Gustavo Candido
Tenho medo, medo de aranha, de agulha. Mas, como o de perder você, é insuportável. É claro que confio em ti, só não confio nos outros.
De que adianta, Se um dia vai acabar? Por um tempo, para que? Para ser feliz? A unica felicidade que me importa é a sua. E para que todo esse desejo de ter você? Não sei.
O amor não é medido pelo tempo sobrevivído, e sim por sua capacidade de sobreviver até o ultimo momento da vida; Sua infinidade temporal.
Estudioso é quem estuda; ser inteligente não significa estudar, mais sim adquirir conhecimento por si mesmo.
A paz de alguns é chamada de violência por outros. Do mesmo jeito que a justiça de um, pode não ser a justiça de outros; Por isso existe a lei.
Eu só quero te protejer, te fazer feliz, te amar. Não importa que espécie de dor eu tenha que suportar.
E a quem devemos ser, de tudo que já foi?
Somos alguém. Somos ninguém. Uma raça superiormente distinta dos valores dados: do eu, do seu, do nosso breu; da criatura que vive e chora, cheira e namora. Somos todos nós, mas de nós um pouco de nenhum.
Quiçá, de alguma forma,
coração à parte,
feito um mártir,
caia em mim.
E enquanto eu sonegava,
esperava,
recuava,
flor caía em meu jardim.
E que o caso da perigosa estrada que intermedia teu corpo e interditava meus lábios, nostalgicamente não recrudesça.
Talvez a melhor maneira
de esquecer uma dor
seja transcrevendo-a,
vendo-a
sendo-a cor, mirando o amor
virar folha, vide flor
que o colibri sinta o odor,
mas não sentindo-a
e que o caso das amêndoas
que seu corpo cheirava,
pairava
não saia do papel,
sim, erra-me o céu,
mas ,em questão, adorava.