Grazi Castro
Eu nasci no Brasil
Não escuto palavras que jogam no fuzil
Não vou parar para ouvir comentário hostil
Não vou escutar
Muito menos idolatrar
A dor que nesse mundo, todos acabamos de causar
Não posso aceitar as lágrimas
Não posso aceitar o sangue
Não posso aceitar a dor
Aceitar é se calar
Aceitar é se ridicularizar
É se rebaixar a um nível que nem mesmo o presidente do Brasil chegou
Fingimos que não vemos...
Nos calamos e passamos reto
Direto,
Para o precipício da era digital
Direto,
Para o precipício da dor infernal...
Aceitamos tudo isso,
Aceitamos a dor
As guerras
As mortes,
Simplesmente para evoluir o meio de transporte
Escutar e aumentar a visualização do esporte
Criar uma era viciada em telas e trabalho
Vendemos nossa alma em troca de riquezas
De joias e fraquezas...
Vendemos nossa alma, e aqui estamos,
Odiando a nos mesmos...
Nosso mundo se baseia em mentiras...
Se baseia em falsas modéstias.
Nós nos baseamos no que queremos ter, não no que temos...
Um infinito
Banal...
Sem sentido
Sem coerencia
Sem motivo para nossa existencia
Algo banal no mundo
Que se tornou util para o futuro
Um sorriso extinto em meio aos nosso rostos
Uma voz oculta em meio a multidão
Uma escuridão em meio a luz...
Tudo o que existia passou a ser um paralelo entre o misterio