Frank diNappa
O veneno amargo da insônia,
O desprezo de passar noites claras.
O desespero de ter um dia escuro,
Falta de alguém que não se sabe quem...
Cigarros e bebida, uma boa combinação?
Um futuro incerto,
Um passado obscuro.
Preso entre muros,
Aqui estou.
Marcas do passado,
Gravadas em meu ser.
Sinto-me tão longe,
E tão perto a ver...
O vento passa trazendo,
As folhas do destino,
Escrito o quanto escuro aqui está.
A “luz” que ilumina,
Nunca veio a existir,
Apenas enxergando no escuro
Conseguirei sair.
Eis então, que surge a sabedoria.
Nada atormenta tanto quanto a ausência do silêncio.
Este barulho infernal enlouquece,
Máquinas sob rodas, novas edificações.
Maldita humanidade.
Evoluindo para trás,
Caminhamos sem rumo.
Novas tecnologias para um povo
Ignorante e burro.
Travar uma guerra no ápice da batalha?
Somos frutos da desordem dos antigos,
Oriundos da escória humana.
Ouça o cantar do feiticeiro,
Sob o clamar dos mortos.
Ouça o choro do medo,
Diante de vossos olhos.
Por muito tempo louvaste,
Chamaste teu espírito
Que jaz em paz
No universo do infinito.
Será deus seu criador?
Ou será sua invenção?
A ilusão nos engana,
Já cegos de medo
Ao cantar do feiticeiro.
Liberte-se!
Enfatizo o irreal,
A lucidez pura
De um maniaco.
Palavras jogadas no tempo e espaço.
Nenhum sentimento no falar de um mudo,
Estou ficando louco ou será ilusão?
Não entendo o que dizem,
Falam mas não falam nada,
Apenas letras agrupadas.
Loucura?