H. Miguel Jr.
quando o sangue escorrer pela escada
eu estarei nos degraus
quando a arma disparar
eu estarei no gatilho
quando a pedra for lançada
eu estarei no punho
eu sou quem não se pode ser
eu sou o que você quer
eu te acompanho se vc quiser
mas não te abandono
se quando o azul não for mais celeste
quando o verde não é mais esperança
e o vermelho tão pouco é só amor
eu vou estar ao teu lado...
Para te conduzir, pra te levar
aonde você já esta, aonde já chegou
se quando o sangue não for apenas gloria
quando o vento, for poeira
quando o sol, não for embora
quando o suor for sangue
quando o amor, não for só o bem
quando o muro for destruído
quando for tarde demais...
eu estarei ai, com você.
Estranha alucinação vestida de infinitos momentos impares de total discordância , tão completa sensação de vazio, tão cheio de nada, tantas verdades descobertas em suas próprias mentiras, eu olho pra traz só para tentar escutar outra vez o sol nascer no meu jardim, mas eu não consigo…
vem aqui agora, e toma minha alma, me queime em seus braços me sufoque em seus sonhos, me faz querer, me tenta, não pergunte não há mais voz, a noite aos poucos se apaga e o sol vem com a luz tão mortal quanto aquelas verdades que não me dizem mais nada, ah! vem, pegue minha mão e me leve, me siga - eu não vou andar -eu não vou querer ter que esperar pelo tempo que passou, vem o trem já vai sair a vida já vai ir embora, não acorde não abra seus olhos eu não quero deixar teus sonhos... vc não ve ? eu não posso mais, estou trancado, estou perdido, sozinho, estou parado, ancioso e com medo confuso e intrigado, olha são meus passos ecoando no vazio ralo de seus olhos sem vida, deixa o brilho morrer e acaba por matar a flor torta que nunca vai nascer....
nos somos uma infinidade de momentos sem brilho que se perdem pelo vento que se perdem na vida gasta de tanto tentar ser o que não é, somos apenas um sopro de mentiras esquecidas dentro de nós, somos apenas um rastro de tristezas escritas em sonhos desfeitos, das vozes metálicas aos sorrisos de zinco as vidas de vidro que se quebram fáceis, do céu feito de silício eu me vejo cinza e sem vida...
do eco seco e sem vida que espalha a dor , as vozes tremulas dizem adeus e no seu triste fim eu me deito e durmo entre meus pesadelos, e as coisas escritas sem fim, se dizem ter um começo, sem escolha não temos como andar não temos como esquecer...
estranho sereno caminhando entre os espinhos
estranha manhã retocada de pesadelos
estranha vida que sempre me pergunta o que eu quero
estranhos braços conhecidos que me acolhem
estranhos olhos que me trazem perdão
estranhos pecados que não cometi
estradas inteiras construídas
sem escapada estranhos não me deixam partir
estranha forma de amar que machuca sem acariciar
estranho sonho que n se deixa realizar
estranha conhecida,
estranho amor
estradas inteiras que sempre segui
como um estranho em minha própria vida
eu me perco sempre tentando correr atrás
de alguém q não saiba me julgar
estranha forma singular
estranhos impares que sempre são iguais
lagrimas escondidas as vezes engolidas
estranhas fabulas erguidas sobre mentiras
estranho medo que me afasta
estranho medo que nos destrói
e a estrada pro paraíso,
estranho caminho....
sem saída, sem volta sem querer
a gente viveu sem saber que na verdade
simplesmente deixamos acontecer
acontecemos... estranhas mentiras
as quais sempre caminhamos
acreditamos e lutamos
estranha guerra sem vencedores
sem soldados...
estranha morte sem corpo
estranho corpo sem vida
estranha esperança ruída
estradas estranhas
mentiras vencidas
ilusões contidas
estranha forma de amar
deixar morrer pra depois curar
deixar queimar pra depois cuidar
deixar partir apenas pra rezar
estranho crime sem pecado
estranho pecado sem fé
estranho amor sem estrada pra seguir
estranho sentimento que não se deixa fugir
estranho amor que não sei mais fingir
estranhos olhos q não me deixam menir
estranhos cortes que não querem sangrar
estranha vida que não me deixa viver
estrada sem fim que não quero caminhar
estranho sonho q não deixo de acreditar...