Han Kang

Encontrados 10 pensamentos de Han Kang

A vida é uma coisa tão estranha, ela pensou, depois de parar de rir. Mesmo depois de certas coisas acontecerem com elas, por mais terrível que seja a experiência, as pessoas continuam comendo e bebendo, indo ao banheiro e se lavando - vivendo, em outras palavras. E às vezes até riem alto.

Han Kang
A vegetariana (2007).
Inserida por pensador

A sensação de que ela nunca havia realmente vivido neste mundo a pegou de surpresa. Era um fato. Ela nunca tinha vivido. Mesmo quando criança, desde que conseguia se lembrar, ela não fez nada além de suportar. Ela acreditava em sua própria bondade inerente, em sua humanidade e viveu de acordo, nunca causando danos a ninguém. Sua devoção a fazer as coisas da maneira certa tinha sido inabalável, todos os seus sucessos dependiam disso, e ela teria continuado assim indefinidamente. Ela não entendia o porquê, mas, diante dos prédios em decomposição e da grama que se espalhava, ela não passava de uma criança que nunca havia vivido.

Han Kang
A vegetariana (2007).
Inserida por pensador

É verdade que os seres humanos são fundamentalmente cruéis? A experiência da crueldade é a única coisa que compartilhamos como espécie? Será que a dignidade à qual nos apegamos é apenas ilusão, escondendo de nós mesmos a verdade única: que cada um de nós é capaz de ser reduzido a um inseto, uma fera devoradora, um pedaço de carne? Ser degradado, massacrado - é este o essencial da humanidade, que a história confirmou como inevitável?

Han Kang
Atos humanos (2021).
Inserida por pensador

O tempo era uma onda quase cruel por ser tão implacável.

Han Kang
A vegetariana (2007).
Inserida por pensador

Algumas memórias nunca curam. Em vez de desaparecerem com o passar do tempo, essas memórias se tornam as únicas coisas que sobram quando tudo o mais é desgastado. O mundo escurece, como lâmpadas elétricas apagando uma a uma. Estou ciente de que não sou uma pessoa segura.

Han Kang
Atos humanos (2021).
Inserida por pensador

⁠Existem certas memórias que não são danificadas pelo tempo. O mesmo vale para a dor. Não é verdade que o tempo e a dor tingem e destroem todas as coisas.

Han Kang
O livro branco. São Paulo: Todavia, 2023.

⁠É uma boa mulher. Sempre foi. De tão boa, chegava a ser irritante.

Han Kang
A vegetariana. São Paulo: Todavia, 2018.
Inserida por pensador

⁠Seguimos em frente na beira do precipício invisível que se renova minuto a minuto. Ao fim desse tempo que vivemos, damos um pequeno passo e, sem interferência ou hesitação, pisamos no ar com o outro pé. Não porque somos especialmente corajosos, mas sim porque não há outra alternativa.

Han Kang
O livro branco. São Paulo: Todavia, 2023.
Inserida por pensador

⁠Existem momentos em que a passagem do tempo é percebida de forma aguçada, em especial quando se experimenta a dor física.

Han Kang
O livro branco. São Paulo: Todavia, 2023.
Inserida por pensador

⁠Voltar a amar a vida toda vez demandava um processo longo e complicado.

Han Kang
O livro branco. São Paulo: Todavia, 2023.