gmnazario
No teatro, no palco do anfiteatro profundo meu coração diria de nós a tosca aventura, alguns dias de emoção.
Te agradeço a alma de mulher que pôs fim naquilo depois do início feito desencontros, mas, grato não tanto recolho a gratidão quando enjaulado de saudade reabro as cortinas daquela temporada, longas noites,
colossos de paixões.
Deusa morena (que não posso aqui citar o nome), tu -a outra diva-, nas minhas carências esteve saltitante. Como adentrarei por tuas madeixas? como me livrarei de querer-te tanto?
Se foi meu amor com último poente, fiquei só dos meus primeiros frutos sustentado. Ineterna paixão eu tenho e ainda a desperdiço escrevendo.
Amo a ti nua, de corselete, vestida como quiser.
Nenhuma frescura há, quero voce. Além do prazer sou teu amigo, feito para não se perder.
Só nosso prazer, tua pessoa, teu corpo e tuas madeixas (balançantes sobre minha cara) eu quis , fazendo-me cócegas no nariz, mais as vitórias que Poseidon (das profundezas) me impediu alcançasse, reprimiu-me pois não gosta de mim.
Não mereço ser feliz por não saber dizer "te amo"? mas digo escrito se servir.
Meu amor (palavra de mais dita-escrita) não é de escritor e não descritível... Apesar de os muitos rascunhos que possuo negarem isso.
Apesar de que não sei o que é amar de verdade em realidades da vida. Amo ainda aqui nesse empilhado de letrinhas
Fere-me alma e mente,
com teus gritos de silêncio;
condena-me ao nada.
Cada musa ficou para sempre
e nenhuma disse que me amava.
Uma a uma colecionei
pequenos prazeres e magoa.
Óh Lisa, dos espinhos, que deixei de mim partir... Me consome a tarde, solitariamente sem ti, sem as flores, sem os afetos que entre nós foi breve... deflagrações de um amargo a recordar. Quero-te mas para ti eu morri
Escuros versos
Tem o seu nome.
Após o raio
Tenho de volta
As escuras nuvens...
Chianoscura vida
entre os versos
não mais tenho-te óh Lisa.
Enlanguescida Lisa
Diamantes são longínquas estrelas.
Pintado céu de gris ou preto
por Caravaggio em seus transes de violência
adoça-me com poderes quais desconheço.
Daquele eu existente fez-se um espectro triste, revoltei-me pois teu amor foi muito e morreu precocemente
Nas madrugadas sou feliz sozinho migalhado, em cacos ou sob o farelo que asteroides deixam na atmosfera
Esforcei-me para não perdê-la, descobri meu calcanhar de Aquiles ao degustar de ti qualquer desprezo.
Nos veremos nem que seja no tártaro ou inferno, creio; até lá existir uma lasca de pérola, inoperante a expressar meu amor para sempre ou que a amarei feito de eternitude no brilho (o arpejo mais carismático) mas seremos nós aqueles longínquos do que fomos supostamente croquis barrocos, em teoria; os amantes das estrelas
Fujo pelas vias do pentagrama, ruas frias onde pratico meus estilos românticos. Divago e filosófo com sobe e desce das notas, vai e vem rimando o tempo entre espaços interiores adentro de minha intimidade.
Com amor assino eu. Com pesar amo na ostra herege a compensar-me orvalhado de sonhos sem fim
Forjo ser forte para espantar morte. Risonha a rondar-me e insistir. Estou a minguar, definho ante-diante e postumo esquecido, exceto por meu piano a radiar rubis, romanceadas pedras sobre quem fui inteiro (não a toa), na partitura, interessa-me persistir