Gustavo Alexandre (Paper Man)
Andando assim, sem barulhar a mente
Observo os movimentos
E o mundo ao meu redor
Os carros, as pessoas, os pássaros
E até mesmo aquela brisa
Que vem de repente
Observo e sinto
Não quero ser o certo
Nem o dono da verdade
Só quero ser o sorriso
Que talvez salva seu dia
Que talvez traga alegria
Em um dia nublado
Para um coração doente
O importante é o que está dentro
O abraço apertado
O beijo roubado
Nada de excesso
E o que enche
Quero que transcende
Quero o que ascende
A gente nasce com propósito de aprender
Aprender engatinhar
Aprender andar
Aprender falar
A cair e levantar
Aprender não só com o bem
Mas o mau que está
No olhar e julgar
No orgulho e falar
Nas entrelinhas e as mentes do dia a dia
Na diversidade a divisão
Falta esticar a mão
O RESPEITO ao irmão
Viver da união
Sempre um aprendiz
Na moral da ciranda
Só me vejo com a lição
A moral sempre fica
Com os carentes
E que tem falta de atenção
Apenas diz:
Tens razão!
Quero aprender com você irmão!
Vovó sempre dizia:
Que esse mundo é uma escola
A gente observa e absorve
Se chateia, magoa e se revolta
Alguns professores a mesma estória
Só que sempre no final, tudo se desenrola
Se fazendo a lição, não a preocupação
Sai do ensino médio e tive a reflexão:
A vida nunca diz NÃO!
E sempre o aluno, no mundo dizendo:
Não consigo ou está bom
Não quero viver e dizer que desisti
Não quero cair e falar que não subi
É contra a lei da física, entende?!
Se o corpo cai ao menos a alma se eleva
Quero gritar aos mundos:
VOCÊ consegue!!
Sempre agradeça irmão
Não importa a situação
Sempre se tira uma lição
Se não chegou a hora
Não importa, só respira e diz:
Gratidão!
Me trata como opção
Como um objeto
Que se descarta
Quando não está bom
O gesto simples
O afeto do coração
Tudo isso está longe
Não tem nenhuma preocupação
De como vai o dia
Se amanheceu com alegria
Não importando o humor
Estou contigo por amor
Observa o calor no que tem valor
São os números que falam
Se a beleza, e o bolso cheio
Mais do mesmo jeito
Vamos falar do olhar
Dos braços que erguem para ajudar
Da chuva que vem para semear
Das palavras que vibram
E faz transformar
Quem enxuga lágrimas
Não tem tempo de chorar
É triste olhar para a tristeza
E não poder somar
Sabendo que se o problema e números
O país faz multiplicar
Número de filas,
Do dinheiro indo para a forquilha
Todo ano no PIB são bilhões
Se somados os desvios
Ah, ninguém fica de fora dessa vida de leilão
Acha que as pessoas são objeto para movimentação
Vícios e ego de poucos
E a faixada da ilusão
Tampando e usurpando
A falta de condição
Por trás de tudo isso
Existe só um nome
E se chama: Manipulação.
Elogios vazios
Ditos da boca pra fora
Fúteis e infundados
Não são presentes
A verdade cada vez
Mais se deforma
É feio enxergar
Que os números tomaram lugar
Da beleza de se apreciar
Preserves o que é de real
E não a ilusão visual
A que tu abra os olhos ao amanhecer,
No dia a dia a se envolver
Do ar que inspira ao ar que transpira
Vejo o sol nascer
Tão simples não?
E ao mesmo tempo muitos não vê
Presos no tempo pode lhe adoecer
A grande batalha é estar
Juntar todas as viagens
E deixar tudo pra lá
Vamos presenciar
As lembranças que lhe vem
As transforme para o que convêm
De que te faz parte ao o que importa
O futuro é agora
Joga a dor no buraco
Pega a visão e decola
Alimentar la vida
Compartilhando o que tens
Com bom senso
La vida é única
O meu presente
Poder de pensar
Poder de parar e respirar
Poder que transforma
Poder que acalma o falar
Poder de falar que evita o atrito
Poder que evita o inimigo
A pedra no caminho
O refletir filosofar
O pensamento que pode destruir
O pensamento que pode transformar
Depende do jeito de pensar
Depende do íntimo
Depende da calma
Depende do respirar
Depende do jeito de se aquietar
Aquietar o corpo
Aquietar a vibração
Preste atenção no corpo que fala
Preste atenção
Na situação
Não fique no tempo
Fique no momento
Fique na contemplação
No estado de absorver o que é bom
No estado que lhe traz a humildade
No ouvir o irmão
No ato de não ser o dono da razão
Veja e respire
Que o pensar
É o melhor estado
De se resolver uma situação
Seja no pensar
Seja no relevar
Não deixe de refletir
Não deixe de pensar
Pensar no refletir
Refletir sobre o pensar
Do caos a ordem
Do peito explode
Do mato cresce
Do broto nasce
Dos movimentos repentinos
Dos céus as terras
A história se revela
A história se repete
E revela o seu broto
Como um ciclo vicioso
Desde ontem
Desde de hoje
Desde sempre
Sempre será!
Como diz seu madruga:
''A vingança nunca é plena''
Te atrasa, seu problema
De cada tento
De cada ato
Do espaço explorado
Abra os livros
Arma-se com o som
Das harpas aladas
Faça o fluir
Jogando as tintas
O braço colorir
O cinza existe
Em repleto reflexo
Deste mundo abstrato
Da raiz do materializado
Da essência do que és
Só te sobra o amor
Faça-se o tambor
Faça-se dançar
Das tempestades aos trovões
Tudo vira diversão ou te deixa uma lição
Cultivando a expansão ou voltando a visão
Vivendo o improvável ou o teu mundo padrão
Existem coisas na vida
Que de repente vem
Que de repente aparece
E nem pede licença
O tempo nublado
Aquele vazio inesperado
A companhia que se foi
A que nem se damos conta
Aquela que te tira um pedaço
Aquela que se fica guardado
Aquela que se guarda na alma
E quando se lembra
É como sonhar acordado
Se vejo sozinho
E estou ao seu lado
A noite estrelada
A visão distante
A solitude é o melhor refúgio
A alma encontrou conforto
A tantas dúvidas
A tantos embaraços
O sono que não vem
A madrugada desbravo
As madrugadas viradas
As que adormeço
Largado no quarto
Ouvindo um som
Do jeito que estou
A única luz é a do monitor
Saio sozinho e estou na multidão
Saio sozinho e não me sinto incluso
Saio e não me sinto parte
Saio só pra ver se desembaça
Saio sozinho e no fundo o que desejo;
É o silêncio do meu quarto
As cordas do violão
Ecoando a solidão
O momento de contemplação
A memória de um dia bom
As lembranças do verão
Precisava do mínimo!
Mínimo de carinho
Mínimo de atenção
Mínimo de verdade
Mínimo de amor
Da luz da alma
Da sua calma
Da sua mão
Da União
União flutuando em conexão
Todos os extintos não são nada
Quando a paixão
De resto é tudo efêmero
Nada flui, só dilui ao decorrer
No silêncio vem o saber
Só basta observar e absorver
Na sua calma a paz na alma
Vai ascender, transcender
É a vida não basta amar
Tem que aprender e crescer
E um dia florescer
Semear e colher
Observando esse meu mundo ligeiro
Do dinheiro e do sem jeito
Do político e do banqueiro
Da polícia e o ladrão
Olha o chefe e o patrão!!
Já percebeu o quanto muitos vegetam em seu mundo padrão?
Valorizando a beleza
Do prazer a avareza
De tudo a incerteza
A qualquer momento pode não TER!
Suprir um desejo fugaz
Não te traz paz
O que se tem em matéria não ocupa
O vazio existencial
A alma se alimenta do abstrato,
E não de um desejo carnal
Humano mais animal,
São tantas indiferenças
Olha o "animal", nos ensinando a ter a inteligência emocional
Pessoal, irmandade está muito longe
Existe muito para mudar
E se tornarmos verdadeiros irmãos!
Com singelas atitudes
E um inusitado toque de amor
Transborde tudo com calor!
Nessa frieza do tal pobre ao barão
Não importa!
Todos usam a tal água e o sabão
E no final vão todos para o tal caixão
Não se vive o dia como se ele fosse único,
Ele é único na verdade!
E sempre existe o que agradecer
É tão bom, saudarmos o dia com gratidão
Por tudo que temos, e o que não também
Sempre existe o que aprender
De várias coisas uma lição
As vezes temos uma semente,
E em outras um botão
Hoje o sol entra pela janela
Dizendo-te: Estou aqui
Já estive por tantas vezes
Já estive e não vistes
Estava no oceano profundo das emoções
Em vícios invisíveis das ilusões
Disse-lhe: Quero-te
Entre em mi alma
E em mi corazon
Agradeço-lhe
Por sempre existir
E acompanhar-me
Ó luz
Ó força
Que habita em mim
Despertai
Limpai e iluminai
O invisível que existe ao redor
O meu interior ascende
O meu interior desperta
Desperta para o melhor
Desperta para o amor
Crise Existencial - Parte I
Vejo no canto, sempre escutando
Aquele olhar, absorver observando
Em devaneios vai tragando
Dilacerando o seu ser
Crises existenciais, cada faísca procura transcender
Relação banal, aquela feita apenas para saciar uma vontade carnal
Percebo a extravagância e a beleza dos flashes
Tudo normal, competir e guerrear
E esquece de se completar e transformar
Detalhes que observo
Meus olhos dispersos
Sufoco ao respirar
Quando encontro um vazio no olhar
Onde não há o amar
Se matar
Dilacerar
Me desolar
Se isolar!
Brigo com unhas e dentes
Rasgo o coração
Abro o meu peito
Se for preciso!
Pelo que acredito
Pelo que sinto
Pelo amor
Pela alma
Se tudo for míseras palavras
Me deixe por favor
Levo a vida a sério,
Não que sou sério
O prato que foi cheio
Não é sinônimo de fome zero
Já senti é já vi
Coisas que ecoam
Em um infinito sem fim
Ciclos atormentam se não permitir
Essa roda só irá fazer sucumbir
Existe um templo,
Que irá aparecer se lhe permitir
Em todos existem
Só basta sentir
És o templo da alma
A morada da calma
O refúgio de ti
Não basta fugir!
Apenas feche os olhos
Aquiete meu caro
Se sinta primeiro
E deixa fluir
Da luz e a sombra
Esconde a visão
Do próximo passo
Para sua expansão
Solitude não é o mau
Contra o que é bom
É só você mesmo
No mais sincero
Não a mistério
Só faz as pazes
Se for preciso desabafe
Põe pra fora!
Mas,jamais
Leve o que passou
Se permita renovar
Como uma flor
A natureza é um exemplo meu amor
Os animais
O seu corpo,
O seu corpo e
E o próprio tempo
Nada para, se renova
Em quanto ainda existe
Faça-se mover
Faça acontecer
Não se preocupe com o erro
Isso também passa
Depende de você
Quero apenas poder ser parte
Deu um sentimento que se reparte
E não entope
Me confronte
Me conforte
Me sufoque
Deixa eu provar da arte
Encontrar a parte
Despir-me a alma
Voar ao norte
Dançar com o vento
Viver o momento
Aprender com o tempo
Aprender vivendo
Andar feito um zumbi
Perder -se em si
Reféns do medo e da tecnologia
Afogados na vaidade e hipocrisia
Tudo se distancia
Me bate euforia
A vontade é gritar
Acordem!
Precisamos enxergar
Não é o mundo que vai acabar
É as pessoas que estão a degenerar
Satisfazem as artificiais vontades
E só realça uma falsa sensação de liberdade
O paraíso foi transformado em um inferno da noite para o dia
E num piscar de olhos a alegria passou a ser fantasia
Que a mente cria para fugir do mundo trivial
Onde a maior parte é virtual mental
Onde muitos se adoecem, por essa vida fútil e banal
Em tempos de velocidade, tecnologia, imediatismo e muita revolta
O ego transborda
Vira campo de guerra
E brigam por atenção
Senso de competição
Feito um inocente na prisão
Querem ser todos o dono da razão
E esquecem da união
Que ninguém tem posses,
E tudo está além de Ter
É muito mais, é Ser!
É ser aquele que não só ouve
Mas que sabe escutar
É ser aquele que não só observa
Mas que sabe apreciar
E que não só aprende
Mas que sabe ensinar
O valor que não é o saber
Mas o que faz acontecer
Acumular, não faz ascender
Vamos olhar para frente e aprender
O mundo atual é estranho
Onde se busca por poder
E a indiferença se promover
E a essência morrer
Quero vivenciar, errar e aprender!
De lembranças e sonhos
O mundo se embriaga
Contra o tempo pedem explicação
Desnorteados esquecem de pisar no chão