Gleycon Schneider
Sou nenhum poeta, tampouco sei escrever...
Serão estas palavras dispersas, mensageiras do que tenho a dizer.
Ordenadas de maneira incerta, São próprias só à minha adorada...
Quero apenas que saibas, que da minha vida És a amada.
Talvez não tenhas noção, do quão É importante...
Talvez a minha emoção, não Seja assim tão relevante.
O pedido em minhas orações, não Será mais que um anseio sequer...
Desejo apenas Ser o homem da sua vida, exatamente como da minha És a mulher.
Palíndromo de Amor
Mesmo que digam que tem quatro,
pra mim Amor tem três letras.
E não é necessário conjugar,
pois já é uma forma perfeita.
Não é uma palavra longa,
tampouco uma palavra estreita.
Da pra ler da direita para esquerda
ou da esquerda para a direita.
E nas idas e vindas das letras,
é que está o palíndromo de amor.
Pois é da minha linda princesa,
a quem amo com tanto fervor.
Ele começa e termina com A,
e só tem mais o ene no meio.
Eu não disse que só tem três letras?
Para eu sempre te amar Ana, você veio.
Soneto alado
Pelas asas do avião
voa o meu coração,
esperando voltar logo
à cidade da paixão.
Paixão que a esta altura
faz-me lembrar a ternura,
da linda mulher madura
dando asas à loucura.
E pensando em você
ganho asas em movimento
do amor alado daqui dentro.
A felicidade então aflora,
é a liberdade a se incitar,
que só tendo asas para explicar.
Apenas amar
Quem escreve que o amor
é fogo que arde sem doer,
não pode saber de amar
sabe apenas de escrever.
Para não viver amor platônico
idealizado e sem afeto,
se é para não doer este amor
terá apenas que ser completo.
Porém mesmo assim dói o amor
e muito o amor faz sofrer,
porque senão não é amar
é apenas uma miragem do ser.
O amor não pode ser singular
terá que concordar e ser conjugado,
ele passará a ser plural o amar
apenas quando por nós dois for amado.
Amor denso...
Lembro-me que houve tempos não distantes, que com um toque macio incendiava.
Despretensiosamente em ósculos repletos, onde minha boca junto a sua deleitava.
Na escura manifestação da noite, ou na claridade da visão do dia.
Com a pele delicadamente macia, meu corpo junto ao seu ardia.
Na busca afável do nosso prazer, seu corpo despido minha mão percorria.
Que perfeitas curvas as faziam perder, sentidos com a leveza e sem avaria.
Por vezes em local incerto estávamos, divã, tálamo ou frente ao polido de aço.
Podíamos olhar além dos olhos, que amávamos forte, profundo em um abraço.
Que sempre ali você acendia, abrindo-se para eu justapor seu âmago.
Permitindo contato que fazia intenso, dentro de ti breve relâmpago.
Então você o consumia todo, reto, ereto como meiga e linda mulher.
Em movimentos viciantes e densos, fazendo sentir tudo que se quer.
Fechávamos os olhos para somente sentir, fazendo trocar fluido continuo e quente.
Como um vulcão que está prestes a explodir, movimentos... repetindo-os ferozmente.
Ao explodir estávamos em grata paixão assim.
Eu tendo você toda e você tudo de mim.
Uma poltrona, violão... Cerveja, lenha e fogão!
O pensamento voado longe como asas de um avião.
Esperando encontrar logo o que move a paixão.
Paixão que a esta altura, faz lembrar da ternura.
Da linda mulher madura.
Dando asas a loucura.