frank
O que houve com nosso passado?
Foi só um sonho todos os abraços?
Encanto e devoção...
Você só me fez crer que tudo não passou de uma desilusão
E eu, tolo, Pensando que ali começava uma grande paixão
O que se pensa nunca é o que se realiza
E agora eu me encontro numa overdose de ódio,
Num conflito de sentimentos
O gladiador, sem armas, e um leão, sem dentes
Ambos lutando por um objetivo desconhecido
Mas eu posso acreditar que não é por você
Porque você nunca existiu como eu desejei
Talvez por isso a luta tenha terminado sem um vencedor...
Não tenho mais tinta
Minha pena está seca
Mas para dizer que a amo
Escrevo até com gotas do meu sangue
Não posso parar de escrever meus poemas
O diário é meu melhor amigo
Nas suas linhas eu escrevo minha dor
Todo o sentimento que me deixa triste
Triste por tanto odiar o fato de amar
Amar e não poder minha índia beijar
Ela ama outro...
O que devo fazer, Pai?
Devo encerrar minha jornada?
É esse o fim de toda a história?
Nasci com a pretensão de ser reconhecido
E deixarei que tudo acabe dessa maneira?
Da mesma forma que os fracos morreram?
Amando e nunca sendo amado
Chorando e sofrendo por serem tão fracos
Eu não agüento mais, leve-me para casa
Serei apenas mais um nesse cemitério
Nem minha mãe chorará por mim
Eu não quero lágrimas de pena no meu túmulo
Ele é frio, nada irá sentir
Assim como a criança iludida que fui um dia
Sonhando em crescer, para depois amar
E hoje arrependido
Querendo fazer o tempo voltar
Mas como é impossível, peço então para ele rápido passar
Para que essa guilhotina possa logo me decepar...
Bem vinda à noite
O cemitério está aberto
A lua foi embora
E com ela, a inocência da criança que só veste preto
E celebra hoje o seu enterro
Mergulho em pensamentos sombrios
Procuro a tua beleza
Eu sei que existe em algum lugar
Não me preocupo com o tempo
Você estará comigo ainda nesse século
Enquanto não te beijo,
Me divirto no jogo da paixão
Enveneno o coração das mortais
Sugo o sangue e a inocência de garotas normais
Tudo um ensaio para o nosso encontro
Linhas e linhas não irão te excitar
Mas essa lápide que hoje sento terá uma grande história para contar...
Não me peça pra te esperar, porque enquanto se espera, se vive também. Eu não sou cachorro que espera o dono chegar, não tenho dono e muito menos lar.
Por que me bate? Se mal sei o seu nome. Sei que dentro dessa atitude violenta, há um ser frustado com a própria liberdade. Um segredo: eu também não pude voar com as minhas asas.