Francisco Lobo Faria

Encontrados 11 pensamentos de Francisco Lobo Faria

Um braço de ferro um vez por outra não demonstra obrigatoriamente falta de civismo ou elevação.
Quem nunca faz força, nunca sabe a força que tem.

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Na atividade cultural não deve haver uma perspetiva exclusiva de satisfação imediata. É essencial que todo e qualquer um que se liga à cultura ou que se considera agente cultural, tenha uma consciência de que a atividade cultural é a sementeira dos ideais sociais que colhemos amanhã.

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⁠⁠Prosperidade, abundância, generosidade.
Não se pode esperar generosidade num contexto em que não há abundância. Jamais haverá abundância se não existir prosperidade.
Este é o drama do potencial humano. A semente do homem pode ter o potencial de providenciar o mais maravilhoso fruto, mas jamais se pode culpar a semente por não demonstrar a generosidade de dar fruto, se não lhe for oferecida uma terra fértil para que possa prosperar.

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⁠O campeão foi galardoado
Quando nasci o campeão já era celebrado
Toda a escola de vitória,
Toda a glória, todo o charme,
Ser o campeão. Ser vitorioso.
Tudo isto
Está, desde que nasci, instituído.

As regras definem os limites
O jogo desenvolve-se
A prática não as reflete
A discrepância é perceptível

O campeão vence porque ganha
É a vitória que o define
Vencer valida a forma

O derrotado percebe a discrepância
A discrepância valida a derrota
O derrotado perde por ativismo
Mas a derrota pesa
Ele sabe que é derrotado por ativismo
Ele percebe a discrepância
Mas a derrota é sempre derrota
Um dia aqueles que nele acreditaram
Que acharam que viam o próximo campeão…
Vêm, também, apenas um derrotado
A derrota pesa

A vida é sobre perder e sobre ganhar
A derrota pesa
O campeão vence a qualquer custo
O derrotado há de desistir das regras

O campeão foi pupilo,
O pupilo é agora o campeão
O ciclo não termina
O derrotado há de desistir de perder.

Se vencer definiu os homens ao longo de gerações
Aprender a jogar para vencer
Pode não ser…
Pode ser medo de perder

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O bem é o ponto de chegada universal do pensamento racional.

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⁠⁠⁠A determinado momento na vida há um rio que se engrandece por ser o confluir obrigatório de muitos pensamentos afluentes. Consequentemente, o medo de falhar torna-se menos presente e consumidor.
A tranquilidade que daí surge abre espaço para a arrogância boa.
O homem que navega esse rio, deixa de tentar convencer o mundo do bem que lhe pode trazer, sabe que o seu trabalho é mostrar o que vale e “ao que vem”, mas sabe é do “mundo” o trabalho de ver.

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⁠A História refere-se aos Homens que a delinearam através de uma enorme variedade de formas: Visionário, génio, sucedido, relevante, etc. mas não há adjectivo que hiperbolize mais a grandeza e dimensão disruptiva da figura do que “incompreendido”, seguido normalmente de “no seu tempo”.
Eu não tenho um desejo fervoroso em ser incompreendido, esse contexto não traz qualquer conforto à minha vida. Mas sê-lo também não me incomoda. Não ser compreendido tende a envelhecer bem. Pode prejudicar-me nos hojes… mas nunca nos amanhãs.

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⁠Se eu dissesse todo o lixo que penso, não tinha razão em nada.
Como penso no lixo que penso, às vezes encontro razão até no lixo que penso sem pensar.

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⁠⁠⁠⁠Desenvolver um raciocínio é como dar um passo. Se terminar, leva-nos em frente, se for interrompido, ou cai ou gera desequilíbrio.

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⁠As saudades do que vivemos doem, mas também confortam.
As saudades que mais magoam são as saudades do que ficou por viver.

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⁠As minhas lutas são também as minhas conquistas e são fim em si mesmas. Quando morrer sei que não terei mudado o mundo, mas nunca deixarei de tentar. Tentar, sabendo que falharemos, é o último reduto da dignidade do homem que não se revê no mundo em que vive.

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