Hannah Howell
Ele tinha certeza de que a amava, e isso o aterrorizava. Sentia vontade de se declarar, mas tinha medo de revelar essa fraqueza. Rezava para que ela não fosse uma espiã, depois desejava que ela confessasse a traição. Desejava que ela fosse embora e morria de medo de que ela partisse.
A paixão podia ser muito inconsequente. O sentimento a levava para uma situação que poderia acabar sendo muito complicada e problemática, ao mesmo tempo que fazia com ela não se importasse com nada.
Ela estava causando um caos na sua vida, na sua mente e em seu coração. Ele temia por isso, mas ao mesmo tempo não sabia o que fazer a respeito. Havia até mesmo uma parte sua que não queria parar, e esta parte ganhava forças diariamente.
A mente é cheia de contradições. Ela nem sempre nos leva na direção certa, nem sempre nos conta a verdade. E nós mesmos acabamos permitindo que ela nos iluda, não importa quão astutos sejamos. Tenho certeza de que você já pensou em várias coisas que não eram nem sábias nem seguras e, pior, já agiu de acordo com esses pensamentos.
Não vou definhar esperando que ele venha me buscar. Não se preocupe com isso. Posso não ter tido uma boa mãe, mas se tem uma coisa que ela me ensinou foi a sobreviver. Isso é algo que sei fazer muito bem (...). Posso demorar um pouco, mas vou tirar aquele homem da minha cabeça e do meu coração.
Eu a desejo, pensou ele, com uma mistura de espanto e divertimento. O divertimento foi por conta de desejar uma mulher tão pequena, impertinente e descabelada. O espanto, pela rapidez e ferocidade com que a desejava, pois nunca quisera uma mulher de forma tão repentina e tão intensa.