Gabriel Freitas
Eu te amo! Mas amar você é como amar sozinho, abraçando as memórias e vivendo preso ao passado. E isso não mais me parece amor.
Não se cobre tanto. Existem coisas que infelizmente fogem do nosso alcance, e está tudo bem! Siga dando seu melhor, que um dia a vida irá lhe retribuir da melhor maneira possível.
Finalmente sinto que é hora de parar. Me cansei de viver correndo atrás de amores, como se eu precisasse disso.
Sinto que devo finalmente descansar dessa busca inalcançável e viver mais comigo mesmo, eu também sou alguém incrível, também mereço ser merecido.
Flores e espinhos
As vezes me convenço de que quero algo,
mas outras vezes penso que não mereço.
Pois, será que tudo que queremos merecemos?
ou merecemos tudo o que queremos?
A vida é merecimento? Que confusão!
As vezes sinto que ganho sem merecer,
outras sinto não merecer e ganho mesmo assim, boas coisas e coisas ruins...
Merecidas?
Destinos malditos e confusos
rogo por boas coisas que não sejam merecidas, pois o que mereço prefiro não merecer!
Amar eu já não sei mais
me falta fôlego em ser amado
me falta coragem pra seguir
amar eu poderia, mas nunca ser amado.
Porque no amor não se pode ter medo,
e eu tenho.
Quase que um pavor de ser amado.
Amor mesmo senti uma vez
depois nunca mais, agora só medo!
Há amores que amam,
há amores que matam.
E eu morri!
Fantasma que amei
Nos toques vazios, abraço as memórias,
mesmo depois de tanto tempo
as lágrimas ainda escorrem sob os contornos de um coração que um dia fora completo,
agora estilhaçado pelo sabor agridoce do amor.
Entre a dança das estações,
e o balanço do tempo,
eu tenho querido ouvir-te
e silêncio é o que tenho mais ouvido!
Nos sonhos, somente neles
você é uma melodia suave que toca,
uma assustadora e doce mania do amor.
Cada amanhecer traz um balde de oceano de saudade,
Enquanto eu náufrago em um mundo sem você.
Você foi o amor da minha vida,
guiou meus passos em noites escuras.
Lamento que o manto cruel do destino tenha nos afastado.
Deixando para sempre uma dor no meu coração.
No entanto, em meio à dor, um lampejo de esperança,
pois embora você tenha partido, nosso amor ainda vive,
talvez nas memórias que compartilhamos, nas cartas que guardei, nas fotos que tenho e nos ecos que isso dá no peito!
Sinto que estaremos sempre entrelaçados,
através do espaço vazio e do tempo que se passa veloz.
Mesmo que de longe
nossas almas permanecem entrelaçadas
e enquanto eu viver te amarei de cá!
Esses dias me ocorreu de me apaixonar,
não que isso fugisse da normalidade
mas sinto que me apaixonei por alguém,
e era um amor interesseiro,
eu dava amor, em troca de um pouco de felicidade
um hóspede folgado, encurralado por amor…
Um amor que nem sei de onde veio,
talvez tenha caído de paraquedas
ou quem sabe, caiu sem paraquedas
se é que posso dizer que caiu.
Não vou mentir, eu caio mesmo
inesperadamente eu virei um fungo,
seria grosso da minha parte dizer que amei como uma sangue suga?
mas não deixei marcas, nenhuma história
acho que nem saudades restou,
eu contei as estrelas chorando porque o meu amor não podia me amar,
mas que amor era este?
Acho que me enganei, de novo!
Porque fui escolher ser poeta,
me coloquei num poema
em que o verso era uma palavra,
nem escritor tinha.
Se tivesse,
talvez ele tivesse me dado um final feliz
mas acontece que ninguém quis escrever,
nenhuma palavra boa que pudesse me confortar.
A história tinha uma única palavra:
Sozinho!
E foi assim que amei,
foi assim que vivi um romance
e foi assim que a história terminou.
Será que um dia serei escritor da minha própria história,
ou tende a ser sempre assim:
Sozinho e sem rumo.