Graciliano Ramos
Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo, em Alagoas, no dia 27 de outubro de 1892. Filho de um comerciante conheceu bem os sertões nordestinos. Passou parte de sua infância em Buíque, Pernambuco, e parte em Viçosa, Alagoas. Fez seus estudos secundários na cidade de Maceió. Em seguida morou em Palmeira dos Índios.
Em 1914, foi para o Rio de Janeiro, tinha 18 anos e trabalhava como revisor nos jornais Correio da Manhã, A Tarde e em O Século. Em 1915 volta à Palmeira dos Índios, onde abriu uma loja de miudezas. Passou a fazer jornalismo e entrou para a política, elegendo-se prefeito em 1927. Em 1930 mudou-se para Maceió, onde dirigiu a Imprensa e a Instrução do Estado.
Como romancista, Graciliano Ramos estreou com “Caetés” (1933), mas o destaque veio com “São Bernardo” (1934), uma verdadeira obra prima da literatura brasileira. Em 1936, foi nomeado diretor da Instrução Pública de Alagoas. Nesse mesmo ano, acusado de comunista, foi levado para a prisão, onde permaneceu durante onze meses.
Em 1937, é solto e vai morar no Rio de Janeiro, onde escreve para jornais. Em 1938, publica “Vidas Secas”, sua obra prima, onde relata a vida de uma família vive sob o fatalismo da seca no Nordeste. No ano seguinte é nomeado Inspetor Federal de Ensino. Em 1945, entra para o Partido Comunista Brasileiro. Em 1952, fez longa viagem pela Europa, visitando Paris, Tchecoslováquia e a União Soviética.
Graciliano Ramos faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1953. Nesse mesmo ano é publicado “Memórias do Cárcere”, obra em que relata a fase dolorosa de sua vida, onde denuncia o atraso cultural e as injustiças do Estado Novo.