Gonzaguinha
Gonzaguinha nasceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de setembro de 1945. Filho dos cantores Luiz Gonzaga e Odaleia Guedes dos Santos, ficou órfão de mãe com dois anos de idade. Foi criado pelos padrinhos. Com 14 anos compôs sua primeira canção “Lembranças da Primavera”. Com 16 anos foi morar com seu pai no bairro de Cocotá.
Ingressou na Universidade Candido Mendes para cursar Economia. Casou-se com Ângela, com quem teve dois filhos. Nas rodas de vilão, na casa de Aluízio Porto Carreiro nasceu o Movimento Artístico Universitário (MAU), nessa época conheceu diversos cantores, entre eles, Aldir Blanc e Ivan Lins.
Em 1973 apresentou-se no programa Flávio Cavalcanti com a música Comportamento Geral. Em 1975 gravou sei primeiro CD “Plano de VOO”. Compôs diversas canções, entre elas, Começaria Tudo Outra Vez, Explode Coração e Grito de Alerta, que foram gravadas por grandes interpretes como Maria Betânia, Elis Regina, Simone, Fagner e Joanna. Em 1981 iniciou uma turnê com o show “Vida de Viajante”, que selou o reencontro de pai com filho.
Nos últimos doze anos de sua vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda esposa Louise Margarete e a filha Mariana. No dia 29 de abril de 1991, sofreu um acidente em uma rodovia do Paraná, que lhe tirou a vida.
Acervo: 25 frases e pensamentos de Gonzaguinha.
Frases e Pensamentos de Gonzaguinha
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
Viver e não ter a vergonha de ser feliz,
Cantar, e cantar, e cantar,
A beleza de ser um eterno aprendiz.
Ah, meu Deus! Eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será,
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita!
E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão?
Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo,
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo,
Há quem fale que é um divino mistério profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de amor.
Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é, e o verbo é sofrer.
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé,
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,
E a pergunta roda, e a cabeça agita.
Fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
É a vida! É bonita e é bonita!
Toda pessoa é sempre as marcas de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. É tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense que está.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita.