Gustavo Calado
Somos movidos por dois sentimentos na vida, o amor, e a saudade, o amor é resultado de algo que cativamos sem tomar cuidados com as consequências, a saudade é resultado simplesmente do amor. Nunca ninguém deve se culpar por amar alguém, amar faz bem tanto a quem ama, quanto a quem é amado. Jamais o amor é visto sem saudade, e não existiria saudade se não amássemos, somos uma fonte constante de amor, eliminamos ele, e nos abastecemos, ele nos guia, nos move, nos levanta! Mais é o amor tbm causador de sonhos irreais, vontades que não se concretizam e amizades que não se tornam amor... isso acontece... Nunca se culpe por fazer alguém amar vc, o coração de ninguém é culpado por isso, nunca iremos aprender a domar nosso coração, quando menos esperamos ele murcha ou enche... e cada vez mais vc vai amar, independente de alguém lhe amar ou não, se pudéssemos controlar o amor, ele se apaixonaria por nós mesmos!
Fujo nas palavras para me encontrar. Calmo, sereno, tranquilo, assim como o mar que se refaz em ondas, vou e venho, e sigo. Nunca parar, é a solução, assim como o relógio que não se perde nas horas, tudo gira, tudo modifica. Saber controlar as atitudes e sincronizá-las, assim como as andorinhas quando voam juntas, seguindo em frente. O mais tolo é o que não sabe ouvir, preste atenção, a orquestra da sua vida sempre toca, e você é o maestro.
Ter muitos amigos e não ter nenhum, eis o dom de quem não sabe cultivar. Quando não se poda a árvore do seu jardim de amizades, elas secam, murcham e morrem. Quando não se rega seu jardim, não espere flores dele. Quando não se crescem árvores, não espere frutos. por isso, cuide do seu jardim, regue suas amizades, cultive as que você achar necessárias, arranque e ponha fora as ervas daninhas, as flores mais belas são seus amigos de verdade, o sol e a chuva cuidam deles, mesmo que por algum momento você os esqueça, por descuido, por desatenção, o vento leva sempre aquela flor que nasceu e não valeu a pena ser cultivada... Deixa que o vento leva... Mas cuide bem do seu jardim, que as borboletas, ah! as borboletas, elas aparecem apenas para realçar a beleza do seu jardim, elas deviam se chamar "amor"...
Eu só queria um abraço, desses que enforcam a saudade, dos que pintam em seu rosto, a imagem da felicidade...
Eu só queria um abraço, que não tivesse fim, pra deixar de lado a solidão que teimava em ficar em mim...
Eu só queria um abraço e com ele um grande beijo, que espantasse todo frio e aguçasse meu desejo...
Eu só queria um abraço, que enrolasse todo em mim, pra mostrar que esse amor, não tem começo nem fim...
Nos passos da reconstrução somos pedras que se encaixam, que não quebram e que se moldam. nos passos da renovação, somos mudanças de condutas, agora somos o que só escuta. Nos altos que nos vemos, temos asas que não quebram e vimos algo que não se enxerga, um branco na escuridão. Um ponto que se distingue, um rio que vai ao mar, quando se quer mudar, somos o caminho que se quer trilhar, flecha pronta para acertar, o alvo certo ao qual mirar... deixe-se guiar pelo sol, e leve-se devagar como o vento... a mudança, é o tempo.
Tão distante tu sorrias, subindo... subindo...
No incansável horizonte. De cá te avistava, sozinho e tranquilo debruçado na janela a te apreciar...
Olhos astigmáticos, tu sorrias infinitamente e assim mesmo eu via.
De cantinho de olho, no ângulo da janela eu te respondia com os lábios envergonhados.
Subindo... subindo...
No incansável horizonte. Lá estava você lua minguante, carregando meus sentimentos soltos em pensamentos na madrugada.
Novos ciclos, fechando alguns, iniciando outros. A vida entra na roda do tempo, que não para, como se sempre novas boas surpresas estivessem soltas no vento esperando a hora de adentrar no espaço a elas prometido. Vão-se duas bobas amizades, chegam-se dez excelentes. Voltam-se amores, aparecem inesperadamente, entram na roda, saem novamente, nunca mereceram entrar. É um giro, amores, amigos, sorrisos, distrações, lágrimas, saudades, novos amores, novos amigos num perímetro da vida, em ciclos, em voltas... sem fim.
Crônica de um sonho acordado
Acordei com sonhos descordenados. Quieto, fingí que te ouvia. Mesmo na escuridão do quarto, teu rosto me aparecia. Lágrimas soltas rolavam, mas do queixo não caiam, nossos caminhos cruzados, de novo eu adormecia.
No sonho corria em silêncio, sua voz distante eu ouvia, clamando e pedindo socorro, pensando que te salvaria. De nada adiantaram os esforços, corrí pela escadaria, pulaste do último andar, sabias que não viveria.
Chorei na janela mais próxima, e pensei que me jogaria, foi quando ví um bilhete, que em letras lindas dizia: "Amor não te preocupes, não fique triste, sorria! Pois me deste toda ternura, que seu coração podia."
Foi quando abrí os meus olhos, já no amanhecer do dia, olhei para o lado da cama, onde você tão linda dormia, em prece longa e baixinha, a Deus eu agradecia, pois cheguei a plena certeza, que para sempre eu te amaria.