Guilherme Schulle ( guiga )
Somos um ser só, mundos distintos
Com almas acorrentas nos lados opostos de um labirinto
O meu caminho, não é o seu
Se alguém se encontra, é porque outro se perdeu
Nada a mais nem menos só queremos equilíbrio
Paz, aqui jaez pros eternos inimigos
Branco e preto agora também tem o colorido
Quanto mais eu rezo pra unificar
Mais o mundo fica dividido
Tô sem alívio sem convívio, sem amigo
Quando caio só apontam e ficam rindo
Mundo onde confiança é uma loteria premiada
Uns tem pouco, outros muito uns tem tudo outros nada
Cada um na sua mas todo mundo na de ninguém
Não dão a mão pro irmão
Mas levanta pro céu quando fala amem
Só por que convém, num mundo fictício
Um vício em um só livro pra citar os seus versículos
É ridículo, este místico que antecede as gerações
Afirmam verdades não tarde caem em contradições
Vários padrões, idiomas eu me deslumbro
Sou um filho da pátria mas eu amo esse mundo
Einstein que lutou pra encontrar a lei geral
Eu luto pra uma lei que fale que o ser humano é igual
Seja aqui ou na china, sem divisão geopolítica
Verdade universal, dar ao homem a essência da vida
Sem estar acorrentado a uma cultura singular
Ter o livre arbítrio pra escolher o próprio lar
Por isso eu sigo meu caminho eterno cosmopolita
Que pinta o quadro branco do tempo com as cores da vida
A vida é o jogo, o planeta é o tabuleiro
Cada um com sua estratégia escrevendo o próprio roteiro
Seja aqui ou no estrangeiro, sem exceção
É a corrida do sucesso e quem não quer ser campeão?
Cabeça não absorve nada de forma orgânica
Mas as rimas saem do campo da semântica
Enquanto a grana controla a molecada
Vou seguindo ovelhas negras
porque as brancas tão paradas
São olhares presos a detalhes, tão peculiares
trazem novos ares
diretrizes e matrizes
são como raízes que edificam pedaços de mim
caminhando por aqui
sem saber pra onde ir, mas eu vou o ou, eu vou
Vim pra essa terra com uma missão será que preparado?
Talvez só seja um louco que veio pra confundir sábios?
Exclusivo? poético lírico?
Corpo, alma e espirito? Dadaísta? Índigo? Místico?
Alforria de loucos lúcidos vem através da arte
Imortais, nem o tempo consegue dar cheque mate
Ingenuidade é pecado na terra do mata mata
Só tem consciência limpa os que tem memória fraca
Visão opaca, evidencia um futuro sombrio
Queria ter a esperança e sorrir
como quando eu era um menino
Mas o tempo são outros caro Caifás, tudo mudou
Sou resultado inesperado que esse universo gerou
Teu corpo é nave que me transporta pra outra realidade
Onde prazer é apenas mais um mero detalhe
Fico sempre doido por suas loucuras
Tradutora de sabores, mistura doce com travessuras
Estilosa e charmosa, elegante e gostosa
Mina que solta meus parafusos, é pedra preciosa
Esse brilho no olho, te filmo até o pescoço
E já me perco "facinho" nas linhas do teu corpo
Veste a alma com amor, pinta a vida com suas cores
O cheiro do teu cabelo é uma coleção de flores
Me faz relaxar
duas doses de vodka, na cama
só você e o barulho do mar
Então o mundo gira em câmera lenta
Sobre o meu corpo dança, entra na minha cabeça
De repente sinto que a alma flutua
Em uma seita que só a gente cultua
Ela vem, ela diz
A luz se apaga, fumaça se mistura com a neblina
Noite fria, mas nosso calor transforma o clima
Menina, me guia e não deixe que isso termine
Logo vem por cima a magia do amor que ela imprime
Na epiderme, trocas de fluído, injeção de alívio
Sem juízo as coisas que cantas no meu ouvido
Me sinto na porta do céu, dentro do paraíso
Gosto do mel na boca com a resposta em teu sorriso
Eu sou refém dos teus desejos
escravizado por teus beijos
Guardião das tuas vontades, amo até os teus defeitos
Minha eterna rainha, minha cama é o seu trono
De camiseta e calcinha é fácil de eu perder o sono
Por favor não pare, pode ficar até tarde
Prazer é sentir energia nos poros da tua carne
E quando o dia nasce não é o sol que admiro
E nem as estrela do céu somam teu brilho