Giulia Geovanini

Encontrados 2 pensamentos de Giulia Geovanini

Beijar-te seria o mais próximo de acalmar a minha a minha mente. Teus lábios, tão macios e doces, são as portas para um amor incógnito.
Ele é celestial, porém seus olham queimam tão intensamente que são capazes de me fazer perder o autocontrole. Imagino a sensação de ter seus dedos correndo pelas minhas bochechas, sentir o perfume tão singular em seu pescoço, faria de tudo para ser esse perfume, pois ele, inocentemente, pode tocar sua pele.
Sortudo é aquele que pode ser amado por você, entretanto, um tolo por deixá-lo ir. Amá-lo é imprudente, é incerto, é como nadar em uma piscina vazia, é frustrante não tê-lo. Rendi-me a você e não é suficiente, não sou a chama que queima em seus olhos.
Você, e cada detalhe em você, me rasga e me remenda, me consome e me abandona. Seria a sua voz o som mais doce? Seus sussurros pelo meu nome são tudo que eu quero ouvir.
Adormecer encoberta pela sua jaqueta, ouvindo seu coração pulsar e sua respiração tão calma poderia fazer o tempo parar. Dançar com você, meu corpo entrelaçado ao seu, faria com que todos desaparecessem.
Seria esperta em esquecê-lo, mas não é minha escolha já que meu coração não pertence mais a mim. E ele naufraga, meu amor, todas as vezes que você chega.
Que punição para os amantes! Amar e não poder dar seu amor, ver e não poder tê-lo, sentir e se submeter a reprimir, a sufocar.
Mas é a isso que os amantes estão fadados, até que o genuíno amor comece a queimar novamente.

Aqui estou, novamente, estática em minha cama, o dia inteiro. Já perdi todos os meus sentidos, meus pés se recusam a trabalhar então fico flutuando no espaço, é frio e entorpecido, é inerte e me embriaga cada vez mais, me vicia.
Meus dedos usam cores diferentes para pintar esse quadro, cores as quais estou cega para ver. Queimá-lo me aqueceria, meu sangue gélido poderia finalmente correr pelas minhas veias, senti-lo é como ter bombas embaixo da minha pele.
O oxigênio que lava meus pulmões é uma chama, crescendo e crescendo, a cada respiração me encontro ainda mais sem fôlego. A cada passo sinto como se estivesse correndo contra a direção correta.
Minha pele é feita de estrelas, pequenas chamas em círculos, que formam minha silhueta, mas não acho que alguém veja desse modo, nem mesmo eu. Conheço a verdade, mas minha mente quer acreditar em uma mentira, é mais confortável saber que estou no espaço do que me imaginar pertencendo a ele, como a areia pertence à praia, como as árvores pertencem a terra, e como eu sempre pertencerei a isso. Sempre uma parte de mim.

Inserida por giug