Graça Paulino
O amor é um poder infinito,
ardil e prazeiroso,
no arrabalde de mil emoções,
sucumbe num oazes de profundezas únicas,
emergindo de qualquer forma,
de qualquer situação.
Misterioso e galanteador,
sabota a razão de um sonhador,
esmurrando os sentimentos, num término fatal.
Gostaria de ser um pássaro,
com o poder de voar e cantar
pra encantar,
mas como sou humana,
apenas relato aqui o meu chorar,
convicta do fénix em mim,
para sobrevir do infinito,
mesmo no meu choro,
declamo o paraíso.
Meu ser confronta com a imensidão,
permitindo-me saborear cada brisa do ar,
elevando-me nas alturas de pensamentos meus,
pra mornar doces recordações do meu amor,
que se foi pra não voltar,
e cá, sozinha estou,
entretanto, a dôr é o paradoxo do real,
sinônimo de vida espiritual,
registro de incoerências, valor anormal.
Um dia poderei acordar na eternidade,
seguindo comigo nessa trilha,
todo tipo de saudade,
embora que torço pra que seja tardia,
arrodeada de anjos puros,
caminharei levemente em nuvens macias,
uma lagrima por dia,
ajudará na maestria,
e quem olhar pro céu de coração, me enxergará com nostalgia.
Um pensador faz suas próprias rédeas,
sufrágio de melodias escritas por sentimentos vividos,
celebração de magias abundantes,
num cálice celestial, por entre estrelas viajantes,
outrora banal, porém, gratificante,
pois nos alimentamos de lembranças pueris e fortes,
para enebriarmos no chocante,
tal valia,
de um grande e poderoso diamante.