Heloisa Fernandes Martins

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Transbordei poesia, quando encheste-me de amor.

Não havia estrelas no céu,
nem lua.
Gotas caiam do alto.
Escorriam na minha face.
Chorei com o céu e ele comigo.

AS URGÊNCIAS

Estão impregnadas na minha pele.
Talvez eu não consiga sequer enumerá-las.
Sei dizer que tenho urgência daquele sorriso dar.
De quem abraça forte, pedindo pra morar.
Do beijo que pede pra ficar, quem sabe poder eternizar...
Da esperança que tantas vezes esqueço de buscar.

Tenho urgência de viver...
De muitos lugares conhecer.
De mandar embora essa saudade que insiste em permanecer.
De jogar pro alto a realidade que tanto faz-me sofrer.
Da chuva que lava minhas lágrimas no anoitecer.

Tenho urgência de quebrar o espelho do tempo...
Sufocar num beco meu lamento.
Multiplicar sentimento.
Ser menina de novo só um momento.

Tenho urgência...
De parar numa esquina qualquer e dançar.
De correr na areia da praia e o mar apreciar.
De ser amada, e pra sempre também amar.

Canto a canção que só ouve o coração.
Ilumino com teu sorriso minha emoção.

Planto sementes de paz no jardim do nosso dia.
Faço rima com a tua fantasia.

Visto-me de borboleta e voo no céu com nuvens de algodão.
Transformo o mundo num reino de paixão.

Adorno tua cabeça com coroa de rei,
No salão das ilusões onde contigo dancei.

Volto na carruagem que cheguei,
Meia noite, no sonho real, te amei.

A poesia preenche o dia.
Sinto o vento nos cabelos soltos.
Vejo a esperança que nasce com sol.
Lembrança do sonho que faz a caminhada leve.
A escrita que transporta a outros mundos.
Que trás consigo o perfume das emoções.
Que como um rio percorre lugares.
Visita almas que se reconhecem.
Abraçam corações que batem na mesma sintonia.
Está no vento, nas nuvens,
Nas linhas nem escritas mas completamente decifradas.
Nos olhos que se encontram sem se verem.
Nos abraços sentidos mas não dados.
No arrepio da pele sem toque.
A poesia está na vida,
Às vezes nem vivida,
Mas nos versos de amor, tão sentida.