia.

Novamente a frase: “se nunca tentarmos, nunca conseguiremos”. Pode parecer difícil conciliar paciência, perseverança e coragem com as regras brutais do mundo atual, mas devemos tentar. Quando experimentarmos pela primeira vez a sensação purificadora desse êxito, teremos um impulso, um estímulo, para tentar mais vezes e, em muitas destas, iremos conseguir. Não é errado se sentir só. O errado é hesitar em pedir ajuda do próximo que acredita em você ou nele mesmo. Errado também é desestimular a confiança do próximo ou negar-lhe apoio. Alguém já deve ter ouvido isso, mas vale repetir: “o tempo só vale enquanto vivido, jamais quando contado no calendário”. É o tipo de frase que muitos chamam filosófica, romântica, platônica, careta, entre outros termos mais populares. Mas o erro não está na frase, e sim na assertiva a respeito dela. Em certa ocasião, uma mulher, Maria, que sofria de câncer de mama e fígado tomava um chá muito amargo quando alguém fez o seguinte comentário: “_ ah, eu não teria coragem de tomar um chá tão amargo assim”. Nisso, D. Maria respondeu: “_ qualquer chá que digam curar minha doença eu tomo, pois quero ficar boa logo”. É algo semelhante à frase “quando tiver sua vida nas mãos, não hesite em jogar cara ou coroa”. O que D. Maria fez foi justamente, ao ter sua vida nas mãos, jogar cara ou coroa. Não tinha certeza absoluta de que o chá funcionaria, mas o tomou por indicação de terceiros. Utilizou a vaga informação proferida por alguém como impulso e sua fé como caminho para mais uma tentativa de se salvar.

Se você ainda não acredita que o fenômeno chamado vida é incrível e merece muito reconhecimento por parte de quem o possui, então vou contar uma história curta, muito curta, sobre a origem da vida. O que aconteceu para que eu pudesse ter escrito este texto ou você tê-lo podido ler? Vamos ver de um ponto de vista científico, por exemplo (poderia ser do religioso) e tomando você e sua vida como ponto de partida. Supõe-se que há cerca de 15 bilhões de anos houve a formação do universo, mas a formação do sistema solar começou há apenas 5 bilhões de anos e as primeiras formas de vida na Terra surgiram há apenas 5 milhões de anos. E somente na Terra , a princípio, se encontram as condições para o florescer da vida; portanto você deve ser um terráqueo e seus pais também, para não entrar em níveis maiores de generalidade, como avós, bisavós etc. Seu pai e sua mãe tiveram que se escolher e copular entre si, sendo que a população mundial de hoje está na casa dos bilhões! E você foi um espermatozóide entre bilhões de seu pai que fecundou apenas 1 dos 400000 óvulos de sua mãe_ e acredite: se aquele espermatozóide fecundasse outro óvulo, o resultado não seria você. O embrião resultante deve ter se fixado corretamente no útero e se desenvolvido corretamente por cerca de 36 semanas sem qualquer tipo de dano, que poderiam ser milhares! Você deve ter sobrevivido aos significativos índices de mortalidade infantil, principalmente para nascidos em países do chamado terceiro mundo. Deve ter sido vacinado e ter passado com saúde pelas “doenças da infância”, como sarampo e catapora. É necessário que você, até este exato momento, não tenha sido afetado por qualquer enfermidade dos meios visuais ou auditivos que o impossibilitasse de ler ou ouvir estas frases...
Se eu continuasse a enumerar tais eventos, nem as páginas da enciclopédia britânica seriam suficientes para escrever o primeiro capítulo dessa história!


Perante tudo isso, pense que se na pior das hipóteses você está tecnicamente com os dias contados, foi uma desgastante luta te pôr aqui, vivo. Se alguma doença o estiver abarcando e amedrontando, não se deixe ir sem lutar. Seja digno com o presente que lhe foi cedido e lute agora tanto quanto os acontecimentos lutaram para que você existisse.

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Convulsão & Epilepsia


O que é convulsão ?
É uma manifestação clínica que se caracteriza pela perda da consciência, rigidez corporal, abalos musculares, salivação, e queda ao solo. Ela pode ser epiléptica ou não. No caso de não ser epiléptica, pode ser causada por diversos fatores, como por exemplo estresse, privação de sono, hipoglicemia (que acontece no jejum prolongado ou no diabete), ingestão de bebida alcoólica, etc. Esta manifestação dura geralmente menos de 5 minutos, começando e acabando espontaneamente. A convulsão é seguida de observação antes da alta e se necessário, medicação.


O que é crise epiléptica?
A crise epiléptica é a manifestação clínica de uma descarga neurológica desorganizada. O cérebro funciona a base de impulsos elétricos. Quando há uma carga ou sobrecarga desses impulsos ocorre a crise epiléptica. As crises epilépticas podem ser convulsivas (convulsões são o enrijecimento corporal e os abalos musculares que podem ocorrer) ou não convulsivas (quando não há convulsão). A Epilepsia se caracteriza pela repetição de crises. Estima-se que 2% da população mundial sofre de epilepsia. Para se ter uma idéia, é uma doença tão antiga, que foi descrita em passagens da bíblia, porém ela existe desde o começo da raça humana porque está ligada ao funcionamento do cérebro.

Quais as causas da epilepsia?
As causas são diversas, sendo que as mais comuns estão ligadas à má oxigenação cerebral que ocorre durante o parto, mas também infecções, traumatismo craniano, tumores. Na nossa região uma causa comum é a neurocistiscercose, popularmente conhecida como "ovo de solitária". Os ovos são ingeridos pelo ser humano através de verduras contaminadas, por isso deve-se ter muito cuidado na lavagem das verduras, principalmente folhas. A tênia ("solitária") se adquire ingerindo-se carne de porco crua ou mal cozida.

Em qual idade aparece a epilepsia?
Geralmente ela se inicia na infância e com diagnóstico precoce e tratamento adequado é possível controlar as crises. Porém pode também se iniciar na vida adulta. O diagnóstico é feito pelo neurologista através do exame clínico e do exame de eletrencefalograma. Vale lembrar que alterações do eletrencefalograma, conhecidos por "foco" significam necessariamente que a pessoa tem epilepsia. A medicação antiepiléptica só deve ser indicada mediante a manifestação de crises epilépticas. O tratamento da epilepsia é longo, de 2 a 3 anos, mas o resultado na grande maioria dos casos as crises podem ser controladas pelo medicamento.

Por que há mística em torno da epilepsia ?
A palavra epilepsia é de origem grega, que significa "epi" de cima e "lepsos" abater. Na antigüidade devido ao preconceito e a desinformação a sociedade achava que a crise acontecia por possessão de espírito maligno que descia e abatia as pessoas. Existem algumas passagens na bíblia descrevendo perfeitamente uma crise epiléptica, como no texto sobre o "rapaz lunático" ou "epiléptico" . Com a evolução dos conhecimentos, comprovou-se que a epilepsia e loucura ou retardo mental são coisas distintas. Epilepsia é apenas uma desordem momentânea do funcionamento de parte do cérebro, e não tem nada a ver com possessão espiritual, embora algumas pessoas ainda queiram pensar assim.

O que pode ser feito para se ajudar uma pessoa durante uma crise epiléptica?
A melhor ajuda que se pode prestar, é amparar a pessoa para que ela não se machuque na queda e enquanto ela se debate. Tem que manter a calma e ter a consciência que a crise dura em média 2 minutos. Após a crise deve-se colocar a pessoa de lado para a saliva escorrer e desobstruir a passagem do ar. Apoiá-la emocionalmente assegurando que está tudo bem, pois depois da crise a pessoa fica muito confusa, envergonhada e sonolenta. A epilepsia não é contagiosa e prestar assistência é uma questão de solidariedade e respeito.

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SANGUE VERMELHO E SANGUE AZUL: AS CORES DA VIDA

Em algumas ocasiões da vida nossa pele fica vermelha, ou ruborizada. O que logo dizem é que ficamos envergonhados, mas há mecanismos fisiológicos por trás disso. Alguns fatos que levam a ruborização são o calor externo , o esforço físico, a febre ou as emoções.

O primeiro mecanismo que desencadeia o rubor, o calor externo, é percebido nas pessoas que acabaram de sair da sauna. Elas estão vermelhas como tomates, pois ocorreu nelas vasodilatação periférica para evacuar todo o calor absorvido. Ao ser submetido a grandes esforços o corpo produz grande quantidade de calor e tente se livrar deste também por vasodilatação periférica (veja o rosto dos maratonistas ou dos levantadores de peso). A febre induz aquecimento no corpo, que mais uma vez deve eliminar o calor excessivo_ e o faz aumentando o fluxo dos vasos subcutâneos. Então os responsáveis pela cor rosada da face são os vasos dilatados. Mas, ao contrário, quando estes se contraem nós empalidecemos. Emoções como raiva ou vergonha induzem a liberação de sinais neuronais que também dilatam os vasos subcutâneos.

Em determinadas ocasiões os lábios podem ficar azulados. Esse é o mais claro sintoma de frio. No frio intenso os vasos sanguíneos sofrem vasoconstrição a fim de evitar a perda de calor. As artérias quase não forneçam sangue arterial oxigenado aos tecidos periféricos, incluindo aí os lábios e logo estes ficam cheios de sangue rico em gás carbônico, o sangue dita venoso. E portanto os capilares labiais só podem aparentar uma cor azulada.

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HISTORIAS SOBRE O SISTEMA HORMONAL.

O que é?
Em organismos pluricelulares a integração funcional dos diversos tecidos é fundamental em vista de a comunicação intercelular ser condição básica à sobrevivência. Nestes organismos, esse papel biológico cabe a dois sistemas distintos e integrados: o sistema nervoso central e o sistema endócrino. Este último diz respeito aos hormônios, que são substâncias sintetizadas por glândulas específicas, denominadas glândulas endócrinas, e secretadas na circulação sistêmica, de modo a produzirem efeitos específicos em órgãos-alvo muitas vezes bastante distantes do seu local de liberação. São, portanto, mensageiros químicos endógenos que servem à comunicação interna do organismo (em cordados o sistema endócrino está intimamente ligado ao sistema nervoso através do eixo hipotálamo-hipófise). Os hormônios mantem a estabilidade em longo prazo dos processos orgânicos, mas os ajustes em longo prazo são de responsabilidade do sistema nervoso.

Como atua?
Hormônios peptídeos, como FSH, LH, ACTH, epinefrina e melatonina, produzem seus efeitos fisiológicos modificando o metabolismo de células-alvo através da ligação a receptores específicos localizados na membrana destas. A ativação desses receptores aumenta ou reduz a formação de um segundo mensageiro dentro da célula, que irá, por sua vez, induzir ou inibir a atividade de certas enzimas responsáveis por reações de fosforilação e também alterar a permeabilidade da célula a certos íons como o Ca++ (responsável pela contração na musculatura esquelética, favorecendo a atividade motora), o Na+ (responsável pela despolarização de neurônios e células musculares) e o K+ (a saída de K+ torna a célula hiperpolarizada e, portanto, dificulta sua despolarização).
Hormônios esteróides, como os hormônios sexuais, os hormônios glicocorticóides (cortisol) e mineralocorticóides (aldosterona) ligam-se a receptores citoplasmáticos, formando um complexo que migra para o núcleo da célula e altera a expressão de certos genes. Portanto, modificam a síntese de proteínas.

Quais as glândulas existentes e quais seus produtos?
O hipotálamo está situado na base do encéfalo e sobre o tálamo.
Hipófise, também chamada pituitária, fica na sela turcica do osso esfenóide e mantém ligação com o hipotálamo. Tem uma região anterior de origem embriológica epitelial, a adenohipófise, e uma região posterior que é uma extensão do hipotálamo, logo com origem nervosa, a neurohipófise. No lobo anterior se produz:
hormônio luteinizante (LH) e hormônio foliculo-estimulante (FSH), ambos envolvidos no ciclo menstrual e na espermatogênese;
hormônio do crescimento, que além de fazer crescer induz células do fígado
prolactina,
hormônio tireotrófico
hormônio adrenocorticotrófico;
no lobo posterior:
oxitocina
hormônio antidiurético (ADH).

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POR QUE O LEITE DERRAMA AO FERVER?

Certa vez, talvez no primeiro ou segundo ano do Ensino Médio, deparei-me com tal constatação. Ainda mais por que considerei que o leite é composto por mais água do que qualquer outra coisa, mas com a água esse fenômeno não ocorre! Mas espantei-me ao saber que o motivo é justamente este. Sim, se o leite não tivesse água não derramaria.

É o seguinte. O leite é composto por inúmeras substâncias como açúcares, lipídeos, proteínas e, principalmente, água. Mas acontece que a temperatura de ebulição da água é a menor de todos esses elementos (cerca de 100º C).

Como o calor está sendo distribuído de baixo para cima, no inferior da leiteira começará a se formar o vapor de água.

Sendo esse vapor menos denso que o líquido acima, irá subir. Porém, na superfície do leite forma-se uma película muito resistente de gordura e proteína que o vapor não consegue romper.

Então as partículas de vapor começam a empurrar a película e o leite sobe e derrama!

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A ENERGIA

É extremamente difícil para um aluno iniciado na oitava série do ensino fundamental adquirir eficientemente o conceito de energia. A primeira definição a que se expõe tal aluno é, com certeza, a seguinte: “energia é a capacidade de realizar trabalho”, e ponto final. E trabalho é o deslocamento de um objeto por determinada distância (T=f.d). Quer dizer, eu realizo um trabalho quando desloco uma caixa de sapatos pelo chão. E esse trabalho será tão maior quanto o for a distância pela qual eu empurrar o caixa. É algo que dá pra começar, mas não é o suficiente.

Esse é mesmo um conceito de difícil definição. Percebemos isso ao ver que a Física não oferece nenhuma informação sobre o seu valor absoluto, trabalha somente com variações da energia total de um sistema, que é o que importa na realidade (sabemos que a energia pode existir de diversas formas, como térmica, cinética, potencial elástico, potencial gravitacional, nuclear, química, eólica, elétrica, luminosa, etc; a soma de todas essas formas constitui o que chamamos de energia total). Mas intuitivamente aceitamos e entendemos o que seja energia. Energia atômica nuclear para reduzir os impactos ambientais das hidroelétricas. Energia que precisamos ingerir diariamente para manter nosso metabolismo e nossas atividades cotidianas. Colocamos sobre os telhados células fotoelétricas para converter a energia solar na água que sai do chuveiro. Sabemos que um veículo precisa de combustível para funcionar (isso significa que precisa da energia química contida nas moléculas da gasolina, do álcool, do óleo, do gás natural, ou o que seja).

Um corpo em movimento possui a dita energia cinética. Na realidade, esta é uma função não só da velocidade, mas também da massa do objeto. Ao estar dotado de energia cinética, um carro em movimento pode transferi-la para outro carro e também para o ambiente durante uma colisão. Mas como? Os carros ficam amassados (em termos físicos, sofrem deformações), ouve-se um grande barulho sonoro, tanto da batida em si quanto da fricção dos pneus com o chão resultante da freada. Neste último caso, diz-se que parte da energia cinética se transformou na energia térmica (calor) do atrito das pastilhas do pneu contra a borracha deste.

No entanto, mesmo estando em repouso um ponto material qualquer pode ter energia. Isso depende da posição que ele ocupa em relação ao solo. Essa é a chamada energia potencial gravitacional. Considere por exemplo um caderno sobre a mesa. Se você “retirar a mesa” (não se assuste, esse é apenas um experimento mental, daqueles do tipo que Einstein imaginava ao percorrer um raio de luz com uma bicicleta!) o que acontece? O caderno cai, claro. E por quê? Energia potencial gravitacional atuando, ou seja, a Terra nos puxando para seu centro. Outra forma de um material estar parado e possuir energia é o caso de uma mola comprimida ou um arco-e-flecha. Agora se trata de energia potencial elástica. É fácil entender. Faça-se a pergunta: “como é que a bola do pimball parte tão rápido?”. Ou imagine como pode a flecha ir tão longe. As energias potenciais são armazenadas e podem ser usadas a qualquer momento.

Um evento interessante sobre a energia é sua teoria da conservação. Este diz que a energia é transformada de um tipo em outro, mas nunca se perde, ou seja, nunca é criada ou destruída. E diz também que o total de energia antes de qualquer transformação é sempre igual à quantidade que havia antes da referida transformação_ é como se no final de dez anos você continuasse com a mesma idade que tem agora; ou ainda como se, ao fazer uma trajetória, você terminasse no ponto de partida; enfim, o estado final de algo é o mesmo, mas houve intercâmbios as partes desse algo. As leis de conservação em física são válidas desde a mecânica clássica até o submundo microscópico da mecânica quântica.
• Quando um corpo cai, a força peso realiza um trabalho “para baixo” que aumentará a energia cinética. Se o corpo é lançado verticalmente para cima, a força peso continua realizando seu trabalho para baixo e, por isso, a energia cinética diminui (o corpo pára e depois cai).
• Einstein nos mostrou, com sua teoria da relatividade, que massa e energia são expressões do mesmo fenômeno, são interconversíveis. Ao se colidir partículas de alta energia, parte dessa energia é convertida na massa de novas partículas.

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A Evolução Viola as Leis da Termodinâmica?

Um dos argumentos mais comumente feito pelos centros criacionistas gira em torno das leis da termodinâmica. O argumento de que "a Segunda Lei da Termodinâmica torna a evolução impossível" é provavelmente o mais difícil para os cientistas evolucionários responderem -- não porque o argumento tenha qualquer validade científica, mas porque gira ao redor de conceitos que são completamente estranhos para pessoas sem conhecimento científico, o que dificulta a compreensão por parte delas. A maioria das pessoas comuns não tem a menor idéia do que significa "termodinâmica" ou "entropia", o que permite aos criacionistas disseminarem uma enorme quantidade de tolices que soam cientificas mas que estão totalmente erradas.
Basicamente, o argumento criacionista vem com algo parecido com isto: A Segunda Lei da Termodinâmica lida com algo chamado "entropia", que é uma medida da quantidade de desordem em um sistema. Na maioria dos sistemas, a entropia tende a aumentar com o passar do tempo. Isto é baseado no fato de que há uma quantidade limitada de energia livre em qualquer sistema fechado, e uma vez que uma energia é usada para fazer trabalho (e deste modo produzir ordem) torna-se inacessível para qualquer trabalho futuro (e portanto a ordem produzida tende a colapsar com o passar do tempo). Posso usar energia para fazer trabalho e construir uma casa, por exemplo. Mas uma vez que a energia é consumida, a casa começará a se deteriorar e sucumbirá em desordem -- a não ser que eu continue gastando mais energia livre para mantê-la em pé. Na ausência de energia livre adicional, a casa eventualmente colapsará. E a menos que eu adicione energia ao sistema através da realização de mais trabalho, os pedaços colapsados nunca serão reunidos novamente. O sistema sempre tende na direção da desordem, não do aumento da ordem. E este aumento da desordem ou entropia é a essência da Segunda Lei.
Os criacionistas assumem que esta tendência em direção a desordem e desorganização é um princípio universal de todos os sistemas:
"Todos os processos manifestam uma tendência em direção a deterioração e desintegração, com um aumento em cadeia naquilo que é chamado entropia, ou estado de aleatoriedade ou desordem, do sistema. Isto é chamado de Segunda Lei da Termodinâmica." (Morris, 1972, p. 14)
"Existe uma tendência universal para todos os sistemas de partir da ordem em direção à desordem, como anunciado na Segunda Lei." (Morris, 1972, p. 19)
"A Segunda Lei (Lei do Decaimento da Energia) declara que todo sistema deixado por conta sem interferência sempre tende a mover-se da ordem para desordem, sua energia tende a ser transformada em níveis menores de disponibilidade, finalmente alcançando o estado de completa aleatoriedade e indisponibilidade para trabalhos futuros." (Morris, Scientific Creationism, 1974, p. 25)
A evolução, entretanto, os criacionistas sustentam, constantemente cria ordem desde que parte de pequenos organismos menos complexos para organismos maiores e mais complexos. E este processo de ordem crescente, eles asseguram, está violando a Segunda Lei da Termodinâmica, a qual, eles alegam, especifica que nenhum sistema pode ir de um estado de simplicidade para maior complexidade. Deste modo, a progressão evolucionária da vida, eles concluem, não poderia ter acontecido.

Os argumento dos criacionistas é baseado em uma incompreensão elementar da termodinâmica e da Segunda Lei. As leis da termodinâmica somente se aplicam dentro de um sistema "fechado" termodinamicamente, no qual nenhuma energia livre pode entrar vinda de fora do sistema. Sob tais circunstâncias, a energia livre disponível é consumida e degrada até que não possa mais realizar trabalho, levando ao decaimento termodinâmico e aumento da entropia e desordem, assim como a casa de nosso exemplo que inevitavelmente se deteriorará em ruínas. Entretanto, como eu mostrei, há um caminho para manter a ordem e reverter esta tendência em direção a desordem -- se eu consumir uma energia nova e realizar mais trabalho. Um sistema no qual energia livre está disponível a partir do lado de fora é um sistema "aberto" termodinamicamente, e em um sistema assim é possível reverter a entropia (pela adição de nova energia livre). Esta energia nova tem um custo, entretanto -- reduz a quantidade de energia livre que está disponível em qualquer outro lugar e assim aumenta a entropia do sistema inteiro. O próprio universo, por exemplo, é um sistema fechado termodinamicamente. Nenhuma energia livre nova pode entrar vinda de fora, então sua entropia inevitavelmente aumenta. Na verdade, a entropia inevitavelmente o destruirá, exaurindo e consumindo toda a sua energia livre e reduzindo-o a uma região inerte e fria onde não há nenhum fluxo de energia, uma condição conhecida como "morte quente."
Contrário às afirmações criacionistas, entretanto, a Segunda Lei e a entropia crescente não se aplica a "todos os sistemas" -- somente naqueles sem afluxo de energia livre. A Segunda Lei é aplicada somente dentro de um sistema fechado. A vida na Terra não é um sistema fechado termodinamicamente -- está constantemente recebendo energia livre vinda de fora na forma de luz e energia solar. A vida na Terra é capaz de canalizar esta energia livre para realizar trabalho e assim diminuir a entropia e na verdade partir de um estado de desordem para um de maior organização.
Entretanto, ao mesmo tempo em que a Terra está usando esta energia livre do sol para diminuir sua entropia, o sistema solar como um todo está experimentando uma entropia crescente, e inevitavelmente se extinguirá assim que o sol consumir toda sua energia livre e alcançar sua morte quente. Até que isto aconteça, entretanto, a energia livre está disponível na Terra para realizar trabalho e reduzir a entropia localmente, e isto permite que a vida se torne cada vez mais organizada (menos entropia) mesmo que o sistema solar como um todo esteja perdendo energia livre (mais entropia).
Uma analogia pode ser útil aqui: todas águas correntes e rios correm ladeiros a baixo, mas próximo à rochas e outra obstruções pequenas porções da corrente podem usar a energia cinética para temporariamente e localmente reverter este fluxo e na verdade turbilhonar para cima por um tempo. As moléculas d'água usam energia livre vinda de fora para realizar trabalho e assim temporariamente enganar o fluxo da gravidade. O fato de que partes de um vórtice fluem para cima não invalida os efeitos da gravidade sobre a água, do mesmo modo que o fato de que a vida localmente diminui sua entropia não invalida a Segunda Lei. Ambos processos são temporários e completamente dependentes de uma fonte externa de energia.
Por conseguinte, a evolução da vida não viola a Segunda Lei -- meramente usa energia livre disponível para enganá-la temporariamente, assim como algumas partes de um vórtice de água se movem contra a corrente sem violar as leis da gravidade. A Segunda Lei diz que a energia livre tende a ser reduzida com o passar do tempo. Isto não significa de modo algum que a energia livre não possa ser temporariamente usada para realizar trabalho e deste modo reduzir a entropia em uma área localizada -- mas mesmo assim, a energia livre total do sistema continua a declinar. Ao passo que a vida na Terra reduz a entropia pela utilização de energia livre, o sol, que proporciona esta energia livre, queima e aumenta sua entropia. No final a entropia vencerá, e o sistema solar (na verdade, o universo inteiro) perecerá em uma morte quente no estado máximo de entropia. A vida na Terra é um passo temporário no processo de decaimento universal. Neste meio tempo, entretanto, processos locais podem reverter este fluxo e temporariamente produzir pequenas áreas locais de organização e de uma menor entropia -- áreas estas que chamamos de "vida".
A vida não é o único processo onde podemos observar uma diminuição na entropia e o aparecimento espontâneo de ordem a partir da desordem. Flocos de neve, por exemplo, são formados quando moléculas de água movendo-se aleatoriamente usam energia para organizarem-se em um padrão cristalino ordenado. Charcos d'água, nos quais as moléculas de água movem-se aleatoriamente, podem usar a energia da luz solar que cai sobre elas para formar células de convecção ordenadas e regularmente construídas.
Os criacionistas, ao se darem conta que a ordem pode afinal vir da desordem sem violar as leis da termodinâmica, vêem-se forçados deste modo a mudar seus argumentos -- eles agora asseguram que tais mudanças somente podem vir através de algum tipo de "mecanismo", o qual, no caso da vida, afirmam, somente pode ser Divino na origem:
"A desordem nunca pode produzir ordem através de qualquer de tipo de processo aleatório. Deve estar presente alguma forma de código ou programa, para dirigir os processos de ordenamento, e este código deve conter ao menos tanta 'informação' quanto a necessária para proporcionar esta direção. Além disso, deve estar presente algum tipo de mecanismo para converter a energia do meio-ambiente na energia necessária para produzir a organização superior do sistema envolvido. ... Assim, qualquer sistema que experimente mesmo um crescimento temporário na ordem e complexidade deve não apenas estar "aberto" a energia do sol, mas deve também conter um "programa" para dirigir o crescimento e um "mecanismo" para energizar o crescimento." (Morris, 1972, p. 19)
A afirmação criacionista de que não existe nenhum "mecanismo" natural para produzir vida ordenada a partir de substâncias químicas desordenadas (outro que não a Intervenção Divina) é simplesmente falsa. A química única dos átomos de carbono torna possível para estes átomos usar energia livre (na forma de fótons vindos do sol) para quebrar e formar novas ligações químicas e assim formando longas cadeias de átomos -- a base química fundamental para a vida. Nada de misterioso a respeito disto e nenhum Milagre Divino é necessário -- simplesmente uma conseqüência das leis da química e da física aplicadas a camada eletrônica externa de um átomo de carbono. As leis da química e da física que governam a formação de moléculas biológicas são as mesmas que governam a formação de qualquer outro composto de carbono. No nível químico, não há nada de diferente a respeito da "vida" -- a química de um átomo de carbono é a mesma seja o átomo parte de uma molécula de DNA ou parte de um pedaço de carvão.
Por esse motivo, é necessário não apenas um afluxo de energia livre (a qual vem do sol), mas também um mecanismo para capturar esta energia e usá-la para processos biológicos. Felizmente para a vida na Terra, as propriedades químicas únicas dos átomos de carbono fazem com este processo seja praticamente inevitável (e é tão simples, na verdade, que os aminoácidos são encontrados flutuando livres no espaço interestelar, onde eles se formam espontaneamente a partir de cadeias de carbono utilizando energia livre). Processos químicos similares, sustentados pela mesma energia livre vinda do sol, permite que a vida cresça em complexidade, sem que viole de maneira alguma qualquer lei da termodinâmica.

Inserida por HeltonBezerra

A REFRAÇÃO, A REFLEXÃO TOTAL E ALGUNS DE SEUS EFEITOS

Sabe aquelas ocasiões em que a profundidade da água da piscina parece menor, ou aquelas em que um lápis parece torto ao ser posto dentro de um copo de água, ou ainda a mudança aparente de posição de uma moeda também num copo com água? Tais eventos são explicados pela teoria de refração luminosa.

Em um corpo sob o qual incide luz, esta terá uma parte refletida e outra refratada. A refração é entendida como uma variação na velocidade de propagação da luz quando esta muda de meio de propagador. E junto com esta mudança de velocidade há uma mudança na direção em que o feixe luminoso caminha. Essas variações ocorrem porque os meios diferem em seus índices de refração, ou seja, no quanto eles difratam a luz. Isto é chamado de refringência do meio e quanto maior a refração maior a refringência. A reflexão total, também chamada interna, é quando nenhuma parcela de luz se refrata. Ocorre sob duas condições: a luz deve se propagar do meio mais refringente para o menos refringente; o ângulo de incidência deve ser maior que um determinado valor, o ângulo limite (Aincidência > Alimite). Ambos, refração e reflexão, resultam em efeitos observáveis na atmosfera.

As miragens no deserto e as ilusões de poças de água no asfalto quente são explicadas assim. Com o aumento da temperatura a densidade e o índice de refração do meio diminuem (pela constante dos gases, temperatura, volume e pressão se mantêm constantes para um mesmo gás). Assim a luz se propaga do meio mais refringente para o menos refringente “de cima para baixo”, sofrendo reflexão total, formando uma imagem especular do objeto que esteja na pista, como um carro, o que impressiona como água no solo produzindo a reflexão.

Outro fenômeno é a posição aparente de um astro. A densidade atmosférica, e seu índice de refração, diminuem da superfície da Terra para o espaço externo, posto que a atmosfera não é um meio homogêneo. Portanto a luz que vem das estrelas não irá percorrer um trajeto retilíneo, mas sofrerá mudanças de velocidade e eixo de propagação em função de atravessar diferentes camadas de ar. O feixe de luz que nos chega mostra-nos a posição aparente, que é mais elevada que a real. É isso que permite que vejamos antes dele nascer, ou ainda depois dele se pôr.

O arco-íris é formado quando a luz solar atravessa as gotas de chuva, que funcionam como um prisma separando os diversos comprimentos de onda componentes da luz branca (isso é chamado espectro da luz solar). Essa separação é feita por refração e posterior reflexão total da luz. Um observador olhando para a chuva verá, em diversos ângulos, diversas cores (o arco mais interno é violeta; o mais externo, vermelho; entre eles estão os intermediários anil, azul, verde, amarelo e laranja). Por razões de simetria, o ângulo entre o eixo sol-observador e as gotas que sofrem refração é cerca de 42º em todas as direções ao redor deste eixo. Além do arco-íris principal pode se formar um secundário. É que pode haver uma dupla reflexão da luz dentro das gotículas.

Uma aplicação tecnológica da reflexão total é o caso das fibras ópticas, que substituíram os impulsos elétricos na transmissão de informações. Cada fibra é formada por dois tipos de vidro com refringências diferentes. O centro é mais refringente que o córtex, a casca. Dessa forma um feixe luminoso, produzido numa fonte de raio laser, propaga-se no interior e atinge a camada externa por um ângulo maior que o limite. Logo temos as duas condições de reflexão total satisfeitas e a informação caminha por longuíssimas distâncias. As vantagens da fibra óptica em relação ao cabo metálico são várias: peso e volume reduzidos, melhor desempenho, abundância de matéria-prima, maior confiabilidade das informações, etc.

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BUCKYBALL ESQUENTA SUPERCONDUTIVIDADE.

“Arranjo novo de moléculas de carbono perde resistência à corrente elétrica sob temperatura próxima da ambiente. Pesquisadores dos eua combinaram molécula de carbono em forma de bola de futebol ("buckyball") e supercondutores que operam em altas temperaturas”.

Ao colocar um cristal feito de buckyball da versão C60 com outros compostos no interior de um transistor, eles o converteram em um supercondutor, material que permite o fluxo desimpedido de corrente elétrica, sem oferecer resistência à passagem dos elétrons. Melhor ainda, o material fez a transição para a supercondutividade a uma temperatura considerada alta, comparada ao que já se havia conseguido antes :
-156 oC. Ainda é bem frio, mas, perto do que se consegue usando apenas buckyballs (-255 oC), é quase uma fornalha.

Como a eletrônica da supercondutividade é extremamente rápida e ideal para detectar minúsculos campos magnéticos, um novo suprimento de aparelhos supercondutores de C60 poderia revolucionar campos tão diversos quanto a computação de alta velocidade e o processo de geração de imagens com fins médicos.

Em 1991, Ramirez e seus colegas descobriram que cristais feitos de moléculas de C60 poderiam se tornar supercondutores quando resfriados a -255 oC, se combinados a metais.
No fim dos anos 90, o físico Hendrik Schön, dos Bell Labs, da Lucent Techologies, em Murray Hill, Nova Jersey, começou a suspeitar que poderia aumentar a temperatura de transição para supercondutividade se pudesse preparar as moléculas de C60 para conter "buracos" positivamente carregados - em outras palavras, espaços livres de elétrons.
Fazendo isso, eles determinaram que é possível aumentar a "densidade de estados" de um material. Essa propriedade está fortemente ligada à temperatura de supercondutividade.
No ano passado, Schön e outros cientistas dos Bell Labs conseguiram isso ao construir um transistor em vota do cristal para enchê-lo de "buracos". Como relataram no ano passado, o transistor de C60 poderia superconduzir a temperaturas tão altas quanto -221 oC.

Agora, a equipe encontrou outro modo de aumentar a densidade de estados do material : expandindo a distância entre as buckyballs no cristal. Após tentar inúmeros compostos combinados, eles encontraram dois, triclorometano e tribromometano. Eles mais do que duplicaram a temperatura de supercondutividade. O salto significativo veio em boa hora para os pesquisadores, diz Ramirez. Até agora, ninguém sabe se algum outro composto combinado conseguirá empurrar o C60 para a temperatura ambiente sem fazer com que o cristal se desmanche. Mas vários grupos certamente tentarão tirar a sorte grande, afirma o especialista.

Embora o estudo estabeleça o recorde de temperatura para supercondutividade em compostos de C60 esse não é o recorde absoluto para materiais capazes de transmitir eletricidade sem resistência. Compostos com base em cobre, mercúrio, bário e cálcio já operam em temperaturas na casa dos -139 oC.

Esses, entretanto, oferecem alguns problemas, pois a física que governa seu comportamento não é convencional nem bem compreendida. Além disso, sua construção é muito cara.
Apesar disso, alguns deles já foram utilizados comercialmente para fazer poderosos magnetos, filtros de microondas e cabos supercondutores para sistemas de transmissão de energia.

Os supercondutores com base em buckyballs têm potencial para serem mais baratos, e a física por trás de seu funcionamento é mais conhecida, já que eles parecem se comportar de forma convencional. As "buckyballs" são formadas por 60 átomos de carbono arranjados como uma bola de futebol. O nome é uma homenagem ao arquiteto Buckminster Fuller, criador de uma estrutura similar à molécula, a cúpula geodésica.

Inserida por HeltonBezerra

TEORIAS DE ALBERT EINSTEIN
Em 1905, o físico alemão Albert Einstein, até então um simples funcionário público do departamento de patentes, publicou três trabalhos em uma pequena revista científica alemã. Entre estes trabalhos estavam a explicação do efeito fotoelétrico, que anos mais tarde lhe deu o Prêmio Nobel de Física e um estudo sobre a relatividade que viria, junto com a Mecânica Quântica, revolucionar a física do nosso século.
Neste último trabalho, Einstein postulava que a matéria poderia ser transformada em energia e vice-versa. A síntese deste postulado está expressa na sua famosa equação:

E = M.C2 (energia = massa X velocidade da luz ao quadrado)

Além disso, ele também afirmava que havia uma forte interligação entre o espaço e o tempo e que estas duas grandezas não eram entidades independentes como se pensava na época. Em 1916, Einstein completou seus estudos sobre a relatividade publicando um novo e revolucionário trabalho, a Teoria da Relatividade Generalizada, incluindo sua nova visão do Universo à Gravidade. Na nova formulação a força de atração entre dois corpos deixou de ser uma força e passou a relacionar-se com a "distorção do espaço-tempo". Assim, a presença de uma massa no espaço seria capaz de "entortá-lo", como se o próprio espaço fosse uma folha de borracha.

Um raio de luz de uma estrela, ao passar perto do sol, descreve uma pequena curva. Segundo a teoria de Einstein a curva se dá não porque o Sol atrai o raio, mas porque o próprio espaço que o raio atravessa foi "entortado" pela presença da enorme massa do Sol.
A luz continua seguindo o caminho reto, o espaço é que estaria curvo. Paralelamente ao desenvolvimento da relatividade, relacionada aos fenômenos dos corpos de grande massa e distância, desde o início do século desenvolveu-se a Mecânica Quântica, permitindo ao homem compreender a matéria e o seu comportamento.
De acordo com esta notável teoria, tratando do comportamento dos nêutrons, prótons ou elétrons nos átomos, não podemos definir simultaneamente a velocidade e a posição de qualquer partícula. Também não podemos observar continuamente as órbitas individuais ou movimentos das partículas. De qualquer modo, nem tudo está perdido. Embora nunca possamos conhecer a história precisa de uma partícula, é possível predizer o lugar mais provável em que ela se encontrará. Em outras palavras, para um grande número de partículas, podemos prever quais as posições e os movimentos que tem mais probabilidade de ocorrer.
Assim, os resultados da Mecânica Quântica são de natureza estatística. O grande desafio dos Físicos deste século passou a ser: transformar a Relatividade (que trata dos fenômenos físicos de forma geométrica e determinística) e a Mecânica Quântica (que usa conceitos estatísticos) em uma única linguagem. Encontrando um conjunto único de leis que possam ser aplicadas a todos os fenômenos da natureza, desde os quarks (partículas que formam os prótons e nêutrons) até aos buracos negros ou aos superaglomerados de galáxias.

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Buracos Negros, buracos brancos, buracos de minhoca e universo-bebê
Alguns cientistas em seminários e artigos vêm examinando a possibilidade de viagens com velocidades mais rápidas que a luz. "Buracos de minhoca", táquions (partículas que viajam com velocidades muito superiores à da luz) e dimensões paralelas têm sido alguns dos tópicos examinados. Os próprios “wormholes” são, na teoria, caminhos por onde uma espaçonave poderia viajar para diminuir seu tempo de deslocamento.
Calcula-se que um wormhole capaz de permitir a passagem de uma nave teria uma massa maior que a do planeta terra!
Já os buracos negros estariam relacionados à distorção espaço-tempo: seria uma estrela que sofreu um colapso gravitacional e passa a absorver toda e qualquer massa que estiver dentro dos limites de sua área para si mesma, este limite recebe o nome de horizonte de eventos.
Este colapso é devido ao desequilíbrio entre força nuclear e força gravitacional, onde a força nuclear é menor que a força gravitacional isto significa, teoricamente, que a estrela está dando origem à um outro corpo celeste.
As naves que distorcerem o espaço-tempo de uma forma controlada, poderão diminuir o espaço em que se encontram, fazendo uma viagem que duraria 1000 anos em 10, dependendo de sua distorção, mas isto não quer dizer que se transformaria num buraco negro.

Essas teorias e possibilidades tecnológicas ainda estão longe de serem alcançadas por nossa ciência, mas, pelo menos, permitem supor que é possível viajar aos confins do Universo, como provavelmente fazem os nossos arredios visitantes!

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INTERAÇÃO ENTRE RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E A MATÉRIA


Chacoalhamos uma caixa fechada para descobrir o que está dentro. Da mesma maneira, radiação (eletromagnética) é muito usada para chacoalhar os sistemas que queremos estudar. A radiação, luz por exemplo, é uma sonda que é afetada de alguma maneira pela matéria sob estudo.


Refração, Reflexão
Se o sistema tem dimensões maiores do que o comprimento de onda, podemos introduzir os conceitos de refração e reflexão. Um arco-íris é o resultado de refração e reflexão da luz do sol por gotas d'água.


Espalhamento
Se o objeto tem dimensão comparável ou menor do que o comprimento de onda da radiação incidente, o conceito de espalhamento é mais útil. No caso limite de partículas muito menores do que um comprimento de onda (uma molécula por exemplo), a radiação é espalhada igualmente em todas as direções. O céu é azul porque luz azul é espalhada mais do que luz vermelha.


Absorção
Para certos comprimentos de onda, a radiação incidente afeta a molécula. Podemos visualizar isto em termos do fenômeno de ressonância. Nem sempre a radiação desviada pela matéria mantém o mesmo comprimento de onda.


Ondas e Partículas
Até agora descrevemos a radiação como fenômeno ondular e a matéria como constituída de partículas. Mas no início do século 20 ficou claro que existem circunstâncias em que precisamos atribuir propriedades ondulares (um comprimento de onda e uma freqüência, por exemplo) a partículas, e propriedades de partículas (momentum e energia) a ondas. Para o fenômeno de absorção de luz pela matéria, que acima descrevemos em termos das freqüências de ressonância das moléculas, é útil colocar a visão clássica de ponta a cabeça: descrevemos luz como um coleção de fótons (pacotes de energia E = hf, momentum p = h/λ) e descrevemos a matéria, em particular os elétrons em volta dos núcleos, como funções de onda. Mas cuidado! Os fótons são partículas não convencionais no sentido que não tem massa e que não faz sentido falar sobre a posição de um deles. A função de onda não é uma onda convencional no sentido que não há alguma coisa "real" vibrando ou variando no espaço e no tempo. O quadrado da função de onda dá a probabilidade de achar a partícula (o elétron) numa determinada posição.



Com estas novas imagens na cabeça, podemos tentar entender o fenômeno de absorção de novo. Da mesma maneira que uma onda confinada numa região no espaço não pode vibrar harmonicamente (senoidalmente) com qualquer freqüência, mas é obrigada a vibrar com certas freqüências discretas, assim a função de onda de um elétron confinado em volta de um núcleo pela atração elétrica somente pode vibrar com certas freqüências discretas, e portanto o elétron pode estar somente em determinadas energias discretas. A luz que usamos para investigar a matéria e que incide sobre os átomos ou moléculas, consiste de pacotes de energia, fótons, de energia hf = hc/λ. Os fótons podem ser absorvidos (e assim levar o átomo ou molécula a um estado de energia maior) somente quando têm uma energia igual a uma diferença de energia entre os possíveis estados dos átomos ou moléculas sob estudo.

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CICLO DA ÁGUA

Parte das águas dos das chuvas evaporam formando nevoeiro e nuvens, e parte infiltra-se nos solos permeáveis, indo alimentar as nascentes e os rios subterrâneos (nas depressões impermeáveis, a água das chuvas forma lagoas e pântanos e a maior parte corre pelos declives e vai engrossar os rios). Mas no geral a água está sob contínuas mudanças de fase na natureza, ao que denominamos ciclo das águas.

Toda a água pluvial, sob as mais diversas formas aqui em baixo, evapora e os vapores formados vão condensar-se nas camadas superiores, que são mais frias. Dessa evaporação resultam gotículas de água ainda sob o estado líquido e que formarão as nuvens. Essas gotículas podem eventualmente precipitar e cair sob a forma de chuva , o que reiniciará o ciclo.

Quando os vapores de água se condensam nas superfícies dos vegetais que estão a temperaturas méis baixas, ocorre a formação do orvalho (a solidificação do orvalho, damos o nome de geada). A neve é formada em camadas de nuvens mais altas, quando a temperatura chega abaixo de zero, com a formação de água sólida no sistema hexagonal em forma de flocos. As gotas congeladas transformam-se em flocos de neve, mas à medida que os flocos se aproximam do solo, a temperatura mais alta os derrete (o que impede que a neve se derreta nas altas altitudes, como nas montanhas, é a correspondente redução da temperatura).

Quando a temperatura perto do solo não está nem muito alta (haveria somente neve) e nem muito baixa (haveria somente chuva), ocorre ao mesmo tempo neve e chuva¬_ a neve que não derreter forma os blocos de gelo que chamamos granizo. Há ocasiões em que a condensação da água forma a neblina, que assim como a nuvem é composta por gotículas de água em suspensão.

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TEORIA DAS SUPERCORDAS

A teoria das supercordas está baseada na premissa de que os constituintes elementares da matéria não são descritos corretamente quando nós o tratamos como objetos pontuais. De acordo com esta teoria, as partículas elementares são realmente minúsculos "laços de cordas" com raio dado aproximadamente pela constante de Planck. Assim, esta teoria trata todas as partículas como se fossem cordas. Quando detectamos a presença de uma partícula não é nada mais que vibrações dessas cordas. Os modernos aceleradores de partículas, que são instrumentos construídos para acelerar, de forma controlada, um conjunto de partículas carregadas, atribuindo as mesmas energias elevadas, da ordem de uma centena de GeV (Gigaeletronvolts), para utilizá-las em reações nucleares, só podem vasculhar até distâncias muito longe da escala de Planck e conseqüentemente estas cordas parecem, nesta escala, objetos pontuais. Porém, a hipótese da Teorias das Cordas é que eles são minúsculos "laços", mudando drasticamente o modo no qual estes objetos interagem na menor escala de distância. Esta modificação é que permite a gravidade e a mecânica quântica formar uma união harmoniosa. Uma das conseqüências desta solução é que se pode mostrar que as equações da teoria das cordas só são autoconsistentes se o universo contém, além do tempo, nove dimensões de espaço. Assim, se esta teoria estiver correta, temos que admitir, como já admitem por longo tempo alguns segmentos da ufologia, particularmente a ufologia mística, que vivemos em um espaço de múltiplas dimensões.
Para ser mais exato, segundo a teoria das supercordas, nós viveríamos em um espaço de dez dimensões. E onde estariam estas outras dimensões que ninguém vê? Estas seis dimensões espaciais extras devem se enrolar (espiralar) em um espaço geométrico minúsculo cujo tamanho deve ser comparável ao comprimento da corda. Assim, estas dimensões extras só se apresentariam se observássemos a matéria na "escala de Planck". E nessa escala a "observação" é praticamente impossível, visto que este "tamanho" é da ordem de 10-33 cm.


Teoria de Kaluza-Klein
A idéia de que nosso universo poderia ter mais de três dimensões foi introduzida há mais de meio século antes do advento de teoria das cordas por T. Kaluza e por O. Klein.
A premissa básica da Teoria Kaluza-Klein é que uma dimensão ou pode ser grande e diretamente observável ou pequena e essencialmente invisível.

Uma analogia com uma mangueira de jardim pode ser útil. De longe, olhando uma mangueira de jardim longa, parece um longo fio, ou seja, um objeto unidimensional. De um ponto mais próximo (ou de uma distância longa com ajuda de um aparelho de aproximação visual) dimensões adicionais aparecem, a dimensão circular da mangueira fica evidente. Assim, dependendo da escala de sensibilidade do observador, a mangueira ou aparecerá como um objeto de uma ou três dimensões.

A teoria de Kaluza-Klein diz que a mesma coisa pode ser verdade no universo. Nenhum experimento governa ou visualiza a possível existência destas dimensões. Estas dimensões adicionais de espaço estão enroladas (como a dimensão circular da mangueira) em escalas menores que 10-12 cm, o limite de acessibilidade hoje. Embora originalmente introduzida no contexto das teorias de partícula pontuais, esta noção pode ser aplicada a cordas.
Então, a teoria das cordas é fisicamente sensata se as seis dimensões extras requeridas estão enroladas em minúsculas formas espirais no espaço, da ordem da escala de comprimento de Planck.

Inserida por HeltonBezerra

PARTÍCULAS ELEMENTARES

Durante séculos acreditou-se que os átomos fossem os componentes básicos da matéria, teoria essa proveniente de uma visão materialista do Universo, inaugurada com Demócrito (460-370 a.C.), que via a Suprema Realidade na figura do Indivisível, o Átomo.

Após a descoberta dos Raios-X em 1895 por William Konrad Röntgen (1845-1923), físico alemão, logo se viu que ele não era o único emanando dos átomos, existindo outros raios se propagando, daí inferindo-se a natureza composta da estrutura do átomo.

Em 1897 Sir Joseph John Thomson (1856-1940) descobriu o elétron, a primeira partícula elementar, que atua nas reações químicas mais comuns.

Em 1911, com o bombardeamento de átomos por partículas alfa emanadas das substâncias radioativas, Ernest Rutherford (1871-1937) desenvolveu o modelo clássico de uma nuvem de elétrons ligada por forças elétricas e orbitando um núcleo (que seria composto de prótons e nêutrons); uma estrutura incrivelmente pequena (cerca de um décimo de milionésimo de milímetro) onde o núcleo é, aproximadamente, menor cem mil vezes que o átomo e tem cerca de duas mil vezes a massa do elétron (a massa de um elétron é de cerca de 2 x 10-27g = 0,0262g = 0,000000000000000000000000002g).

Posteriormente verificou-se que a nuvem de elétrons se compunha de diferentes estágios ou níveis de energia. Eles podiam saltar para estágios inferiores energeticamente e emitir energia em forma de pacotes ou quanta de luz: os fótons. Confirmaram-se assim as teorias de Max Carl Ernst Ludwig Plank (1858-1947) e Albert Einstein (1879-1955) sobre a natureza da luz.

Sobre essa última, James Clerk Maxwell (1831-1879) descobrira, no final do século XIX, que a eletricidade e o magnetismo se unem para se transformarem em luz. Dessa forma, a diferença entre os raios gama, Raios-X, ultravioleta, luz visível, infravermelha e as ondas de rádio está apenas em seus comprimentos de onda. Concluiu também que todas essas ondas, em todas as suas freqüências, se deslocam no espaço à velocidade da luz.
Mais ainda, que a nossa noção de que "coisas" se tocam e por isso se movem é uma simplificação da noção de campos magnéticos e elétricos variando no tempo que permeia o espaço.
Assim, quando seguramos algo, na realidade não há contato, mas cargas elétricas na mão influenciam cargas elétricas no objeto, fazendo-o mover-se. Nada toca em nada!?

Durante a década de 1920, um grupo internacional de físicos (Niels Bohr – 1885-1962 – dinamarquês, Werner Heisenberg – 1901-1974 – alemão, Erwin Schrödinger – 1887-1961 e Wolfgang Ernst Pauli – 1900-1958 – austríacos, Paul Adrien Maurice Dirac – 1902-1984 – inglês e Louis de Brouglie – francês) descobriu um mundo novo, o subatômico, baseado em leis até então desconhecidas, a teoria quântica. Esse mundo subatômico era composto de partículas extremamente abstratas que, dependendo de como fossem abordadas, se comportavam ora como partículas ora como ondas, de forma semelhante à luz, que se manifesta ora como partícula e ora como pacotes de energia eletromagnética, os fótons.

Assim, na década de 1930 (Enrico Fermi – 1901-1954 – realiza a primeira fissão nuclear em 1934 e a primeira reação nuclear em 1942) já se sabia que as três unidades "básicas" não eram básicas, outras existiam, e desde então já foi descoberta a existência de mais de 200 partículas elementares, separadas em partículas estáveis e instáveis. Aquelas, 41 ao todo, foram divididas didaticamente em fótons, léptons e hádrions, com suas partículas e antipartículas.

Inserida por HeltonBezerra

POR QUE O AR É MAIS RAREFEITO NAS ALTITUDES?

Tem a ver com o conceito de pressão atmosférica. Esta última é definida como o trabalho da força peso de uma coluna de ar sobre uma área determinada (pressão=força/área). Quando se está a uma altura muito elevada, é lógico que a coluna de ar já não irá pesar tanto. Portanto vai exercer uma menor pressão ao seu redor.

As diferenças no ponto de ebulição da água bem exemplificam o fato. Nas altitudes, a água ferve a temperaturas menores que ao nível do mar, posto que a pressão atmosférica é menor (isto, em última analise, acarreta uma redução no tempo de cozimento dos alimentos).

O ponto de fusão da água é afetado da mesma forma pela redução da pressão atmosférica, quer dizer, o gelo pode virar água em temperaturas menores. Deste último fenômeno o exemplo clássico é o do regelo, onde um barbante amarrado com dois pesos, um em cada ponta, é colocado sobre um bloco de gelo. Após algum tempo vê-se que o barbante atravessou o gelo. Como? Simples: com o aumento da pressão, causado pelos dois pesos laterais, a temperatura de fusão nas partes pelas quais passava o fio foi reduzida e essas partes viraram água, permitindo o atravessamento do bloquinho gelado.

Inserida por HeltonBezerra

CALENDARIO CÓSMICO


Imagine que toda a história do universo pudesse ser comprimida em um único ano. Tudo. Desde a Grande Explosão que deu origem ao espaço e o próprio tempo (o chamado Big Bang), até o último instante, este que você vive enquanto percorre essas palavras.

Foi exatamente isto que o astrônomo Carl Sagan imaginou logo no primeiro capítulo de seu livro "Os dragões do Éden" (1977). Até hoje esta é uma das formas mais didáticas de expressar a cronologia do universo.


O ano é a principal unidade de medida de tempo utilizada pelos humanos. Estudamos os feitos históricos de nossa espécie nos referindo a eles. Comemoramos com euforia cada começo de um novo ano, felicitamos as pessoas pelos seus aniversários.

Toda a história registrada, contudo, precisa de unidades maiores, como a década, o século e o milênio. Porém, mesmo os milênios os quais possuímos registros históricos são precedidos por períodos de tempos excepcionalmente maiores, sobre os quais pouco sabemos.

Milhões de anos se passaram na Terra antes da espécie humana aparecer. Bilhões de anos desde o primeiro raio de Sol; desde que a primeira estrela do universo começou a brilhar. Assim mesmo somos capazes de localizar no tempo alguns acontecimentos desse passado remoto.

A datação radioativa e a análise de camadas estratificadas das rochas permitem obter dados sobre a vida, as alterações geológicas e até mesmo mudanças climáticas do passado. A astrofísica fornece diversas informações confiáveis a respeito dos estágios evolutivos das estrelas, suas idades, a formação da galáxia e, inclusive, uma boa estimativa do tempo transcorrido desde o Big Bang, o evento mais remoto do qual temos algum registro.
Do Big Bang ao último segundo

No calendário cósmico, o big bang acontece precisamente à zero hora do dia primeiro de janeiro, e cada bilhão de anos no universo corresponde a cerca de 24 dias. Um único segundo representa quase quinhentas voltas em torno do sol.

Neste calendário estão assinalados os principais eventos atualmente disponíveis da história do cosmos, como a época da formação da nossa galáxia, do Sistema Solar, do surgimento dos primeiros organismos vivos na Terra e o despertar do ser humano.

É claro que existem imperfeições. Pode-se descobrir, por exemplo, que as plantas colonizaram a Terra antes do que os cientistas calcularam (e portanto num dia diferente do nosso calendário).

Além disso, devido à extrema compressão do tempo a que nos submetemos nessa escala, todos os eventos de nossa história escrita ficam comprimidos literalmente nos últimos instantes do dia 31 de dezembro e é quase impossível registrá-los integralmente.

Mas isso não importa. O Calendário Cósmico nos lembra que além de muito pequenos perante o universo, ocupamos também um instante de tempo insignificante em sua existência. Acima de tudo, que o nosso destino – e o de toda a vida na Terra – dependerá a partir de agora da sensibilidade humana e de nosso valioso conhecimento científico.

Inserida por HeltonBezerra

A Dúvida

E o velhinho perguntou:
De onde vens oh lágrima?
Vim de teu coração.
Por que não podia mais me esconder dentro de ti.

Lembro-me que um dia
Parti contente de dentro de ti
E rolei depressa sobre tua face
Foi por que tu estavas alegre...

Inserida por HeltonBezerra

AMOR & ESPERANÇA

Ao passar pela frente de um hospital uma menina chamada Esperança, cuja idade era infinita, viu um senhor caído no chão e percebeu uma espécie de ferida em seu peito, voltado levemente para o lado esquerdo, que o senhor tentava ocultar colocando a mão sobre o local, mas ainda assim percebia-se o sangramento. Então a menina, sem saber que se tratava de Oviv Roma, um cidadão local notório por saber explicar de tudo que lhe era perguntado. Da ciência à religião; do outono ao inverno; do próximo ao distante; dos planetas aos sóis.

Esperança logo ia correndo atrás de um médico no interior do hospital quando o senhor ainda achou forças para impedi-la pelos braços, dizendo: “Não preciso de um médico, acabei de sair de um e estou muito bem. Preciso sim de um favor, algo que me agrade nesse momento... Algo que eu sinta prazer em fazer...”. Nesse momento, um andarilho que passava ouviu o comentário e retrucou: “Ora doutor, não há melhor que uma boa pergunta não é mesmo?”. Oviv Roma concordou com a cabeça, soltando um brando sorriso pelos cantos da boca, e o andarilho seguiu adiante. A menina então disse ter sim uma pergunta que ainda não havia sido respondida satisfatoriamente desde que se lembrava como viva. E fez o questionamento: “Tudo bem, se o senhor diz precisar apenas disso... Então eu gostaria que me explicasse o que é o amor”. O homem tomou fôlego por certo tempo, como que se preparando para uma espécie de último depoimento sobre algo e para alguém. Antes de começar a falar retirou do bolso um pequeno urso em forma de coração e de cor lilás, dizendo: “Segure isto, pois vai lhe ajudar a entender de vez o significado do termo amor. Enquanto eu falar, por favor, não interrompa com outras perguntas ou comentários, apenas confie em mim e tenha fé...”. E começou, pois, a reflexão:
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“Avistá-la numa janela e seguir com aquela imagem pelo resto da vida;
Sentir o coração pular e a mão tremer ao som de sua voz a ponto de correr do quarto ao corredor e se esconder atrás do vidro só para ouvir, e sentir, mais de perto;
Ouvir o portão abrir a 50 metros de distância e saber quem o abre;
Ler 2002 livros sobre o assunto “Como conquistar alguém” para não errar na hora de pedir “Poderia colocar um pouco de Pepsi para mim também?”;
Fingir dores na perna engessada somente para sentir o prazer do toque dela em sua pele;
Alugar 3 filmes românticos por dia para passar o tempo imaginando o seu possível futuro;
Ir com toda a calma possível na conquista dessa pessoa para evitar assustá-la, tanta calma que até tira a calma dela mesma;
Contar com um apoio fundamental no momento em que você sofre uma grande derrota: não passar naquela prova para a qual estava estudando há 3 anos;
Receber dela o presente que, num relance, eu comentei ser algo que gostaria muito de comprar;
Viajar e dormir com ela pela primeira vez: a melhor sensação que um jovem poderia ter;
Voltar de viagem, brigar, discutir, mas sempre voltar a se amar;
Sempre ter vontade de parar o que se está fazendo na hora para ir vê-la;
Passar por mortes e ter essa pessoa ao seu lado, conformando e acomodando a dor e o remorso;
Entrar para a faculdade que tanto sonhou e causar orgulho na mulher que ama;
Ser motivo de euforia até mesmo para a própria família dela – e quem dizia que sogras não eram boas...
Passar longos meses, longas viagens, longas histórias com ela;
Foi um prazer impagável;

Mas com o tempo vem o fim.
Acabam-se as férias e os atos, mas ficam as lembranças!
E aqui sempre ficarão recordações daquilo que brilhou, me iluminou e ainda sobrevive.
Daquilo que é vívido permanentemente.
Que é como a brisa: suave, mas dá pra sentir.
Daquilo que ultrapassa o limite material.
Daquilo que é transcendental...
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Nesse ponto Oviv Roma começou a tossir como se agüentasse mais sugar fôlego para poder falar. Foi perdendo mais o fôlego e logo em seguida parou de falar deixando cair a mão com que tapava seu peito para esconder um cicatriz que sangrava. Esperança correu dentro do hospital, voltando com um médico, que ao avistar Oviv Roma caído e, nesse momento, já falecido no chão, exclamou:
“- Meu Deus! Esse é o homem que saiu do quarto de recuperação sem minha autorização”.
“- Sala de recuperação?” – retrucou Esperança.
“- Sim. Ele acabou de doar seu pulmão esquerdo para uma paciente que estava em coma após um acidente”.
Pensando por algum tempo, Esperança disse ao doutor:
“- Ele fez um grande discurso para mim, mas antes de começar deixou esse coração de pelúcia lilás”.
“- Ué! Isso é da paciente que recebeu o órgão!” – comentou o médico.

Então Esperança entregou o objeto e pediu para o doutor devolver à paciente. E saiu dali com sua resposta à pergunta inicial: o que é o amor?

(Helton Bezerra – 24/04/09)

Inserida por HeltonBezerra

CARA E COROA

Parte I (A Queda)
Às vezes o amor soa como intrépido calor por dentro do coração. São nesses momentos em que tu paras e reflete sobre o que houve. Somente aqui tu vês o que fez e o que deixou de fazer. São momentos nos quais a razão vem à tona, apesar de nunca ter estado nela, apesar de nunca ter reparado que poderia reparar antes o que agora tenta remendar. Por diversas circunstâncias, paramos em nossas vidas e analisamos o que está acontecendo. Daí percebe-se que não temos nada além do pouco que nos tornamos em tantos anos de luta; e daí também sobressai a angústia e a sensação de derrota. É agora que tu encontras o tenro limite entre a razão, que vai dizer no amanhã quem tu realmente és, e a emoção, que descobre agora tuas lágrimas de desespero. É nesse momento que vês irem embora o valor de teu trabalho pueril e o amor que cultivaste nos últimos anos: o amado e o “fidelity”...

Parte II (A Ascensão)
Mas tu lembras, em meio a tantos ardis do destino, que já escreveu “O Herói” e “O Retornar do Herói”... Inclusive foi discípulo do Mestre do Clube do Tempo! E ganhou medalhas no ano que passou, e fez amigos, e fez conhecimento, e fez da vela a luz, e recebeu elogios de quem deveria fazer o marketing que você fez! Você fez! Você faz!
Portanto, o que lhe falta? “Nada” é a melhor resposta. Tudo tu tens. Está ao teu lado. Estica as mãos e terás. E é isso que farás! Levantarás e caminharás. Escrita, leitura e copos de descanso: é disso que precisa, pois o resto já tens.

(Helton Bezerra – 08/11/08)

.:para você, Amigo:.

Inserida por HeltonBezerra

A LENDA DO DRAGÃO DE NAGASAKI

Henzo soube da disputa pelo coração da jovem princesa.
Foram anos de treino para tentar se tornar o guerreiro mais forte.
Não encontrando o caminho para tanto entrou em desespero.
Buscava em todos os códigos existentes
A disciplina necessária para alcançar seu almejado.
Mas lhe parecia que as páginas faltavam...
Ou que eram arrancadas pelas sombrias almas
De guerreiros mortos e amaldiçoados.
Dando-se conta de sua incipiente técnica
E da inevitável derrota buscou o auxílio do dragão de três cabeças
Que vigiava as portas de Hades.
Fez com este um pacto de alma penhorando sua vida
Em troca de força e coragem.
Suportado pelas promessas do pacto
Venceu a batalha e conquistou o direito
De ter o coração da jovem princesa.
Em pouco tempo o então príncipe Henzo e jovem princesa
Estavam perdidamente apaixonados um pelo outro.
A felicidade irradiava do jovem casal de futuros reis.
E veio o reino... Anos de reinado...
Até que a dívida veio ser cobrada pelo dragão,
Que exigia a vida da rainha.
O rei Henzo empunhou a espada,
Encravou em seu próprio coração,
O retirou e o exibiu ao dragão:
“_ Tome: esta é minha oferta; leve meu coração, mas deixe minha vida.”
Após isso exauriu o último suspiro de ar
Mas continuou vivo...

“Não deve haver diferença entre sua vida e aquilo que realmente ama”
(Helton Bezerra)

Inserida por HeltonBezerra

O MEDO

Nunca havia entendido como se pode ter medo do que não se conhece.
Nem mesmo do que já se conhece...
Sejam praias com coqueiros lilases,
Sejam sombras que seus membros fazem no chão.

Era como estar nos braços de um anjo.
Escorregando de um arco-íris em que no fim não fazia diferença o senso de loucura.

Mas hoje vejo que o medo estava escondido.
Ele ficava escondido sob a superfície de tudo o que se ama.
Esperava a tela da confiança cair para surgir e atormentar a coragem, reavivando o senso de loucura antes não percebido no fim do arco-íris.

Agora conheço o medo.
Sei onde ele está.
Sei que me espera e que me chama.
Hoje o vejo transpassando a tênue fronteira
Entre certo e errado...
Entre a frágil linha que separa pavor e coragem...
Entre o continuum do Espaço-Tempo.

Entre a certeza de ter mesmo em parte e a dúvida de perder pelo menos a metade.