Gisele Bündchen
Embora eu seja conhecida pelo meu trabalho como modelo, nunca senti que aquela pessoa na passarela, ou nas revistas, ou nos comerciais de TV fosse eu.
Por maior que seja o seu sucesso na vida adulta, não acredito que isso seja capaz de mudar completamente o modo como você se via na infância.
Trabalhar como modelo era uma forma de explorar todas as facetas da minha personalidade, incluindo aquelas que eu nem sabia que tinha. Sendo ela, podia expressar qualquer emoção, qualquer atitude. Era como se, me desconectando de mim mesma, pudesse ser livre, enquanto mantinha o meu eu verdadeiro escondido e seguro.
Tudo o que vivemos, as coisas boas e as ruins, tem um significado, mesmo quando não conseguimos entender imediatamente qual é. Tudo acontece para que nós possamos aprender e evoluir.
Uma vez li que, quando olhamos para o nosso passado, podemos ver uma linha narrativa, uma ordem ou um plano, como se fosse algo gerado por uma força invisível, e que os acontecimentos, e até mesmo as pessoas presentes na nossa vida, que pareciam aleatórios ou sem importância num dado momento, se tornam, no fim das contas, indispensáveis para a nossa história.
É como se nossas vidas fossem engrenagens de um grande sonho de um sonhador solitário no qual todos os personagens também estão sonhando.
A vida pode ser mágica, mas viver bem exige esforço, foco, paciência, compaixão, determinação e disciplina.
Invejar ou se comparar com qualquer pessoa é uma receita tóxica. A inveja só gera a sensação de nunca sermos bons o suficiente.
Muitas mulheres estão simplesmente sobrecarregadas. (...) Elas perderam a conexão com a natureza e com elas mesmas. Estão buscando respostas do lado de fora, sem perceber que as respostas que realmente importam estão do lado de dentro.
Quantas vezes nos passaram a mensagem de que nossas vozes não valiam a pena ser ouvidas, seja quando somos ignoradas numa reunião, ou criticadas nas redes sociais, ou reduzidas a um conjunto de partes corporais?
As mudanças só acontecem quando estamos dispostos a defender aquilo em que acreditamos.
Aprendi a prestar atenção à minha voz interior. De quem obtive insights importantes mesmo quando eu não queria ouvir. Aprendi que nossos pensamentos, nossas palavras e ações estão conectados, e porque precisamos ser cuidadosos com eles. Eu comecei a fazer yoga, a nutrir meu corpo minha mente e meu espírito através da meditação, de alimentos curativos, e de uma visão positiva da vida, e o resultado disso é que fui capaz de experimentar uma clareza mais profunda e um sentido de propósito mais amplo.
Em algum momento passei a acreditar que todos nós vivemos num mundo regido por ilusões e que o meu - o nosso - dever é descobrir quem realmente somos e encontrar nosso propósito individual. Tudo o que vivemos, as coisas boas e as ruins, tem um significado, mesmo quando não conseguimos entender imediatamente qual é. Tudo acontece para que nós possamos aprender e evoluir.
Acredito que todo o sucesso que eu tenha alcançado na vida seja resultado de foco, trabalho árduo, dedicação, pontualidade, fazer o que era necessário, sempre dando 100% de mim em tudo o que fazia - e ainda é assim que levo a vida: com disciplina.