Francisco A. Queiroz Junior

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Desarme"

Desarme minha tristeza com um sorriso
Pois assim você pode me conhecer
Está noite esqueça o que é ter juízo
E vamos ver um novo dia amanhecer

Quando estivermos perdidos
É que vamos nos encontrar
Deixemos tudo queimar e queimar...

Já não sou mais aquele garotinho
Que não sabia amarrar os sapatos
As vezes não escolhemos o nosso caminho
Porém os que permanecem na solidão são insensatos

Quando estivermos perdidos
É que vamos nos encontrar
Deixemos tudo queimar e queimar...

Desarme minhas dúvidas com o seu olhar
Aquele que penetra na alma e é indesviavel
No yin e yang os opostos vão se encontrar
Mudança e invariável, na incerteza e no inevitável

Quando estivermos perdidos
É que vamos nos encontrar
Deixemos tudo queimar e queimar...

Talvez eu ainda seja aquele garotinho
Enrolado no cadarço, preso em seu laço
Já deixei os sapatos no meio do caminho
Chegarei em silêncio com o pé descalso

Quando estivermos perdidos
É que vamos nos encontrar
Deixemos tudo queimar e queimar...

Arco-iris na escuridão

Nas planices ao cair da noite
O frio impiedoso desce o açoite
Que traz a terra o vento como um assobio
Quebrando o silêncio nesse céu anil.

As sombras dançam no compasso da lua
Um mistério, um feitiço na noite nua
Um rito ou um grito?
Oriundo do infinito
Ressoa e ecoa por esse céu sem fim
E mesmo tão longe chega até mim.

Do alto de um flanco, um espanto
Como se fosse um encanto
Uma miragem, delírio da minha imaginação
Um arco-iris esta a brilhar na escuridão.

Se o amor verdadeiro não causa dor, me atrevo a desejar por mais alguns anos de ilusão, pois, enquanto eu me enganava por muitas vezes eu fui feliz.

Somos como duas cordas de violão, pena que Deus nos une só em alguns acordes.