Heberth Ribeiro
Deixar
Preciso andar...
Correntes
Em meu coração
Toda essa confusão
Preciso consertar
Acalmar minha consciência
Necessito de um sacrificio
Deixar você
Torna-te você
Parte de mim
Que privei no passado
Trilhar sem você
Sem o meu sol
Irei caminhar
Irei me encontrar...
Espero que você não pare
De dar a tua luz
Tão bela e radiante
Para outros seres
Continue a brilhar
Meu sol.
Anseio
Tenho ficado inquieto
Vivenciando dúvidas
Minhas respectivas dúvidas
Medo, frustação
O que é real?
Tão, tão superficial
Me diga
Qual é o motivo
De minha existência?
Nada concreto
Talvez
Devo aproveitar
Cada momento sofrido
Cada mágoa
Cada coração partido
Talvez meu medo seja
Não causar a mudança
Que sempre sonhei para o mundo.
Prática
Viciado
Obsessivo
Cheio de arrependimentos
Vivência deprimente
A mente
Sente
Meu mundo?
Deplorável
Pessoas controladas
Por razões
Por emoções
Por amores
Falsos amores
Por dores
Dores no peito
Como melhorar?
Mirada uma saída
Não é uma saída
Suícidio
Suícidio comprido
Suícidio de essência
Ofuscando seu brilho
Precisa-se de ajuda
Se comunicar?
Irão me julgar
Vão me deixar... Fracassado
Condenado a ter um fim
Um fim solitário, vázio
Farto e desiludido.
Adaptação
Se acertar
Adequar
Alterar
Se acostumar
Tudo é fruto
Fruto de vigor
A vida tem uma idade
Uma idade transitória
Sentimentos, vontades, desejos
Múltiplas escolhas
Sem glórias
Mas, em que parte esta a vitalidade?
Onde esteve tudo além de pensamentos e desejos?
Papel, papel
Nada sai dos pensamentos
Correntes na mente
Te prende
Te extrai
A fuga?
Excêntrica.
Privado
Uma sensação
Um vázio
Repleto de dor
Encontra-se um universo
Dentro de mim
Me concedeu fraqueza
Como o teu universo
A cada nascer do sol
Ele está maior
No meu universo
Não existe estrelas
Não existe luz
Apenas tormento.
Positivo quanto ao nascer
De uma luz cintilante.
Partida
O palhaço da vida
Fracassos, dores e vícios
Quanto tempo ele vai sofrer?
Em quanto tempo ele vai morrer?
Dançando sozinho
De noite ele chora
Clamando a morte
Para levar, para levar e me levar
E ao fim nunca chegará
Quando isso vai acabar?
Não vistado o ápice do sofrimento
Poucos anos para ter um fim
''Você tem uma vida inteira pela frente"
Nem sequer mais um dia ele deseja
Cansado, fraco e com medo
Ele decide encerrar o show
Decisão exclusiva
As luzes se apagando
O som abaixando
As cortinas fechando
O palhaço deixa o palco
Adeus.