Guilherme do Rosário Nascimento Santos
Ninguém esta sozinho em realidade, todos carregam consigo as pessoas que passaram por sua vida, independente das consequências dessa passagem, pois cada pessoa ajudou a formar uma parcela da nossa existência.
A lembrança é a prova que uma pessoa sozinha carrega muitas outras consigo, logo nunca estando sozinha.
A solidão não tem fonte física ou espiritual, mas um meio termo entre eles, ou seja, se origina na mente.
Nada é mais belo e doce que uma mentira bem feita, conforta os aflitos e une os inimigos. Assim como não a nada mais aspero e feio que a verdade, machuca corações e afasta os aliados. Disse o político.
Muitos fazem pouco caso de uma discussão, claramente não veem o que realmente está acontecendo, dois mundos, duas realidades, dois universos colidem buscando destruir para não ser destruído. É uma chacina sem proporções que ambos os lados conquistam ou são conquistados. O vencedor? Esse é aquele que com sabedoria absorve o que é útil, ignora o inútil e não prolonga a batalha, resolvendo com um simples "ok, você está certo".
É incrível a capacidade humana de atribuir poder de decisão a outrem. Como " próximo ano tudo vai mudar", " Novembro retrógrado" ou o famoso "Foi culpa dele". Nunca vendo que é o próprio indivíduo a força de mudança ou inércia.
Ser vítima tem um gosto amargo, ou era assim, ultimamente mais pessoas o vêem com certa doçura, não na tragédia claro, mas no tratamento que se recebe por ser vítima, um agridoce que desejam saborear.
Nossa voz para os outros muitas vezes é como um sonho que ao acordar, pode ser lembrado para sempre ou se acorda sem nem saber que teve um sonho.
O que falar do amor?
Para mim a palavra "amor" é restritiva demais, pois o que ela transmite é muito vasto para ser restringida a uma única palavra, porém vejo o charme nesse uso, o charme da simplicidade, não simples de mais, porém simples o suficiente para ser preciso sem exagero e mantendo seus mistérios, mistérios que se resolvem em meio ao tempo, mas não tempo largado ao vento, tempo vivendo, não se vive sem amar, apenas se sobrevive. Mas se tivesse que descrever o amor, usaria de cada momento ao lado de minha amada, cada ação minha para com ela, cada reação biológica ao pensar, ver ou tocar a ela, cada batida errada, cada olhar e claro minha amada Andressa.
Amar por muitas vezes é um contraditório, muito se deseja ser amado, mas amado da forma que se deseja. Se amar é demonstrado por cada qual a sua maneira e amar é aceitar a autenticidade do outro, mas sem negar a possibilidade de melhora ou concessões, a exigência de ser amar como se deseja se opõe ao amor em si.
Eu jurava saber o que precisava, até ver a necessidade de ter uma anãzinha tirando minha paz no meu dia a dia.
As pessoas 0 ou 80 sempre se vêem como amáveis, mas nunca percebem que sua postura é extremista demais e machuca mais que ama, invalida mais que respeita e controlam demais quem dizem tanto amar.
Outrora era sem sentido
jogado para o lado
Amar o quê?
Ou para quê?
Até que o amor me encontrou
me atacou com doçura e calor
cheia de pureza, me enfrentou
e cheio de astúcia, fui vencido
fui curado, fui amado
e amar ganhou sentido
deixei de ser sozinho
passei a ser seu e você ser minha
sem ser posse, apenas pertencimento
e a Andressa me fiz pertencer.
As vezes por amor é válido aceitar, passar pano ou perdoar condutas que nós machucam, porém permanecer nesse estado sem melhoria ou valorização do outro não é válido.
Muitos acreditam que o que é dito em ira são verdades guardadas, porém ninguém se recorda de que uma pessoa em raiva buscará ferir o outro, mesmo com mentiras disfarçadas de verdade.
A vida é um ciclo de lutar lutas pequenas para se preparar para lutas maiores e fazer lutas maiores.
Ninguém cansa de lutar, as pessoas não gostam do resultado, todos sabem que devem lutar, porém, se apegam ao resultado e é dele que se cansam, sejam pessoas que perdem demais e desistem de lutar por isso e aqueles que vencem demais e se cansam de vencer e param de lutar.
As vezes num relacionamento é preciso conhecer mais o outro que a si mesmo, porém ter mente aberta para se conhecer pela lente do outro
As vezes num relacionamento é preciso saber não deixar ir, mas fazer o outro feliz em ficar. Mas claro que apenas quando houver dúvida no outro.
O desejo é como o botulismo, vem sorrateiro, sem darmos conta perdemos o controle e o cérebro para de pensar.
Não há momento mais infeliz que perceber a monstruosidade de seus atos, mas também não a momento de maior iluminação ou aceitação.