Helmanok Magnus

Encontrados 8 pensamentos de Helmanok Magnus

⁠Meu fantasma

Uma alma e um sorriso rasgado,
Um amor guardado à minha volta.
Ainda te vejo correndo no corredor
sobre o soalho frio e vazio.
O pano vermelho que me trouxe a morte
Cortou o teu sorriso num piscar de olhos;
Perdi-te de vista e foste embora!

Oh minha rainha!
Entre o sorriso e as últimas lágrimas,
Guardei as tuas lembranças.
Eu vi o teu princípio e o teu fim;
Bala sobre o peito e fluxo de sangue.
O teu corpo dormia sobre os meus braços;
Um abraço forte anuciava o teu fim!

Num frase muda, senti tua respiração
Teu perfume pairava sobre o ar!
O teu coração anuciava a tua partida
E no fim do verso me vi de joelhos
Numa oração infinita sem fé.
Eu vi o que sobrava:
Uma despedida fria
Congelando o meu coração
Num infinito rio de lágrimas salgadas.

Cobres-me os pés nos dias frios,
Abraço-te entre lençóis vazios,
Beijo-te na brisa do mar,
Abraço-te sobre as águas tranquilas
E vejo-te no pôr do sol!
Dás-me infinitos beijos
Te desejo oh meu fantasma!
Não deixe de visitar-me, oh minha alma caída!

Inserida por HelmanokMagnus

⁠Metamorfose

Não há fronteiras para o medo!
Menino jogado ao vento
Sonhava sonhos sozinho no Inverno.
Sobre um abrigo medonho
Manter-se na vertical no mundo
Era como se manter vivo.
Na madrugada, o frio
Invade os pés descobertos.
Das minhas feridas fui curandeiro;
Provado no calor do fogo
Forjado sobre o ferro
Sofri como um soldado,
corpo feito escombros, abandonado.
O lamento de ter sido lento
perdido tempo, ganhei exemplos.
Cicatrizes marcadas no meu templo,
Memórias de um tempo violento.

Rezo à minha rezadeira no escuro
Longe de todo o mundo.
Aprendi a ser um guerreiro
Por isso, não me desespero.
Ainda não perdi o meu talento
Eu escrevo verso-a-verso
A história do menino medonho
Que perdeu alguns talentos,
Ofereceu-me a caneta e um papel A4
E disse: sou o que tu vês e não conheces.

Inserida por HelmanokMagnus

Pa-la-vras

⁠A alegria das palavras
É como desmanchar o preto
Sobre o papel branco
Para contar uma história
Com um final feliz é alegre.

A alegria das palavras
Se perde num conto mudo
No rasgar de um sorriso triste
Se as palavras têm vida?
Sim! Elas vivem em nosso ser
Caem na frequência e na magia
De sua imaginação para fixar e guardar
Lembranças de um tempo vivido.

As palavras têm o poder de invocar
O passado, descrever o presente e prever o futuro
Em grandes ou pequenos textos escritos
O importante é fazer sentido
Pois de que adianta um monte de palavras
Gravadas no papel sem norte nem sul?

⁠Nem sempre é momento de travar!
Você pode estar no momento exato
Para pisar no acelerador
E avançar para o outro ponto,
Mas se você fica travando a todo instante,
Você fica obcecado pelas paragens que as travagens te proporcionam.
Abre a mente para reconhecer
As diversas fases do jogo de xadrez
Que a vida é e nos proporciona.
E se for mesmo a hora de dar um cheque-mate
Não hesite, faça-o com agilidade e destreza!

Inserida por HelmanokMagnus

⁠Minha Garota

Minha casa ainda não se mudou para a sua, nossa vidinha ainda é aqui no meu espaço, porém, meu coração, de tão apressado que é, já se mudou para sua casa, assim, não consigo ficar um minuto sem pensar em ti. Estou escrevendo o seu nome em todo lugar, mas o que eu quero mesmo é escrever nossa história em nossos corpos!

⁠Fugazes

O passeio das avenidas perdidas desfilampequenos larápios assassinosde sonhos alheios, meia vida se perde nas avenidas. À noite, encostam seus sonhos nas ruínas da cidade e, outra meia vida, eles passam sobre os colchões do mundo.Hospedeiros de todos os colchões do calabouço, de cheiro de morto e uns minutos de banho de sol massageando a sua vida mórbida.

Inserida por HelmanokMagnus

⁠A vida é feita de escolhas
E eu sei bem como é difícil jogar Xadrez,
as vezes você precisa arriscar um peão
para salvaguardar a vida do Rei.

Inserida por HelmanokMagnus

⁠Anti-Amor

Nunca me apaixonei! Virgem é o meu coração!
Esgotado ficarás em buscar provas
Porque jamais foi registada paixão alguma
Meu coração só sabe abrigar versos e estrofes
Adormecidos de poesias de outrora
Cambaleio os meus dias esperando o meu fim
Minhas lágrimas lembram-me o quão salgada é a água do mar
E que por mais que salgado seja
O peixe que nele vivia ainda precisa ser salgado
Me falam do amor mas não consigo expressar
Talvez um dia o meu coração receba o amor!

Inserida por HelmanokMagnus