Gabriel de S. Moreira
E se ela soubesse o quanto ela fica linda ao mexer no cabelo, deixando cair aquele leve fio negro sobre sua testa, e aos pesares vejo aquele livro velho, herança de meu vô, homem viajado. E assim ela olha pra mim, me beija, e sinto de seu beijo e carinho morno o amor que ali vivemos e guardamos, e pra lembrar, sonhos as vezes são tão reais.
Acordo de um susto, um sonho de momento passado. Me sento no canto da cama, abaixo a cabeça e choro, choro porque saudade em mim guarda, guarda amor e dor, ódio e paixão, e há se ela soubesse, e ela sabe. Triste solidão.
Fosse
Depois de horas de amor, escrever poemas de juras finitas, sem esquecer dos palmos e toque de mão no corpo a corpo a se contar, faço para você uma pausa ao tempo de não poder vê-la. Fico inquieto, e termino de escrever essa singela alucinação, que sei que irá gostar, você sempre disse que gostava das alucinações e saudades que escrevi para você.
Quanta saudade. Não conto.
Tu me conta aquilo que descobres sem entender. Por favor tente me explicar, eu não sou tua mente que não sabe o que não conhece. A tua carne fraca, teu ser enojado que quer me mostrar o que eu não te mostro sem eu entender tuas conclusões e certezas.
Na mente sobre tua glória
Traz tuas vitórias em teus ombros,
Eu vi teu futuro de desgraça,
Eu sei do teu passado de poder,
E faz de mim teu guarda-segredos.
Confiança já não te resta,
Pouca vergonha tem teu amor
Tuas paixões já não te querem.
Em teus traços encontrei a perfeição que jamais vi e a que mais desejei. Ao teu encontro me descobri ser tão apaixonado, tão imponente, tão presente em ti como nunca em outro alguém.
Te fiz pensar em amor eterno, no nosso viajar as luas e estrelas, criei o nosso fruto de separação, saudade é só o que me resta da fresta desse amor.
Destruí nossos laços, com isso meu amor foi junto, me desabei, já não sei o que me resta, amor.
Te amo, ou não...
Sobre as linhas claras do céu reluzente, o Sol incendeia as vidas, traz vida, dá luz aos fracos de alma, e dos fortes de coração.
O Sol sumiu nas guerras, mostrou ser onipotente e onipresente, e escancarou a brutalidade dos homens, distintos de amor, de calma, de luz.
Vêm do céu também a Lua, que deveria ser chamada, Luz das Noites Dos Amantes.
Me encontro recorrente da desgraça dos meus erros, a esmero das lembranças de tais fatos eu estava só, como se não fosse novidade sobre mim. E em um inoportuno momento, estava chorando sobre meu travesseiro, rasgando e desfazendo minhas poucas lembranças de glória, pois apenas vivi derrotas.
Me acabo só. Só.