Gabriel PinOli
Outro dia, ouvi uma pessoa comparar o "eu te amo" com uma taça de champanhe. Isso me fez pensar, mas só uma taça? Nem uma garrafa, tão pouco, né? Três palavras para serem brindadas apenas em um momento perfeito... Talvez eu ame diferente. Talvez eu ame demais. Ou será que ela ama tão pouco? Porque se amo, se eu te amo, o meu "eu te amo" não seria como aquela taça de champanhe, apenas para ocasiões especiais. O meu "eu te amo" seria mais como um café que podemos tomar a qualquer hora do dia. Ou como dormir, dormir de conchinha, como um esbarrar de pernas no meio da noite. O meu "eu te amo" seria como aquela ligação de rotina no meio do dia para ver como você está. Seria como aquele abraço apertado quando chega em casa do trabalho cansadoe aquela conversa longa no final de cada dia. O meu "eu te amo" seria como aquele filme antes de dormir que nunca assistimos o final. Se eu te amo, te amo como cotidiano. Se eu te amo, até poderia ser sim como um champanhe, por que não? Não qualquer champanhe, o melhor. Mas eu me recusaria reservar essas três palavras para serem brindadas apenas em uma ocasião especial. Te amar é especial. Se eu te amo, eu te amo agora. Vou continuar te amando daqui a uma hora, amanhã pela manhã quando acordarmos. Eu vou te amar sempre, e vou querer brindar isso todos os dias.