Harlley G.
Como tudo na vida é de momento, estou sentindo esse momento na pele, não sei como estou, sinto a ponto dos meus dedos dormentes, sinto um nervosismo seguido de uma calma imensa, um alivio que me toma por completo seguido de uma dor localizada não na cabeça mais onde a pobre e ingênua garota guarda seus sentimentos confusos e sem noção, não tenho direito ou deveres, sinto como se estivesse prezo a uma corrente que posso ir aonde desejar, fazer o que gosto, mais sem olhar a corrente que esta presa em mim, pois essa corrente tem poderes que não se comparam a de uma corrente normal, ela tem o poder de tocar onde ninguém toca, onde ninguém ver, toca com suavidade na sua mente, mais com uma velocidade que impressiona, posso tirar essa corrente de mim quando quiser e como quiser só não posso tirar o que já foi guardado seu toque.
Transcrevendo ao papel minha insensatez, minha insegurança com uma doze de esperança,
Admirando apenas a noite o ponto fixado nas conversas do passado,
Mais como posso demonstrar, mostrar, amar se o que me foi dado pra mim fascinar, sempre se esconde por 12:00 horas,
Tempo esse que passa divagar, mais quando ele resolve aparecer voltar ao seu lugar,
Fico a admirar a leveza com que se move, e com suavidade fico a olhar.
O vazio é algo muito grande, tão grande que não conseguimos controlar, não conseguimos nos achar, agir, raciocina, às vezes até pensar,
Vivendo como estou, vou perdido nesse imenso vazio, tentando achar uma direção talvez um novo caminho,
Possa ser que eu não esteja sozinho, sei que há outras pessoas nesse inútil lugarzinho,
Todas com as mesmas perguntas sem respostas, com os mesmos desejos sem noção, com as mesmas sensações sem ações,
Vou indo neste infinito tão vazio procurando um abrigo sem frio,
Tentando esquecer pensando,
Buscando primeiramente sentir o viver, antes de mais uma vez me perder.
No inicio confundi com diversas coisas as sensações que sinto, tinha pra mim que nada do que se passou um dia poderia se repetir novamente, sinto-me como uma grande barreira que uma pequena formiga vai desbravando, muitas das vezes convidada diversas vezes não, convidada ou não ela vai indo, como nenhuma outra foi ate agora, acho que esse caminho que ela segue não é um dos melhores pra seguir, mais eu já falei a essa formiguinha teimosa que pouquíssimas foram as formigas que foram por essa trilha e que nenhuma conseguiu completa-lá, que a grande maioria procura a trilha de cima não essa que a formiguinha esta indo, mesmo assim ela vai, tenho que reconhecer e admirar a coragem e destreza dessa formiga, isso faz com que muitas vezes eu me pergunte receiosamente onde será que essa formiguinha quer ir, ou o que ela pretende fazer com essa barreira !?. Barreira essa repleta de marcas deixadas pelo tempo, de pedras, empecilhos, problemas, desavenças, mas agora vejo que as sensações que sentia no inicio, elas são claras e objetivas, e a cada encontro e despedida ficam mais fortes.
Encantando-me com teu encanto, analisando todos os riscos e os memorizando, as vezes fico pensando nos instantes passados, passados como o tempo que não para, como uma brisa que vai sem destino nenhum, que não é tocada ou vista, mais quando parando, falo de quase desligando, fechando os olhos e se entregando, a brisa com sua simplicidade vai te mostrando como se olha o que não é visível, se toca o que é intocável, e com suavidade te ensina como ser amável.