Gabriela Satori
Normalidade é doença! A loucura é a expressão da liberdade em uma sociedade burra, hipócrita e cruel.
Através da experiência, a curiosidade é o que rompe as barreiras da existência. Trata-se da incrível fascinação que o desconhecido proporciona na nossa mente. E também por isso, o mistério é tão crucial para qualquer romance.
A rebeldia é a chave do progresso, e também a fuga da mediocridade. Sem a rebeldia o mundo permaneceria imóvel, seria um velho pálido e estático esperando a morte.
O artista que se oculta em sua arte, não deve ser chamado de artista, sua suposta arte é tão vazia e amorfa quanto uma superstição.
Permanecer fiel a valores, mesmos estes estando errados ou ultrapassados, evidencia uma séria atrofia mental.
Uma verdade emotiva acaba se transformando em uma mentira intelectiva, é quando surge a intuição poética. Sem a imaginação seriamos irracionais, tão inanimados quanto uma pedra.
Não há objetivo na vida, a não ser amar e desafiar o mundo. O mundo, esta máquina monstruosa com milhões de olhos invejosos e milhares de dedos apontados em vão.
O indivíduo que se curva as néscias regras da sociedade, se anula da pior forma possível, é um clichê a caráter. Só um cadáver não questiona, não contesta e não se impõe!
Responsabilidade é como uma doença, involuntariamente se apodera do seu corpo e da sua mente e pode escravizar de forma perversamente dissimulada.
As sensações possuem algo de sagrado, de fascinante, de fantástico, qualquer tentativa de expressá-las é uma cópia imperfeita, escondida na barreira intransponível que existe entre, o infinito universo interior da sensibilidade, e as limitadas palavras de qualquer idioma. Há algo de belo, de insano, algo de perverso no poeta, ao explicar o inexplicável.
A mediocridade pode até ser amena e agradável a alguns, pois ela é morna. Mas a arte, a verdadeira arte, imponente, perturbadora e visceral, corroí e alimenta os sentimentos mais íntimos, colore as mutáveis personalidades do admirador, desvenda universos internos, rompe lacres do pensamento numa profanação sagrada, que só a ela é permitida.
A única forma de manter a paixão pela vida é flertando com a morte. Pois só desafiando a morte é possível se sentir vivo de verdade.