Gabrielle Sales
Nada
Acho que minha alma oca está
Um vazio vem os meus sentimentos mortificar
Tudo que acreditava ,que sentia,começa desmoronar
Meus anseios, a sociedade, nada vêm acrescentar [...]
O artifício da artificialidade
Sou uma atriz, porque não dizer? fenomenal
Não de novela, mas da vida real
Uso a artificialidade de forma nada normal
Tão profundamente utilizo que é quase visceral
Sempre aparentar estar tudo bem, tudo legal,
Feliz e disposta é algo mais que essencial
Mesmo que não esteja no momento ideal
Acreditando causar felicidade em outros no final
Acabo de vos apresentar o artifício confidencial
Da artificialidade, eu, aproveitem essa revelação colossal
Talvez seja um pouco, com outros, desleal
Mas querer quem amo feliz é mal?
Nada
Acho que minha alma oca está
Um vazio vem os meus sentimentos mortificar
Tudo que acreditava ,que sentia,começa desmoronar
Meus anseios, a sociedade, nada vêm acrescentar
Oca de sorrisos... Não conseguem me encontrar
Oca de lágrimas... Nunca mais vieram rolar
Oca de alegrias... Sem sorrisos para acompanhar
Oca de tristezas... Sem lágrimas para completar
Nada vem a outro nada se costurar
Nessa brincadeira o paradoxal começa se fomentar
Em algumas situações assim, a vida, vamos olhar
Estranho essa dissintonia nesse momento ter harmonia
Coração de papel
Primeiro me presenteou com um anel
Porém, o sentimento não era nada fiel
Depois, fugiu tão rápido quanto um corcel
Não suporto mais girar nesse eterno carrossel
Acaso achas que meu coração é papel?
Ou que ele mereça esse sentimento cruel?
Que tem gosto amargo feito o fel
Mas é tão lindo quanto o céu
Nossa história foi escrita com um pincel
E a tinta usada foi o mel
Contudo, esse sentimento não vale um tonel
Amor esse tão ordinário que dava um cordel