Gabriella Lima
Quando você descobre que o mundo todo é uma grande mentira, você acaba se tornando uma farsa em série.
Um quarto de CULPA
Persigo as pessoas para me livrar daquele sentimento de que estou sendo vigiada. Neurose de plástico.
Eu não faria comigo o que faço com você.
Tu escondes porque sabes que és capaz de fazer a maior atrocidade do mundo.
... e você se assombra com teu próprio medo..
Uma frase sábia de Suzana Barbi sobre um post que fiz recentemente em meu blog pessoal na qual eu dizia: É tão complicado não pertencer a alguém, e é muito mais complicado quando você tenta se enganar disso, de que nunca desejou ser de alguém, fazer parte de alguém.
É. Eu sei.
Sei que sou completa. Sou mesmo?
Você é?
Essa idéia do completo é bonita porque ela te deixa forte e satisfeito, mas no fundo sempre vamos almejar alguém que complete essa sua parte ‘completa’....
E Suzana sabiamente comentou:
"Gabiroba, querida.
Tem dias que são noites. Mas ninguém é de ninguém. Caminhamos juntos. Só. Se formos do outro, perdemos a nós mesmos."
Eu sosseguei meu coração ali, naquele momento.
Meu futuro é muito maior que meu passado.
Não vejo mais motivos em ficar dando mais créditos a ele e esquecer do meu amanhã brilhante.
A arte é um ato de congelar momentos, tantos de dor, quanto alegria ou angustia. É o que impulsiona o homem sensível a atingir o inalcançavel, o perfeito.
Eu costumo me divertir criando meus personagens. Eles são tão enigmáticos!
Uma vez, escrevi sobre uma vampira linda, e numa tarde qualquer, ela apareceu para mim. Sério. Foi a primeira vez que algum personagem meu se materializou.
Eu fiquei apaixonada. Ela se chamava Gabrielle.
Hoje não sei dizer se eu realmente me apaixonei pela sua figura física, ou se me apaixonei por mim mesma.
Achando que esse fato curioso jamais se repetiria, a tão magnífica bruxa de Anne Rice, que se tornou vampira, e que eu tive a audácia em dar-lhe um conto explicando “tudo”, simplesmente surgiu do nada.
Do nada, vírgula. Na verdade foi em uma de minhas entrevistas de trabalho, quando fiquei frente a frente com Mona Mayfair. Foi uma visão quase mística. Não sei te explicar se foi o seus longos cabelos lisos e vermelhos, ou se aqueles olhos assustados e frios quem me seduziram.
Me senti gay, mas eu me permitir ter esse luxo, afinal, a imaginação era minha.
Uns dizem que sou irreverente. Eu nem sei o que é isso. Isso é legal?
Eu não sei da onde herdei essa coisa de criar estórias e colorir o mundo. Sou bem diferente das minhas irmãs e o oposto da minha mãe. O meu pai conseguiu ser um estranho para mim. Não sei te explicar e nem preciso.
O que sou hoje? Ou seria, em que tenho me tornado? Essas perguntas buzinam dentro de mim há anos.
Uma coisa eu sei. Adoro fazer as pessoas se sentirem alguém, importantes.
Algumas me irritam até a morte, confesso; outras conseguem ser insignificantes. Raras vezes fico maravilhada com o restante, porém, acho que são essas pessoas quem me dão força para continuar a batalha nesse mundo improvisado, errado.
Não é à toa que fico ai, escrevendo e nascendo. Apagando e reescrevendo. Vivendo!
Já tive muitos amores, ou paixão, tanto faz. Tudo quanto era cor. Mas só vou me casar com um. O meu favorito.
_ Mor, I love you more than I can handle.
_ You can, girl. Trust yourself.
_ I can't trust myself when I'm with you.
...às vezes não sei o que eu estava fazendo e se aquilo era mesmo EU ou algum reflexo de um EU comprado, um EU copiado...
Me perdi.
Mas as coisas vão melhorar?? Ah, vão sim.. A vida é um circulo que gira, gira como um pião bêbado... que uma hora cai na real.
Se ela pudesse, ela com certeza desapareceria. Isso seria um dos maiores truques da humanidade. O desaparecer.
Mais uma vez Alice está em crise. Crise de imortalidade.
“Se eu ao menos soubesse como morrer, não estaria passando por isso tudo de novo.” Pensou um dia.
Aquele dia aconteceu diversas vezes, de uma vez só.
Amigo não é aquele que te adula para ser adulado, mas sim aquele que te mima mesmo quando você não é mimado.