Gabriel Gaspar
Eu sou aquela ideia que mais luta para sobreviver.
E minha atividade nada mais é do que consumir a realidade.
Pode imaginar então, o quão nocivo eu sou para o homem, privando ele de qualquer contato razoável com a realidade.
Entretanto, também enfrento algumas dificuldades: o homem costuma eliminar aquilo que o faz mal. Para permanecer dentro do homem, me alimentando da realidade, tive que evoluir, aprender a iludir. Em troca eu dou conforto e serenidade, entorpeço sua mente e seus sentidos para que não me refuguem enquanto eu, deliciosamente me alimento da sua capacidade de enxerga a realidade, eliminando com produto final de minha digestão e diretamente para suas mentes a fantasia. Aqueles que precisam desesperadamente de conforto costumam me procurar. E eu os acolho de braços aberto, contanto que estejam dispostos a abandonar a realidade.
Extraído do livro
O que pensa o homem de Gabriel Gaspar
Estou observando pessoas que vivem e que sobrevivem, e não me vejo em nenhum dos dois nichos, eu estou apenas... Aguardando.
São 4 da manhã, que vento gostoso que vem da minha janela, ele passa pela cortina e encontra meu braço e metade do meu rosto, é gelado e refrescante, tem o cheiro da noite, é perfeito.
Boas ações regadas à segundas intenções, não são boas ações, uma pessoa que se esforça para ser boa por medo do que lhe espera, tem más motivações e será isso que lhe corromperá.
Pensar no futuro é bom, eu gosto, me preservo também, mas pensa comigo, pode não ter futuro pra gente amanhã... A terra não vai acabar daqui 100 anos, mas nossa vida sim, alguns mais cedo, outros mais tarde, mas vai acabar, então é melhor viver e sentir, do que morrer sem ter sentido nada.