Hailton Correa Lima
O que morre nem sempre é o que se acaba; o que morre, na maioria das vezes, é o que se deixa submergir pelo esquecimento.
Depois de trinta e dois anos, cheguei à conclusão que meu ponto de equilíbrio é o desequilíbrio da escrita literária.
Espaço e tempo são determinantes na continuidade, ou não, das amizades. As que resistirem são de fato profundas, preecherão livros e livros de histórias. Enquanto as demais, essas não merecem nem mais uma linha neste pensamento.
"Árvore das palavras: a prosa sobe no pé para apanhá-las, enquanto a poesia atira pedras para derrubá-las".
Da escassez do que não foi, à abundância do que pode ser: tudo é um complexo de teimas e rezingas humanas, nomeado de sociedade.
"Quanto às "idas e vindas" dos movimentos literários e artísticos de modo geral: sim, o ser humano sempre teve a necessidade de acreditar em algo maior do que si para se agarrar, e não conseguiu nem nunca conseguirá viver sem isso."
Peso
Ela carrega o mundo,
Anda em círculos,
Não pára.
Carrega fogo,
Carrega água,
Carrega amor.
Ela luta ferida,
Sobe degraus,
Não sobe na vida.
Ela carrega o mundo,
Carrega-me,
Carrega-te.
Mãe...
"Há dias que parecem séculos, e outros, em sua maioria, que parecem segundos... Ele é um luxo ou um lixo, dependendo da necessidade."
"Há duas verdades a se dizer sobre a condição da existência humana: a primeira de esperança, que é saber dar seus pulos; e a outra de desespero, porque os pulos criam buracos e viram abismos."
Certeza do dia: deve-se lembrar agora, sempre prazerosamente, que se tem de esquecer as dores das incertezas do amanhã.
Quem entender de amor, não necessariamente entenderá de amar. Amor é teoria hermética, conceitual; enquanto amar é prática natural, instintiva.
"Sobre o que pensamos nas madrugadas? Dos ciscos às galaxias, tudo é relevante e igualmente necessário para chegarmos à conclusão nenhuma."
O que anda acontecendo com as massas? Nada, só mudaram de roupas. Ah, e o remédio para seus anseios passaram de "pão e circo" para "bolsa-família e carnaval".