Gilian Houliem Pereira
"Quando não pode ser amor, que seja amizade, embora uma verdadeira amizade também é um tipo de amor."
Eterno Tempo
Esperar...meu lema, minha sina
Aguardando sempre...algo que não vem
Sempre foi assim, essa é minha vida
A esperança ja vive no além.
Um dia...um dia vão me perceber
Mas será tarde, o tempo passou
Alguém maior já me percebeu
Porém me perguntam: quem eu sou?
Essa esperança que insiste em ressuscitar
Está me matando acreditar
Eu não tenho, então não posso
Para quê então lutar?
Fugir não será a solução
De novo não!
Mas agora tenho que existir não existindo
Quem me chamou dará a direção
Mas Ele sabe que ainda acredito
A maior conquista de um vencedor
Não é o troféu...
Nem ouvir seu nome ser chamado
Mas é saber que tudo que tem
É resultado de vitórias no deserto
Porque o meu tempo é eterno
E a esperança imortal
E como dói esperar eternamente...
A última poesia
O amor...tão complexo e simples...
Descrevê-lo é difícil e fácil...
Mas o que o faz viver são atitudes,
Um gesto...um olhar...uma música.
Mas ali está a Nova Rosa...
Pisaram-na...a deixaram caída,
Eu passava e a avistei...
Na verdade eu a observava de longe...
Pois já segurava outra rosa.
Uma tempestade passou...e levou a rosa das minhas mãos...
Chorei...chorei...e agora?
A rosa que tanto cultivei,
Foi arrancada de minhas mãos...
Mas Deus tem planos que não entendemos...
Precisamos vivê-los...aos pouco compreenderemos,
Que o propósito está além de nosso entendimento.
E a Nova Rosa ferida? Não ficará esquecida,
Vi o brilho de suas pétalas fragilizadas...
Uma rosa tão linda...
Meu jardim singelo não te merece...
Mas cuidarei de ti...
Não podes ficar a mercê no caminho.
Deus sabia que eu passaria nesse caminho...
Mas espere...onde está a Rosa Nova?
Entendi...era mais uma miragem,
Tudo é como sempre foi...
Apenas eu...e o jardim...
Sozinhos...então...é o fim.
Deixarei esse jardim...
Cala-te coração...já não aprendeu que são gritos no vazio?
Deixarei o fogo consumir tudo...
Sentimentos...musicas...pensamentos...
Subirá como último aroma ao Senhor.
Quanto tempo perdido...
Escrevendo...pensando...refletindo...
Apenas era valoroso para mim...e no final,
Apenas o meu coração é partido.
Mas essa é a última música.
Ultimo suspiro...último grito.
Segurei em frente...sem reflexões,
Serei uma alma sem coração...
Um espírito sem alma...
Um corpo com vida,
Porém...sem mais poesias.
"Palavras boas ditas ao seu tempo trazem paz e segurança; mas há palavras que trazem surpresas inesperadas"
POESIA PROFÉTICA - CAMINHOS
Ainda bem que nossos caminhos se cruzaram...
Isso é obra de Deus. Tem coisas...que não tem como explicar...nem entender. São planos e caminhos do Altíssimo.
No caminho da vida, encontramos: pedras...poeira...espinhos...e rosas...
Às vezes estão ali...a beira do caminho.
A beleza dela só é percebida no coração daquele que chora...e ora...
E implora pela pura sinceridade.
Ah! rosa...estás tão abatida...
Mas pegarei...e cuidarei...e plantarei no novo jardim do coração.
E dessa vez florescerás no coração certo.
O planos do Jardineiro Supremo são complexos
Mas não falham!
Simplesmente devem ser vivídos.
E sentidos como essa linda música
Que já toca no fundo do coração...
"O silêncio produz saudade...e a saudade, lágrimas...e as lágrimas, reflexão...e é na reflexão que descobrimos qual é o valor de uma amizade."
"A plenitude de um bom sentimento são as palavras; então se não há palavras, onde estará o sentimento?"
"O valor de alguém está naquilo que tem ou naquilo que sabe fazer. É um ciclo quase inevitável...em algumas vidas."
CONFISSÕES II - A PARTIDA
Eis uma nova confissão: ouvi demais o coração,
Ouvi a sua voz e vivi emoções
Em todo tempo amei, sempre me decepcionei,
Mas agora aprendi, não mais me enganarei.
Perdi tanto tempo...
Me preocupei apenas em buscar o amor,
Acreditando em coisas impossíveis!
Pobre homem eu sou, vencido pela dor
Lamentei até as angústias de outros,
Ganhei risos, escárnios e julgos,
Simplesmente cansei, descobri que não vale a pena.
É hora de sair de sair de cena!
Esquecerei quem fui nessa terra
Destruíram meus sonhos e sentimentos
Esmagaram meu coração suavemente
Gritei socorro, ninguém se fez presente,
Mas Deus não deixou que eu morresse.
É hora de sair de cena!
Partirei e não quero lembranças,
Pois fui digno de um coração de Judas,
Desprezado, humilhado e traído
Irei ferido, mas voltarei
Deixo apenas pífias lembranças, De alguém que acreditou no amor.
Lembrarei dos sorridos e lágrimas,
E até dos breves momentos de alegrias
Lembrarei que fui um conselheiro desprezado,
Que estava ali, disposto a tudo,
Gastei meu tempo amando demais,
Ganhando um triste rótulo de vagabundo.
Por mim partiria para sempre!
Haverá um lugar em que não serei condenado?
Chegará o dia em que serei justificado?
Pago um alto preço por ser diferente,
No pensar, no agir, no sentir,
E sou massacrado por toda essa gente!
Fui condenado por afiadas línguas,
Que dizem: ser alguém é ter um bem!
Tornei-me o símbolo de ociosidade
Não esquecerei de ti, oh! povo julgador,
Pois para ti amar é um crime!
De dos sorrisos não me esquecerei,
E de ti, oh! grande amigo, sempre me lembrarei.
Vou para mui longe, quero ser esquecido...
Pensando bem, já sou esquecido
Sou lembrado apenas para servir,
Mas quando perceberes, não estarei mais aqui.
Lamento te deixar, oh! rosa de Deus,
Lembrarei de ti e chorarei,
Pois deixei contigo o meu coração,
E a todos essas sinceras confissões.
A tempestade vem!
Vem a tempestade...vem a tempestade.
Ela vem com fúria...força...
Vai levar tudo? Para onde irei?
Talvez só restará a saudade...
É inevitável...sinto o vento anunciando
Destruição...lamentos...lágrimas.
Mas tudo Está sob o poder do Altíssimo...
Restará algo para recomeçar?
Quem me socorrerá?
Mas o aviso veio...em sonhos...
Ele nunca faz sem avisar,
Só resta se preparar...
Para a tempestade do renovo.
As vezes, tudo deve mudar.
Começar do zero...reiniciar...
E com força tudo levar...
Um novo recomeço ao horizonte...
Passado? Onde estás?
Apenas lembranças...de uma vida com feridas...
E mágoas...dor...
Tudo se foi...mas não o amor...
A minha direita...a destruição...mas a esquerda...ouço nova canção.
Uma nova e renovadora melodia
Que um dia desejei na agonia...
Ele ouviu, e com sua mão escreveu,
A nova música do coração.
E agora, cruel tempestade?
Tão forte e tão destruidora...
Sem perceber te chamei...
Aquela lágrima foi reveladora...
Algo mudou...a canção não cessou...
Agora é apenas aguardar...
O propósito será realizado.
Ouvi uma voz...serena...mansa...
Outro coração? Ou seria outra canção?
Mas o som...o som acalmou a minha alma...de verdade...
Então...entendi...venha logo tempestade!
De volta ao início
Foram dias alegres,
Foram dias felizes,
Sua companhia foi tão importante...
Mas tudo tem um fim...
As coisas da vida são assim,
Vem, vai...começa e termina
Mas não imaginava que fosse assim, tão rápido, repentino
Foi se afastando aos poucos,
Em passos sutis, indo para outra direção
Ah, eu novamente sentido a companhia da solidão
Dessa vez machucou, pois de você não esperava
De repente ouvi que você estava indo em outra direção
Você é livre e deve ser feliz
Mas não me escolheu para fazer parte dessa felicidade
Fui apenas útil, enquanto precisava de companhia
Agora tens alento para o seu coração,
E eu novamente nos braços da solidão
Agora preciso aceitar
Eu sou apenas algo que se usa
Que ajuda nas tristezas...
Mas na hora da alegria, sou excluído
Mas vou continuar a jornada
Agora sei que sempre serei sempre só
Mas acredito...talvez, encontre o tão desejado refúgio.