Gesiel Modesto

Encontrados 5 pensamentos de Gesiel Modesto

⁠Fui o poeta mais tolo
por ter escrito, das mais diversas poesias,
para as mais diversas pessoas,
de forma genuína e presenteada.

O valor delas, que agora
transformaram-se em pseudo,
são meras ilusões passageiras,
daquilo que deveriam ser:
potências mediadoras de transformação.

No entanto...
No... en-tanto...
hei de deixar essa enganação generalizada,
pois minhas obras são descartadas,
não por serem imperfeitas,
pois a imperfeição jaz em todos os poemas,
e isso chama a própria vontade do homem,
que é imperfeito,
e sempre será imperfeito,
como era no princípio do universo.

Ao deixar-vos, poderão finalmente ver
a pequena fagulha da mísera, porém extraordinária,
luz de minha atomicidade,
implodindo e explodindo incessantemente,
para avisar a todos,
a perceberem, no fim,
a realidade cruel,
agora iluminada
por minha esplêndida e infinita luz cósmica.

Inserida por Gesiel_Modesto

⁠E após a vida tirar-me aquilo que era mais importante, eis o que restou de mim:
um mísero vagalume, forçado a viver numa imensurável casca repleta de vazio

Inserida por Gesiel_Modesto

⁠“Aquele que, em quaisquer situações de ruína, contempla a vida com um caráter simpatizante e ainda o reparte aos que precisam é um ser de outro patamar; um virtuoso solene, o mais próximo da perfeição.”

Inserida por Gesiel_Modesto

⁠Meu desespero não é o que poderia ser,
Nem o que poderia ter sido,
Mas sim o desespero
Dos infinitos caminhos
Que posso escolher.

Alguns demasiadamente ruins,
Outros demasiadamente bons,
Mas nenhum completamente estável.

Isso define a vida:
A instabilidade que aparecerá
Quando menos se espera.

E isso nos define como humanos:
Sempre procurar sermos estáveis,
Mas ainda assim falhamos.

Pois esse é o mal da sociedade:
Um inevitável desacordo social,
Uma troca injusta do bem pelo mal.
Um mal disfarçado de egocentrismo.

E aqueles que o evitam
Tendem a ser o dobro do sonho,
Precisam ser demasiadamente menos humanos.

E sempre será o mesmo caminho para todos
Ao olhar para si no reflexo
De um espelho fragmentado.

Assim, percebo que não há
Como sermos humanos de fato,
Pois ser humano é não ser humano.

Inserida por Gesiel_Modesto

⁠E naquela vasta noite fria dominada pelo azul semblante da lua, o espelho prateado que reflete o espírito taciturno dos melancólicos; ao céu estrelado, pintei-o de vermelho — a cor de minha alma, dita maculada pelos vermes impositores: os parasitas de uma inata frenesi da alma rasa. Pois agora, a vastidão do infinito forja um roxo resiliente aos céus; mas um vazio roxo para mim, que me guia em um vasto mar até a borda do universo, onde aceito a solidão da resignação lúdica da vida.

Inserida por Gesiel_Modesto