Gabriel Silva (Silvers)
Visto que não quero mais escrever
Não consigo me livrar dos pensamentos
Que insistem em todos os momentos
Num abraço estar sempre a te envolver
Condenado ao fracasso está o amor
Que incapaz é de enfrentar a solidão
Cujas portas fechadas estão
Do coração que não aguenta mais sentir dor
Frente as portas fechadas meus esforços são em vão
Pois não há poema que se esgueira na fresta da janela
Entrando mesmo ao ser lido pelos olhos dela
Que é capaz de abrir as portas de seu coração
A desistência, a mais sensata das opções me parece ser
Mas recuso-me a tão fácil desistir
Mesmo que continuamente tenha que insistir
Por mil anos ou mais para prevalecer.
Na boca alheia não vejo encanto pra confortar meu pranto por viver a te amar,
Felicidade não sinto e eu sei que eu minto quando em você venho a pensar,
Uma existência hedônica de uma fantasia platônica que nunca se fará presente,
Mas estará sempre em meus sonhos a fim de confortar meu coração e torturar minha mente.
Essa dor insuportável tomando meu coração,
Circula por minhas veias e já não sinto minha mão,
Mas preciso escrever pra essa dor no papel depositar,
E sofrer com a esperança de que um dia você possa me perdoar.
Não de ávidos sonhos se fortalece a nossa existência simples e fugaz, mas de incertezas dos dias que temos e dos dias que deixamos para trás.
As medidas podem ser perfeitamente precisas criando em nossas vidas um encaixe perfeito, de tudo o que já não parecia ter mais jeito.
As dores incolores de sofrer de amores por quem já não nos quer, não são mais do que um malmequer, ingrato retrato da injustiça que não só no seu coração sobrepujou a razão, acabando com a esperança de uma bem aventurança que no fim não passou de ilusão.
Maldade de verdade é dizer eu te amo mesmo sem amar,
Maldade de verdade é dizer que se importa sem realmente se importar,
É criar falsa esperança que fere como a ponta de uma lança os sentimentos que são verdadeiros,
É mentir pra si mesmo enganando o coração tentando dar continuação para o que foi passageiro.
Com um olhar sempre tão distante
E um melancólico sorriso de sobrepor
O que sinto por você é tão grande
Que seu sofrimento também me causa dor
Seu passado eu sei ele dói
Cicatriz que jamais vai desaparecer
Mas abandone à memória o que te corrói
E prometo que pra sempre vou te proteger.
Não adianta chorar,
o mundo não vai parar,
pra esperar você se recuperar,
desse sofrimento emocional,
que está longe de ser superficial,
não te deixa agir de forma racional,
e vai fazendo você se sentir muito mal,
o jeito é ir seguindo,
tropeçando quase caindo,
mas sempre resistindo,
a esse amor que aos poucos vai te consumindo.
Sei que você evita escrever
Pois só vai sair coisa que você quer esquecer
O branco do papel sempre transparece a verdade
E com a caneta na mão o que impera é a saudade
Pare de sentir e sofrer com esses ais
Sentir essa dor te faz querer mais
Aquilo que não volta e não teve fim
Mas que devia ter acabado pra não te deixar assim.