Francisco Assis Melo
“As estrelas dependem da luz do sol, de onde extraem o seu brilho. É necessário que assim seja para que se preserve a harmonia cósmica e universal arquitetada pelo Criador. Algumas pessoas são como estrelas que só brilham quando próximas de alguns sóis. Mas, por não entenderem o ciclo universal da vida tentam apagar o brilho das outras, achando que, eliminando-o , adquirirão luz própria. Não entendem que sua sobrevivência depende desses sóis" .
Que eu.....
Que eu continue a acreditar nas pessoas, mesmo sabendo que continuarei decepcionando-me com algumas;
Que eu seja sempre otimista apesar de saber que o futuro pode trazer tristezas, e não as alegrias que espero;
Que eu procure sempre construir amizades, mesmo sabendo que muitas estarão a meu lado apenas por seus próprios interesses e que jamais serão verdadeiras;
Que eu me mantenha disposto a sempre ajudar as pessoas, mesmo sabendo que poucas tem a capacidade de sentir e entender esta ajuda;
Que eu não perca a capacidade de continuar amando, mesmo sabendo que o mundo é permeado de rancores;
Que eu não perca a noção da justiça, quando os meus interesses conflitarem com o dos outros;
Que eu valorize a verdade, mesmo sabendo que a vida e o mundo são permeados de enganações;
Que eu procure sempre viver em paz com o próximo, mesmo sabendo que terei alguns confrontos;
Que eu jamais faça o mal a ninguém, mesmo sabendo que algumas vezes serei vítima de maldades;
E, acima de tudo....
Que eu continue acreditando no amor daquele que morreu na cruz por mim e que permanece ao meu lado, confortando-me nos momentos de tristeza, dando-me fortaleza nas horas de desânimo, amparo nas minhas quedas, segurança nas aflições e esperança no desespero. Mesmo sabendo que continuo imperfeito e indigno do seu olhar compassivo e amoroso. [Francisco Assis Melo]
Repensando Atitudes
Cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo.
São os sentimentos trazidos no coração que determinam o ambiente em que vive.
A visão que tem dos outros reflete o seu interior.
O egoísmo, a maldade, a inveja, a falsidade que enxerga nas pessoas que o cercam não passam de reflexos de si próprio.
É mera projeção de seu caráter, que imagina ver, refletido nas atitudes dos outros.
Do mesmo modo que a generosidade, a lealdade, a amizade sincera e solidária também refletem o interior de cada um.
O caráter forjado nas atitudes e sentimentos positivos não alimenta, senão, impressões positivas sobre os outros e raramente desconfia de suas atitudes.
Ao emitir-se conceitos negativos sobre o comportamento alheio deve-se, antes, examinar-se a si próprio.
De repente descobre-se que o problema não está com os outros e sim consigo mesmo. E que talvez seja hora de repensar suas próprias atitudes e a maneira de enxergar as pessoas e o mundo à sua volta.
A vida é como cada um faz!
Ressuscitar para uma nova vida
Jesus, sendo Deus, poderia ter sido arrebatado e conduzido ao céu, o que o livraria das humilhações e do suplício da Cruz.
E o gesto do arrebatamento e ascensão teria, certamente, o mesmo efeito entre os discípulos que teve a sua ressurreição. Bastava que todos o vissem subindo aos céus com todo o poder e glória. E nisto estaria a prova de que, verdadeiramente, era o Filho de Deus!
Afinal, Ele já havia ressuscitado a filha de Jairo, Lázaro e outros. O poder que tinha de ressuscitar mortos não se constituía novidade. E se podia ressuscitar os outros, quanto mais a si próprio.
Mas era preciso que sofresse humilhações, fosse rejeitado, abandonado pelos seus e carregasse nos ombros a cruz que era síntese da maldade humana, nela fosse morto e ressuscitasse com todo o poder e glória!
Pois pregava e dava testemunhos, com sua vida e gestos, de tudo que ensinava. E de nada adiantaria a sua pregação sobre as bem aventuranças, não fosse o testemunho das humilhações, injustiças, sofrimento e morte de cruz, recompensadas pela sua gloriosa ressurreição e ascensão ao céu.
Ele sofreu para dar o testemunho de que nada vida sempre teremos aflições. Seremos humilhados e injustiçados, e que às vezes o sofrimento é necessário. São as cruzes que devemos carregar, para nossa própria redenção. E que o caminho da cruz é também o caminho que conduz à glorificação e a manifestação da plenitude da graça do Pai em nossas vidas.
Mas para que a graça seja manifestada é preciso que além da experiência da cruz, vivamos também a experiência de nos entregarmos à morte. Não no sentido literal, da morte física. Mas no sentido de fazermos morrer em nós as paixões, o egoísmo, a indiferença pelo próximo, o materialismo, a avareza, a soberba, o orgulho e tudo o que tem nos afastado de Deus e do plano que Ele tem para nós.
E assim, vivendo a experiência da cruz e fazendo morrer em nós a pessoa que somos hoje, haveremos de renascer para uma nova vida, reconciliados com Deus, e alcançaremos a felicidade plena que só consegue quem está em paz consigo mesmo e com o próximo.
Feliz Páscoa! Feliz passagem para uma nova vida na graça!
A felicidade está em você!
Não procure a felicidade nos outros, nem em coisas ou acontecimentos.
Pois ela está dentro de você. É um estado de espírito, fruto de sua paz interior.
Viver cercado de amigos, ao lado de uma pessoa que ama e que o ama, é muito importante e preenche sua vida e seu tempo mas nem sempre garante sua felicidade.
Conquistar espaços e realizar-se profissionalmente pode assegurar uma vida estável e cômoda. Mas não a felicidade.
Viver emoções e experiências, participar de atividades prazerosas, proporciona bem estar mas não é o suficiente para lhe fazer completamente feliz.
Você deve estar se perguntando, como não? Se tudo o que precisa para ser feliz são amigos, alguém que ame e que o ame também, uma vida estável e sem preocupações, coisas agradáveis para preencherem seu tempo.
Talvez devesse ser simples assim. Mas infelizmente não é. Pois são muitas as dúvidas e preocupações que permeiam a vida e as relações pessoais.
E talvez você viva preocupado com o que as pessoas pensam a seu respeito e de suas atitudes, e por isto nem sempre age com autenticidade nem vive como gostaria, tudo para agradar os outros e evitar as temidas críticas, que o deixam tão chateado. E viver de aparências, hipocritamente, sem coragem de assumir sua verdadeira personalidade, não faz ninguém feliz.
Também não tem tanta certeza assim se seus amigos são verdadeiros ou se apenas estão ligados a si de forma interesseira, pelas facilidades que possa lhes conceder por sua posição social e profissional.
E mesmo tendo conquistado o suficiente e seja bem sucedido profissionalmente, sempre haverá aquela frustração por não ter conseguido mais, o tanto quanto outras pessoas de suas relações.
E ainda bate aquela insegurança em sua relação amorosa. Incertezas sobre ser o seu amor correspondido.
E quem vive cheio de dúvidas e incertezas nunca está em paz consigo. Não estando em paz não é feliz.
Somente no momento em que aprender a viver com autenticidade expondo suas idéias e seu modo de ver as coisas, sem receio de críticas nem julgamentos, senão o de própria consciência e dentro dos limites do respeito ao próximo, e aprender a agir do mesmo modo em relação às outras pessoas, aceitando-as como são;
a conviver com os amigos reconhecendo que são tão humanos e cheios de defeitos e qualidades quantos os seus, o que não os faz mais ou menos verdadeiros, apenas amigos. E que são importantes em sua vida;
quando aprender a contentar-se com o que conquistou e com as coisas boas que lhe proporciona, e que ao buscar mais ainda o faça desprovido dos sentimentos de inveja e despeito, apenas movido pelo prazer da conquista;
e viver o amor por outra pessoa na perspectiva da doação e da busca mútua e constante do ser feliz, sem os sentimentos egoistas da troca e da posse,
terá adquirido sua paz interior.
E de repente descobrirá que a felicidade que tanto buscou em pessoas, coisas e acontecimentos estava ali o tempo todo. Dentro de você.
Pois felicidade é um estado de espírito, fruto da paz que construímos dentro de nós e que nos faz viver em harmonia com os que nos cercam e com o universo.
"Causa das decepções"
A vida é feita de decepções
Nas relações pessoais, no trabalho e principalmente na vida amorosa.
Todos, em algum momento de suas vidas, já sofreram algum tipo de decepção.
E o pior da decepção é a mágoa que deixa. Por vezes feridas que demoram a cicatrizar. Ou que jamais cicatrizam, para muitos.
Amores não retribuídos na proporção do que se dá, traições.
Amizades que de repente se descobrem não tão verdadeiras como se gostaria que fosse.
Atividades profissionais que não proporcionam a realização esperada.
Tudo isto, dentre tantas outros, são motivos que causam decepções.
Mas o problema está muito mais em quem se considera vítima dela do que mesmo nos causadores.
Ao idealizarmos a construção de nossas vidas, o fazemos baseados em nossos próprios conceitos e valores a respeito das pessoas e das coisas. Plasmamos a pessoa que queremos amar e que deve nos amar, como viveremos a profissão que escolhemos e o que esta nos proporcionará, e como devem ser as pessoas que queremos como amigas .
Esquecemo-nos, no entanto, que assim como nós os outros também têm personalidade própria, conceitos e valores sobre a vida, suas características de querer e de amar, padrões de comportamento.
E que as relações profissionais são entrelaçadas de eventos, previsíveis ou não, e de pessoas com princípios morais e éticos que nem sempre coincidem com os nossos.
E assim criamos uma expectativa a respeito das pessoas e fatos com os quais nos envolvemos, frustrando-nos quando nos deparamos com realidades que fogem aos padrões que idealizamos e que nos desagradam.
A frustração que isto causa e a impotência que sentimos por não conseguirmos impor nossa vontade, nosso jeito de ser e de pensar, de subjugá-las, enfim, nos fazem sentir sensações de derrota.
E estes sentimentos transformam-se em decepções que atribuímos às atitudes dos outros mas que, na verdade, são causadas por nós mesmos, ao fazermos uma leitura da vida sob uma ótica diferente a das pessoas que nos relacionamos, e nossa recusa em aceitá-las com suas qualidades e defeitos.
Importante se ter em mente que por esses mesmos motivos também decepcionamos a outras pessoas, que não aceitam e nem entendem nosso modo de ser, pensar e agir, que julgamos irrepreensíveis por vezes.
A vida é assim, feita de alegrias e tristezas, conquistas e perdas, sucessos e insucessos, encantos, desencantos e decepções e nunca mudará. Pois tudo isto é muito importante para nossa aprendizagem e burilamento moral, para nossa evolução espiritual.
Reflita bem sobre isto. Faça uma releitura de sua vida e de sua estória e por fim decida se vale a pena guardar mágoas e deixar as feridas abertas.
"Os fardos da vida"
As pessoas vivem oprimidas por medos e incertezas, pelo acúmulo de preocupações, pelas cobranças cotidianas. A vida lhes impõe fardos pesados de carregar.
No campo afetivo os interesses prevalecem sobre os sentimentos. O amor muitas vezes fica em segundo plano, ou sequer está presente nos relacionamentos.
No profissional sempre vence “o melhor”, o que tem garra para derrubar barreiras, muitas vezes pisando, machucando, aniquilando seus semelhantes, pois o importante é vencer não importa a que preço.
Na família o respeito cedeu espaço à “igualdade” de direitos (subjetivos e conforme as circunstâncias) entre marido e mulher e destes em relação aos filhos.
Em tudo o “ter” é mais importante do que o “ser”. Não importa quem a pessoa é, sua essência, mas sim os bens que possui e a posição que ocupa na sociedade ou o poder que detém.
Se no passado os fardos pesados foram os impostos pela religião e seus sacerdotes e escribas, farisaicos e hipócritas, hoje são impostos por uma nova ordem mundial baseada no consumismo, na desagregação dos valores morais e éticos, principalmente no seio da família, na busca desregrada de prazeres, no acúmulo de riquezas e de poder, que criam falsa ilusão de bem estar mas que esvaziam o espírito e são causas dos desequilíbrios, de injustiças e violências.
Jesus se oferece como alternativa aos que estão cansados e oprimidos por esta nova ordem de valores que subjugam e aniquilam o homem. Oferece-se como refúgio e propõe que permutemos o nosso fardo pesado por um fardo leve: os seus ensinamentos de amor!
“Seja você mesmo!”
Convivemos com pessoas que estão sempre monitorando nossas atitudes. Nosso jeito de vestir, de falar, o comportamento em público e até mesmo no privado, são objetos desse policiamento e motivos de críticas.
Muitas vezes nos deixamos conduzir por suas opiniões e passamos a administrar nossa vida em função delas, sempre preocupados sobre o que pensam a nosso respeito, e deixamos de fazer coisas, freqüentar lugares, viver, enfim, de um modo que nos proporciona bem estar.
Vestimos um figurino de uma pessoa que não somos, emitimos conceitos sobre coisas diversos do nosso real pensamento, assumimos posturas e abraçamos ideais que às vezes divergem dos nossos.
Perdemos nossa espontaneidade e autenticidade em função de agradar aos outros.
E também a oportunidade de sermos felizes fazendo o que e como gostamos.
O fato é que nos ensinaram que devemos nos comportar em sintonia com os padrões estabelecidos pela sociedade da qual fazemos parte, para uma boa convivência, o que implica em preocupar-nos com as opiniões alheias a nosso respeito.
O que não nos foi ensinado é que essa mesma sociedade sedimenta-se na hipocrisia, e que tudo o que condena em pessoas que assumem atitudes e pensam diferente dos tais “padrões de convivência” não passa da exteriorização de suas frustrações.
Sentimentos de inveja pelo que são e pelo que fazem os outros e frustração por não terem a coragem de ousar, desafiar e fazer o mesmo,levam algumas pessoas a agirem como fiscais e ditadoras de regras do comportamento alheio.
Não suportam ver que outros ousam, desafiam e fazem coisas que elas gostariam de fazer mas lhes falta coragem. São geralmente amargas e infelizes.
Deixar-nos conduzir por elas e por seus padrões de comportamento torna-nos, também, infelizes e amargos.
Devemos ter coragem para desafiá-los e vivermos a vida com autenticidade, buscando a felicidade, pautando nossa conduta não pelos ditames alheios mas por nossos próprios conceitos, tendo como limites o respeito às pessoas e o cuidado para que nossas atitudes jamais causem danos a ninguém.
Portanto:
Ame bastante
Respeite o próximo
Cuide para que seus atos não machuquem, firam ou prejudiquem a ninguém
Faça sempre o bem e em todas as circunstâncias, e
SEJA FELIZ!!!!
Lembre-se de que
mais importante do que os outros pensam a seu respeito...
é o que Deus Pensa de você!
A visita de um amigo
Tenho um amigo que visito todos os dias.
Pelo menos dez minutos todas as manhãs reservo para conversar com ele.
Às vezes, na verdade, nem conversamos.
Apenas ficamos silenciosos, olhando um para o outro. Isto geralmente acontece quando amanheço sobrecarregado com problemas, deprimido por algum motivo, sem ânimo para conversar. Mesmo assim vou ao seu encontro e fico lá, apenas olhando para ele.
E ele olhando para mim.
Engraçado que mesmo sem palavras sinto em seu olhar a força que necessito para enfrentar e vencer as angústias do momento. E a paz invade suavemente todo o meu ser e saio de sua presença confiante de que algo de bom está para acontecer em minha vida.
Interessante que sei, também, que esse “algo de bom” de repente não irá acontecer naquele dia. Porque nem sempre o problema é de solução simples. Mas sei que tudo está sendo providenciado e no momento certo acontecerá.
Não sei explicar porque isto acontece. Como um simples olhar silencioso transmite tanta paz e tanta certeza. Tudo que sei é que meu amigo nunca falhou, e sempre que me envolve com esse olhar é como se estivesse dizendo:
“ – Coragem, cara! Por que se abater por tão pouco? Que memória fraca você tem. Olha para o passado e vê que situações mais difíceis você já viveu, e de todas saiu vencedor! E olha que esse problema de agora nem é tão grande assim. Você que está lhe dando uma dimensão e uma importância que não existem!”
E volto para casa sorridente e refletindo sobre o que me foi dito no silêncio, por palavras não saídas de lábios humanos, mas inspiradas no coração, saídas de outro coração de um verdadeiro amigo.
Entendi que o que me foi “dito” é o início da solução dos meus problemas. E então me despojo dos sentimentos negativos que me impediam de enxergá-los dentro de sua dimensão real, e as possibilidades de uma solução sempre aparecem.
Sei que muitas vezes as aflições que levo a ele não são obras do acaso. Decorrem de equívocos que cometo, e poderiam ter sido evitadas caso tivesse agido diferente. Mesmo assim ele nunca me julga nem condena. Apenas me acolhe, encoraja e mostra o caminho a seguir.
Você, a esta altura, já deve saber que é este amigo que me inspira tanta confiança...
Claro que é Jesus!
É o amigo que visito todos os dias, presente no Santíssimo Sacramento, na Capelinha de minha Igreja, que conhece e entende minhas fraquezas, que sabe que não sou melhor nem pior do que ninguém, tão pecador quanto outros, que me perdoa e me acolhe sempre, principalmente nos momentos mais difíceis, que cuida de mim.
Mas não apenas de mim, embora me faça sentir como se fosse único, mas de todos os que o procuram, entre os quais, desejo de coração, se inclui você que lê este testemunho de amor e fé.
"A riqueza não se mede pela quantidade de bens que possuímos, mas no número de amigos verdadeiros e de pessoas que nos amam"
"Felicidade é um estado de espírito, fruto da paz que construímos dentro de nós e que nos faz viver em harmonia com os outros e com o universo".