Francisco Ferreira
Abandono
Não bastasse
que se batesse
contra toda parede branca
que havia, avezinha tonta,
bateu asas
e deixou sozinho,
no ninho,
meu coração de passarinho.
Artífice
O cinzel do tempo
esculpiu meu rosto
de rugas e em cicatrizes
minha alma.
Mas permitiu, intacta,
em meu coração
a capacidade de amar!
Desproporcionalidade
Desconhecendo a força do braço
atirei a pedra.
As janelas do destino? Quebrei-as!
Não entendo porque se tem necessidade de qualificar as pessoas por cor e raça.
Na qualificação raça, por exemplo, não bastaria responder: HUMANA?
Quanto a cores, me desculpem, mas sou dautônico social!
Apesar de não estar vivenciando a plenitude que você almeja por conta de erros passados, não lamente um só instante por conta disso. O passado já passou e nada pode acrescentar à sua vida, além de aprendizado. Então, independente do que passou, sinta-se grato. Foi exatamente a somatória de tudo o que você já viveu que te trouxe até aqui nesse nível mental onde pode se tornar capaz de remodelar sua essência de forma consciente para trazer o bem-estar e a plenitude que tanto almeja.
Todo Aprendiz que esteja bem adiantado no caminho do autoconhecimento conhece o imenso potencial destrutivo dos sentimentos negativos que direcionamos a outras pessoas. O curioso é que, ao contrário do que geralmente se acredita, o alvo maior nesse processo de destruição é sempre o próprio indivíduo gerador. Assim, quando temos raiva, inveja ou qualquer outra emoção envolvendo terceiros, na verdade causamos o efeito desejado em nossa própria vida.
Eu tenho destino de navio, mesmo atracado, me movo com as marolas da vida. Sempre na vontade e precisão de viajar num novo pensamento.
Os relacionamentos são, em sua maioria, muito fundamentados no egoísmo. As pessoas, quase sempre, querem o outro para si, mas esquecem-se de que precisam se doar também.
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A mim basta-me o ser guerreiro. Na presença de reis curvo-me, deponho armas e espólio. Só ainda não conheci nenhum rei.
A morte me fascina profundamente, afinal ando de mãos dadas com ela desde que nasci, num jogo de gato e rato.
Por mais que queiramos nos isentar ao falar de alguém, tanto na poesia, quanto na vida, sempre adicionamos um pouco de nós mesmos no tempero da massa. Somos autobiográficos quando se trata de pessoas.
Um lugar só é longe se não estamos no coração do outro e o outro não está no nosso. Quando atingimos este estágio, tudo é perto, estamos sempre ao alcance de um carinho.
Quando ficamos sem palavras é porque ouvimos com o coração. E ele não sabe palavras, só conhece amar.
Nenhum relacionamento se firma onde não há sinceridade e liberdade de se dizer mutuamente o que se pensa. É essencial dialogarmos sempre, expor a nossa opinião e ouvir e respeitar a do outro. É isto que, fundamentalmente, anda faltando.