Grazielle Soares
Não sou muito mais do que um corpo com uma ALMA reluzente e cheia de felicidade, dedicação, AMOR e inteligência... não sou muito menos do que um pedacinho de Deus-humano, que chora, sofre e ergue a cabeça novamente.
Ele Chegou sem pedir licença, assim como o mar invade as praias, amém eu disse por dizer, pois assim como a gente atura as pessoas porque é triste perde-las, "ganhar" não fica para trás. Uma pessoa nova em nossa vida, significa entender temperamentos, comparar possibilidades, ter medo de cometer os mesmos erros e acima de tudo, saber relevar alguns problemas, isso é ter paciência pra não se machucar.
Quando estava com meu docinho, sentia como se ele me fizesse voar, mesmo triste por desconfiar das suas leviandades eu estava feliz. E o meu erro foi esse acreditar que era ele quem me fazia voar. Só a partir do momento em que reconheci, que possuía as asas e a força da decolagem pude entender o valor, o meu valor! E também meu “desvalor”.
Sabe, sou tão egoísta que só sei dividir a dor com os outros. A felicidade eu prefiro engolir logo, beber rápido, tomar escondida pra não ter que oferecer e nem saberem que eu tenho. Como se fosse um mérito, uma disputa. Quem aqui é mais infeliz e problemática que eu? Era confortante, era segurança pura em ver, pessoas me dando as mãos, com peninha dos meus amores inventados dores latejantes, fraturas expostas aonde, só eu enxergava e reclamava há todo tempo.
Gostar de alguém nunca foi tão difícil pra mim e, agora, eu não tenho mais a desculpa do príncipe encantado me esperando. Eu que já não sou princesa florida há tanto tempo. Sou a plebéia de cabelos desgrenhados, vestida com maltrapilhos de hipocrisia. É a vida real, é a minha vida, apesar do linguajar não é um conto de fadas, poderia ate ser, mas eu que pedi tantas vezes a Deus pelo príncipe encantado montado a cavalo branco e de pura raça, com a crina lisinha e alinhada, acabou dando tudo errado. Deus até que me ouviu, mas não direito, talvez ele tenha entendido errado e me mandou um cavalo mestiço com a crina espetada ao invés de um lindo príncipe. Pense, pedi um príncipe e ele me manda um cavalo, acertou no mamífero e errou na questão da raça (apesar de que a ignorância de ambos diferir-se apenas em pequenos aspectos).
Eu sou ainda do tipo, que quer realizar profissionalmente e ainda deseja um amor que seja pra sempre, mas a Cássia diz que o “pra sempre, sempre acaba!
Sabe quando você come um prato de macarrão bem suculento, e satisfeito olha para as demais comidas e não sente mais vontade de devorar nenhuma? Sente duas sensações de satisfação: uma por ter comido até não agüentar mais. E a outra por ter mandando brasa na comida mais perfeita que esperou o final de semana inteiro por ela. Eu sinto falta é disso. De me extasiar de você, de te olhar satisfeita, com a certeza de ter recebi todo o amor que sei que mereço. Não sinto isso com a gente, você sempre estranho, com o olhar perdido em um mundo que não dá pra eu entrar. Um jeitão, que me deixa sem rumo, sem saber o que fazer; que me deixa insegura, idiota; que me faz olhar para dentro de mim me deparando com um coração cheio de receios, quando deveria mesmo era olhar pra você e me sentir orgulhosa e satisfeita por estar fazendo você feliz, me gabando por ter de retorno um largo sorriso, um carinho nos cabelos. Mas não!!! Você me deixa arrasada com essa mania de fingir que não existo, achando que o fato de me dar aliança de compromisso de ir às vezes na minha casa e quase sempre sair de cara amarrada comigo sem vontade, vai suprir minhas necessidade. Como se meu espírito não fosse movido e motivado por carinho, atenção, elogios e o principal lendário e morto amor. Morto sim, porque, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. "Pensando bem, não existe morte para o que nunca nasceu."
Quero ser superficial, antes que nossa história vire uma infeliz e odiosa tragédia. Quero fazer você virar herói antes de sair da minha vida, simplesmente porque já cansei de transformar ex namorados em terríveis gigantes cruéis que esmagaram minha paz por um tempo até que apareceu um menino bonzinho e me tirou do vicio igual uma bêbeda de amargura e solidão. Quero ao menos uma vez, contar a história em que tive o prazer embora não pense ser prazer em esmagar um coração chamuscado de doçura e seriedade, um miocárdio que só me deu amor, valor, expectativas e vida. Pensando bem, deve ser um prazer. Afinal todos que entraram em minha vida saíram da mesma forma, gordos de um amor melado e carente à lá Grazielle. E eu sempre saio magra de sentimento, sendo corroída pelo ácido da tristeza, que vai deixando buracos ocos e vazios intensos que me reduzem a moribunda.
Dessa vez eu cansei. Matei você assim com se mata uma galinha, pedi pra ninguém ter pena por isso rasguei fotos, queimei cartas (porque qundo tem pena da galinha ela ainda continua viva, mexendo sem cabeça. Eca!!!) pra nem a esperança ficar acesa. Afinal, você ainda é tudo pra mim. E eu sem você continuo sendo um quase nada como uma pequena gota diante de um oceano imenso. Mas dessa vez será diferente! Como daquela vez em que eu disse que o próximo ponto final seria o fim do meu amor por você... .