Gamp ( Gisele adriana Maciel Pereira)
Menina em flor
Tem os olhos mais negros que já se viu
O olhar mais meigo que já existiu
Seu rosto é perfeito tal como uma flor
Uma espécie de beleza traduzida em amor
Ninguém pode imaginar que em cada espinho
Haja uma inesgotável fonte de carinho
Sua intenção é manter uma distância segura
De tudo o que não lhe traga ternura
Numa primavera desabrochou para a vida
Dentre rosas e tulipas a mais colorida
Depois suas pétalas cairão ao chão
Num longo processo de transformação
Parte de você se modificou no outono
Como um anjo que caiu no sono
Dormiu menina e acordou mulher
E o fruto já se podia colher
Ele chegou em pleno verão
Na forma de um pequeno botão
Que foi preenchendo todo o seu coração
No balbuciar de cada canção
Não foi preciso chegar o inverno
Para que despertasse seu extinto materno
Pois cada mãe é comparável a uma flor
E a sua semente é o mais puro amor.
Gamp — com Gisele Pereira.
Menino Vento
Numa manhã de inverno
Tal como um ciclone
Você foi surgindo e eu
Só sabia o seu nome
Quem é esse que chega
Feito uma brisa
Que desperta o meu corpo
Enquanto verbaliza?
Quem me cala a boca
E que me tira do tom
Acordada e lúcida
Neste sonho bom?
No seu braço tatuado
Está escrito conhecimento
Sua força me tira das trevas
Com ternura conduz ao esclarecimento
Entre as notas sonoras
Do seu violão
É lá que repousa
O meu coração
Hei de te guardar para sempre
No meu pensamento
E irei te chamar de
Meu Menino Vento
"Gamp"